A imprensa internacional noticiou o caso de dois jovens
alemães que foram condenados a chibatadas e cadeia em Singapura por vandalismo
contra o patrimônio público. No Brasil uma situação como essa é inimaginável, este
é um pais em que a linha que divide o certo e o errado é extremamente elástica,
muda com tanta frequência que é cada dia mais difícil poder identificar um
padrão de conduta que não seja o do puro “Laisser faire” dos liberais do século
XIX, no Brasil hoje a pratica mais comum é a do liberalismo mais radical.
Aquele em que tudo pode.
E não há nesta avaliação quem possa se considerar livre de
pecado. Confirma-se a tese de que a política virou território dos mais
perigosos amorais, não há escândalo em que não haja políticos, de todas as
cores partidárias, envolvidos e quanto maior o cargo maior o nível de ladroagem
envolvida. Esta ausência de moral, de educação, civismo e urbanidade acaba
permeando toda a sociedade e acabamos nos espantando com o fato que alguns países
condenem a morte e executem os traficantes de drogas. Aqui inclusive mantemos
uma política de boa vizinhança com países que tradicionalmente são conhecidos
produtores de drogas.
Não me consta que a Chanceler alemã Angela Merkel tenha
convertido o tema dos dois jovens vândalos alemães num conflito internacional.
Acontece que em Singapura o vandalismo e invasão em área pública são delitos
punidos com até 8 chibatadas e um anos e meio de cadeia, e multa que pode
chegar aos R$ 4.000, Este não é o primeiro caso em que estrangeiros são
condenados por vandalismo, em todos os casos anteriores a pena foi cumprida e
envolveu cidadãos dos Estados Unidos e o ultimo caso foi de um suíço em 2010. A
destruição do patrimônio público é um delito grave e neste caso os culpados,
depois de mostrarem arrependimento, os dois jovens de 21 e 22 anos de idade, se
declararam culpados de invadir um deposito de trens e de grafitar vários vagões
e foram condenados a 3 chibatadas e a 9 meses de prisão cada um.
Aqui o patrimônio público é vandalizado de mil maneiras
constantemente sem que ninguém esteja muito preocupado. Não defendo o uso das
chibatadas como forma de punição, mas conheço Singapura e é possível perceber
que lá o patrimônio público é bem preservado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário