19 de maio de 2014

O Prefeito Udo Dohler no A Notícia





Entrevista do prefeito Udo Dohler no AN

Fiquei surpreso com as queixas e lamentações do Prefeito Udo Dohler na entrevista concedida ao jornalista Claudio Loetz neste jornal A Notícia. Fica difícil acreditar que o prefeito não soubesse o que teria que enfrentar? Se de fato foi surpreendido pelo que encontrou evidencia um despreparo incompatível com a imagem que vendeu ao eleitor durante a campanha. Para alguém que se preparou tanto e durante tempo e que desejou tanto ser prefeito de Joinville faltaram na entrevista propostas e sobraram justificativas e distribuição de culpa a terceiros. O prefeito mostrou para o leitor a imagem de um capitão de navio sem rumo, perdido na neblina e atolado no lodo do mangue, o preocupante é que o navio que pilota seja a cidade de Joinville. E que transcorrido um terço do seu governo não pareça que tenha uma ideia clara de como por Joinville nos trilhos do futuro.
Quem quer e sabe fazer acha o jeito de fazer, quem não acha as escusas para justificar porque não o fez. No jornal há três paginas de escusas  

6 de maio de 2014

Estacionamento rotativo e o rebaixo do meio fio


A Joinville dos contrastes e dos contrassensos continua sem licitar o estacionamento rotativo, e la se vão outros tantos meses. O pior é que ninguém parece muito preocupado. Más línguas dizem que não há interesse em licitar para desestimular o uso do carro no centro. O objetivo é incentivar o uso do transporte coletivo.  Há também quem acha que daqui a nada nem será necessário o estacionamento rotativo, com todos os meio fios da cidade rebaixados, não será só o passeio o que desaparecerá, tampouco teremos estacionamento ao longo do meio fio. Sem meio fio o estacionamento desaparecerá também.

Joinville não deveria disputar mais o titulo de Capital da Dança, ou da Cidade das Bicicletas, nem da Cidade das Flores, Joinville tem tudo para ser declarada pela Unesco a capital mundial da Lei de Murphy, a popular lei da administração que diz num dos seus artigos que não há nada tão ruim que não possa piorar. Nesse quesito Joinville esta sempre superando-se. Quando parece que atingimos o fundo do poço, descobrimos que o fundo esta muito mais embaixo. Um dia é o estacionamento rotativo, no seguinte é um projeto de lei absurdo que privilegia o automóvel ao pedestre e é aprovado sem maior debate e sancionado com rapidez pelo prefeito que veio para mudar a cidade e foi mudado pela velha política de sempre. Depois são as obras que não terminam, o dinheiro que nunca chega ou as licitações que nunca ficam prontas ou nunca saem no prazo. Sem esquecer-se da sucessão de novos erros e patifarias com que somos surpreendidos a cada dia.


A lei que permite o rebaixo do meio fio é uma excrescência urbana, atenta para o bom senso e vá contra todos os princípios de uma cidade com maior qualidade para os pedestres, em quanto o mundo já acordou para qual é o lugar que o automóvel deve ocupar nas cidades do futuro, aqui ainda estamos indo na contramão, achando que o automóvel deve ser priorizado pelo planejamento urbano. Como diz a lei de Murphy não há nada que tão ruim que não possa piorar, Joinville e a sua gestão urbana é o melhor exemplo disso. 

1 de maio de 2014

Revogue-se o bom senso

Revogue-se o bom senso

Não há limite na ânsia de retroceder até a idade das trevas, os denominados antropocentristas cedem espaço para a sua ala mais radical os “imovelcentristas”.

Os imovelcentristas lançam uma nova ofensiva em que a ignorância e a idiotia são suas bandeiras de batalha. Esta demonstrado que a verticalização e o adensamento comprometem a qualidade da vida das cidades, edifícios mais altos reduzem a insolação e a ventilação, fazem as cidades mais insalubres, propiciam doenças e aumentam a poluição. A insuspeita OMS (Organização Mundial da Saúde) produz normas e parâmetros para garantir um mínimo de insolação de modo que mesmo nas cidades verticalizadas os seus habitantes possam receber 2  horas de sol no solstício de inverno.

Além dos percentuais mínimos estabelecidos pela OMS há também critérios e normas técnicas específicas, normas ISO, como a 6241 e NBRs, como a 10152 e a 15575. Para definir toda esta serie de requisitos e critérios estabelece ângulos máximos de obstrução, níveis máximos de intensidade sonora, de permeabilidade do vento, disponibilidade de áreas verdes, trajetos a serem percorridos a pé, distancia mínima entre as unidades habitacionais e os pontos de ônibus, princípios de segurança urbana referente a mobilidade e a e alturas de construção a serem seguidos na legislação urbanística, há uma relação direta entre a altura permitida e a largura das ruas, o que os técnicos denominam a calha da rua. Para poder aumentar a altura dos prédios é preciso que as ruas sejam mais largas, assim não se compromete a insolação.


Aqui em Joinville tem sido dado a ordem de ignorar a OMS, as ISO e as NBRs, estas organizações tão nocivas aos interesses defendidos pelo setor especulativo, o grupo conhecido pelo apelido da “Gangue do Tijolo”o os “Talibans do Concreto”. A falta de bom senso em geral deveria fazer supor que alguém que o tivesse proporia que a LOT cumpra os coeficientes mínimos propostos pelas normas técnicas e o bom senso para reduzir a cobiça dos de sempre e que seja possivel preservar um mínimo da salubridade e qualidade de vida.
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