Por Jordi Castan
Como fica o Rio Mathias?
Colocaram uma lapide de concreto e aço sobre o Rio Mathias.
A sua foz esta fechada por 5 comportas de aço que não permitem o escoamento
natural da água, seu curso está interrompido e todos pagamos o preço da incompetência
de um projeto mal concebido, de uma obra mal executada e de uma fiscalização
omissa.
As fortes chuvas habituais na nossa cidade não podem ser escusa
para justificar o que não tem justificativa. Mais de R$ 50 milhões foram
enterrados sob as ruas do centro de Joinville e o problema longe de ser
resolvido hoje se agravou. Com chuvas cada vez menores as águas alcançam cotas
mais altas. E não há até agora uma resposta clara do que será feito, quando
será feito e como o problema das enchentes será resolvido.
A Câmara de Vereadores conduziu com correção e competência uma
CPI que dentro do prazo legal estabelecido mostrou o quanto de podre se esconde
sob as galerias do Rio Mathias. Agora é preciso lembrar que a CPI não vai
resolver as enchentes, só responsabilizará os culpados. Corresponde ao
executivo responder de forma clara e concreta o que será feito e quando. Até
porque nada impede mais que a Prefeitura Municipal haja com presteza para dar sequencia
a busca das soluções que o centro tanto precisa.
Deve se revisar o projeto, auditar o que foi executado,
identificar os pontos de restrição e que precisa ser corrigido para retomar as
obras da macrodrenagem do Rio Mathias. Não é hora de olhar para o outro lado,
de se fazer de desentendido e justificar a inação pela flagrante
responsabilidade da desastrada administração anterior. É hora de mostrar
firmeza, agir com competência e retidão e reconhecer o que está errado.
A NOVA gestão precisa mostrar que é diferente da anterior,
não pode pretender que um tapete de asfalto servira para esconder toda a sujeira,
até porque a cada nova chuva teremos mais enchentes e os contribuintes vão lembrar
que esta gestão foi eleita para mudar tudo o que estava errado, para dar um
novo ímpeto e um novo ritmo para Joinville e que o relógio não para. Já
transcorreu quase um quarto da gestão e ainda não sabemos o que será feito com
o sarcófago de lodo e concreto em que foi enterrado o Rio Mathias.
O tempo vai cobrar. Se nada está sendo estudado agora, vai surgir um novo momento que abrirá oportunidades emergências de fazer errado, tanto tecnicamente, quanto honestamente.
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