25 de dezembro de 2013

Sangue, suor, lagrimas e trabalho

Por Elio Gaspari

MADAME NATASHA

Madame Natasha encantou-se quando soube que a doutora Dilma disse que na sua gestão da economia prefere "a linha Churchill: sangue, suor e lágrimas".

Natasha lastima que a doutora tenha repetido um mau hábito ao citar frase de sir Winston. Completa, ela é assim: "Não tenho nada a oferecer, senão sangue, suor, lágrimas e trabalho".

As pessoas adoram esquecer da palavra "toil", que em português claro significa "ralação".

"Vem pra rua você também".


Em 2014, 'vem pra rua você também'

Elio Gaspari - Folha de São Paulo

Renan usou um jato da FAB para um implante de cabelos; o Brasil precisa de votos na mão e pés na rua

A repórter Andréia Sadi revelou que o presidente do Senado, doutor Renan Calheiros, preocupado com sua cabeça, requisitou um jato da FAB para voar de Brasília a Recife, onde fez um implante de 10 mil fios de cabelo. Quem nestas festas viajou com seu dinheiro deve perceber que esse tipo de coisa só acabará pela associação dos direitos de voto e de manifestação em torno de políticas públicas. Só com o voto isso não muda. Pelo voto, Renan começou sua carreira política em 1978, elegendo-se deputado estadual pelo MDB de Alagoas.

Renan Calheiros é um grão-mestre da costura política. Foi líder do governo de Fernando Collor de Mello e ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso. Desde 2003 é um pilar da coligação petista no Congresso. Pertence a uma categoria imune à vontade popular. Ela pode ir para onde quiser, mas ele continuará no poder, à sua maneira. Como ministro da Justiça do tucanato, tendo seu nome exposto na Pasta Rosa dos amigos do falecido banco Econômico, defendeu o uso do Exército para reprimir saques de famintos durante a seca de 1998. Politico da Zona da Mata alagoana, estava careca de saber que tropa não é remédio para esse tipo de situação. Nessa época, dois de seus irmãos foram acusados de terem mandado chicotear um lavrador acusado de roubar um aparelho de TV numa fazenda. Um desses irmãos elegeu-se deputado federal. Entre 1998 e 2006 teve uma variação patrimonial de 4.260%, amealhando R$ 4 milhões.

Renan teve uma filha fora do matrimônio quando ganhava R$ 12.720. A mãe da criança era ajudada por uma empreiteira amiga que lhe dava uma mesada de R$ 16,5 mil. Por causa desse escândalo por pouco não foi cassado, mas renunciou à presidência do Senado. Reelegeu-se e voltou à cadeira que já foi de Rui Barbosa prometendo uma agenda ética, de "transparência absoluta". Contudo, como diz o senador Edison Lobão Filho, filho e suplente do senador Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, "a ética é uma coisa muito subjetiva, muito abstrata". Nesse mundo de abstrações, Renan, vendo a despensa de sua casa concretamente desabastecida, mandou abrir um pregão de R$ 98 mil para a compra de salmão, queijos, filé-mignon, bacalhau e frutas. Apanhado, cancelou a compra.

Renan não é um ponto fora da curva. Ele é a própria curva. Em 2005, como presidente da Casa, deu sete cargos de R$ 10 mil a cada colega. Seu mordomo ganha R$ 18 mil. Em julho, quando ainda havia povo na rua, usou um jatinho da FAB para ir a um casamento em Trancoso. Apanhado, devolveu o dinheiro. Passados cinco meses fez o voo do implante.

Estabeleceu-se uma saudável relação de causa e efeito entre esse tipo de comensal da Viúva e a opinião pública. Eles não se corrigem, mas, uma vez denunciados, recuam. São muitos os maganos que não toleram saguão de aeroporto, despensa vazia e parente desempregado. Nessas práticas, é fácil colocá-los debaixo da luz do sol. Quando se trata de convênios, contratos de empreiteiras e grandes negócios, a conversa é outra.


Em 2014 a turma que paga as contas irá as urnas. Elas poderão ser um bom corretivo, mas a experiência deste ano que está acabando mostra que surgiu outra forma de expressão, mais direta: "Vem pra rua você também".

Natal



Em Natal presenteie com livros. O presente inteligente.

23 de dezembro de 2013

O prefeito deve se incomodar se continua dando declarações infelizes


O prefeito Udo Dohler não tem perdido oportunidade para lançar ataques mais ou menos velados contra os representantes das Associações de Moradores, ONGs e sindicatos que questionam o projeto da LOT elaborado pelo executivo.

Não será novidade se a sua verborragia acaba lhe custando alguma dor de cabeça em 2014.

21 de dezembro de 2013

A regra das 10.000 horas


Mesmo que aqui insistamos em acreditar que se alcança o sucesso sem esforço, e que há uma capacidade inata que faz que apareçam grandes mestres do xadrez ou primeiros violinos de grandes orquestras, graças exclusivamente ao resultado da sorte ou da genética, os estudos provam o contrario.

Não há nem mestres, nem grandes mestres do xadrez que não carreguem nas suas costas no mínimo 10.000 horas de estudos, de pratica, de esforço e dedicação. Esse é o numero mínimo, um bom violinista não alcança o sucesso tampouco com menos de 10.000 horas de estudos e pratica, ainda que os verdadeiros gênios do violino digam que o numero ideal de horas de estudo esta mais perto das 50.000 horas. Estes números representam décadas de trabalho e dedicação. A regra das 10.000 horas serve para comprovar que mesmo os músicos melhor dotados, precisam de muito trabalho para obter o sucesso.

Por aqui a pratica mais comum é a de trabalhar pouco, fazer de conta, isso de praticar duro, de passar horas a fio estudando, ensaiando não esta com nada. Gostamos de acreditar na genialidade inata, no sucesso que surge da mágica e da sorte e não valorizamos o esforço. O resultado esta aí, salta aos olhos. No único tema em que é possível identificar que a regra das 10.000 horas é cumprida a risca é na procrastinação, nisso somos campeões. Se houver algum troféu, esse é nosso. Há praticamos diariamente, em todas as áreas, seja no setor público, como no privado.


Mas é no setor público que o tema alcança a perfeição. A licitação não ficou pronta no prazo, prorroguemos por mais 180 dias, total faz quantos anos que se sabia quando venceria? Que não há mesas e cadeiras para o restaurante popular? Usemos as do outro e fechemos o primeiro para reforma. Que Joinville não terá 1.000.000 de habitantes em 2030? Pois apresentemos umas contas feitas as pressas para que os números sejam os que mais nos convenham. Que os números não tem consistência? Pois tranquilos porque ninguém vai perceber. Que os estudos para justificar as mudanças propostas na LOT são insuficientes e inconsistentes? Pois não deu tempo para fazer melhor. E assim vamos.

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

19 de dezembro de 2013

Os discursos de Dona Dilma

Os discursos de Dona Dilma...
Ela consegue se superar a cada dia.
Agora ela disse que o Brasil foi fundado pelos cearenses e que o Brasil começou ali, no Ceará, e que o Nordeste é um problema!
Vejam o discurso:

"Eu queria iniciar comprimentando aqui todos os presentes, comprimentando a mulher cearense, os companheiros homens e dizer do meu imenso prazer de tá aqui, mais uma vez, no Ceará. [...] O Nordeste e a seca são um problema. Jamais houve uma atitude correta em relação a essa situação ao longo dus…dus…dus anos sobre essa situação, que é a questão da existência dum fenômeno climático nessa região do país. [...] E de um lado é um desafio e de outro, é um direito do cidadão que aqui veio, aqui povoou e aqui… não só fez tudo isso, mas inaugurou o Brasil. Num vamos esquecê aonde o Brasil cumeçô. [...] Por isso, nós todos sabemos que hoje, todo mundo olha pra essa região e num vê mais o chamado primo pobre da nação."

NÃO ACREDITOU ? Eu também pensei que ela não chegaria a tanto.


A inauguração do Brasil por Dilma ! 

 Nós não merecíamos isso, mas quem mandou votar ?

18 de dezembro de 2013

A "minoria" barulhenta

As Consultas públicas convocadas pelas associações de moradores mobilizaram mais de 400 pessoas.
E ainda há quem insiste em dizer que se trata de uma minoria.








17 de dezembro de 2013

Quem financia os atravessadores da LOT?

O prefeito Udo Dohler concedeu uma infeliz entrevista ao jornal Noticias do Dia em que faz acusações infundadas sobre o grupo de cidadãos e entidades que mantem uma posição critica a aprovação da LOT a qualquer preço. Pergunta o prefeito quem financia o grupo que promoveu as consultas públicas e que vem participando ativamente do Conselho da Cidade e se manifestando contrario a varios absurdos contidos na redação do projeto de Lei de Ordenamento Territorial elaborado pelo executivo.

O prefeito poderia informar quem o procurou para que a LOT fosse aprovada, é uma resposta que ele esta devendo a sociedade joinvilense.





14 de dezembro de 2013

Nietzsche

Nietzsche: “As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras."

12 de dezembro de 2013

EIV em areas sujeitas a alagamento

MD secretario executivo do CONSELHO DA CIDADE.

Peço que replique para os conselheiros o seguinte comentário:

Antes da ocupação da area que hoje é o JARDIM PARAISO, fui consultado como profissional de gestão ambiental,  por uma imobiliária de Joinville, sobre as condições de uso desta area, de modo especial quanto ao estatus de banhadão que a mesma apresentava na época.  

O Relatório ambiental que produzi na época, recomendava que a area não poderia ser utilizada no nivel topografico em que se encontrava, pois caso o fosse através de um loteamento,  os moradores teriam furos sérios e permanentes problemas com enchentes.

Diante dessas claras evidencias de alagamentos constantes, o que sempre ocorreu e continuará acontecendo, é importante que se crie legislação especifica que ao conceder um alvará de construção pelo SEINFRA com o Aval técnico da FUNDEMA, o proprietário tenha consciência do que poderá acontecer e desta forma a liberação de cada obra, deva recomendar construções onde o andar térreo não deva ser ocupado e tão somente o andar superior. Em caso de enchentes os moradores não terão danos materiais como acontece hoje.

Os EIV - estudos de impacto de vizinhança em áreas alagáveis, são importantes para que o investidor saiba exatamente em que condições de uso do solo esta aplicando seu dinheiro e que em caso de desastre ambiental com enchente, os danos não sejam imputados sobre os demais contribuintes.
Agradeço por sua divulgação aos demais conselheiros e

REQUEIRO QUE ESTE DOCUMENTO TECNICO SEJA INCLUIDO ENTRE AS DEMAIS MANIFESTAÇÕES E PROPOSTAS DOS MEMBROSDO CONSELHO.

Eng. Gert Roland Fischer

MEMBRO SUPLENTE CONSELHEIRO DA CIDADE representando a APREMA-SC

9 de dezembro de 2013

O nivel do nosso Congresso

Com o nível do nosso Congresso cada vez mais baixo, é possivel que cenas como esta passem a ser mais frequentes.




6 de dezembro de 2013

Os numeros e dados que a LOT projeta para Joinville [1]

AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DE MUDANÇAS NO PARCELAMENTO DO SOLO

PARTE 1
Juarez Vieira

1ª Passo: Projetar a população da cidade

Com base nos estudos efetuados pelo IPPUJ, com supervisão do IBGE, temos duas projeções para a população de Joinville em 2030.

A primeira previsão considera a evolução da população do município a partir de 1970 até 2013 e, através de uma Progressão Geométrica, chega a absurdos 3,47% de crescimento ao ano, totalizando 977.166 habitantes em 2030.

Esta projeção considera no cálculo uma taxa de fecundidade que não existe mais no país, os casais têm cada vezes menos filhos – segundo o IBGE era de 5,8 filhos por casal em 1970 e em 2010 era de 1,9.

Esta projeção considera nos cálculos os fluxos migratórios das décadas de 70 (sul de Santa Catarina) e 80 (Paraná). Vivíamos um tempo em que não havia tanta automação nas empresas e Joinville era um polo gerador de empregos diante da economia brasileira estagnada – crises do petróleo e a chamada década perdida (anos 80).

Usar essa projeção para justificar as mudanças no ordenamento territorial seria, no mínimo, temerário.

A outra progressão considera as Componentes Demográficas do município e projeta para Joinville apenas 676.689 habitantes em 2030.

Considerando a população atual de Joinville 546.981 (IBGE), temos um aumento de 430.185 habitantes (1ª projeção) e 129.708 habitantes (2ª projeção).


2º Passo: Identificar as áreas não edificadas em Joinville

Segundo levantamento recebido do IPPUJ, contendo apenas 20.418 lotes, temos 61.712.076 m² (sessenta e um milhões, setecentos e doze mil e setenta e seis metros quadrados) de área de imóveis não edificados em Joinville.


3ª Passo: Calcular o potencial de crescimento da população ocupando estas áreas não edificadas

Considerando a densidade habitacional do bairro Aventureiro que, segundo dados do IPPPUJ, é de 80 habitantes por hectare (80 hab/ha), temos a conta a seguir.

Um hectare (ha) tem 10.000 m², portanto a área dos lotes não edificados é de 61.712.076 m² / 10.000 m² = 6.171,21 ha.

80 habitantes ocupam 1 ha (hectare)
quantos habitantes ocuparão 6.171,21 ha (hectares)

Ao multiplicar 80 por 6.171,21 se chega a 493.697 habitantes.
4º Passo: Comparar o potencial de crescimento com as projeções de aumento da população

Se utilizarmos a projeção mais otimista que considera para 2030 um aumento de 430.185 habitantes no município – que pelos argumentos acima já se mostrou totalmente absurda – ainda assim teremos uma “folga” de 63.512 habitantes.

Caso utilizemos a outra projeção com um aumento de apenas 129.708 para 2030, teremos uma “folga” de 363.989 habitantes.

Diante destes números e considerando que o bairro Aventureiro é um bairro predominantemente com residências unifamiliares, ou seja, sem edifícios, chegamos a conclusão que não há razão que justifique mudanças em tamanhos de lotes, já que temos áreas dentro do perímetro urbano mais que suficientes para absorver, com folga, todo o aumento da população projetado até 2030.


Há ainda outro cálculo a ser efetuado considerando, para cada imóvel, a taxa de ocupação, o gabarito máximo permitido e o coeficiente de aproveitamento de lote, mas isso será objeto de outra análise assim que eu receber do IPPUJ a informação da área total residencial construída em Joinville. De posse da área total e da população do município eu poderei fazer o cálculo de qual a área construída por habitante em Joinville, o que me permitirá calcular o potencial de crescimento da cidade de forma mais exata, pois terei o potencial construtivo e a relação m² residencial construído por habitante.
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