Ninguém merece escutar
as lamentações do prefeito sobre as obras do Rio Mathias. Dizer que é um
pesadelo, não reflete a totalidade da situação. O inferno descrito por Dante, na Divina Comedia, é uma historia para criancinhas, se comparado a situação real em que Joinville se encontra. Numa unica quadra podemos encontrar os nove circulos do inferno, não precisamos ir além do centro. A cidade está
ao leu. Abandonada ao Deus dará. Sem rumo. E o burgomestre, com o olhar perdido
no infinito, acuado, isolado, sem saber o que fazer. Sem esperança de reverter
o quadro atual, a espera de um milagre é a imagem do desespero.
As lagrimas de
crocodilo não sensibilizam ninguém, a maioria da população está contando os
dias que ainda faltam para que este pesadelo termine. O pesadelo não é só a interminável
obra do Mathias, o pesadelo maior é esta gestão incompetente que só sabe
produzir desculpas para justificar tudo o que não fez, tudo o que não concluiu
e não concluirá.
A obra do Mathias é o
reflexo desta gestão, mas é uma de muitas obras inacabadas, mal executadas,
sendo reformadas antes mesmo de concluídas, ou que nem chegaram a iniciar.
Joinville não merece tanto descaso, tanta desídia. A cidade precisara de décadas
para se refazer de tanto estrago.