26 de junho de 2019

A imagem do desespero


Ninguém merece escutar as lamentações do prefeito sobre as obras do Rio Mathias. Dizer que é um pesadelo, não reflete a totalidade da situação. O inferno descrito por Dante, na Divina Comedia, é uma historia para criancinhas, se comparado a situação real em que Joinville se encontra. Numa unica quadra podemos encontrar os nove circulos do inferno, não precisamos ir além do centro. A cidade está ao leu. Abandonada ao Deus dará. Sem rumo. E o burgomestre, com o olhar perdido no infinito, acuado, isolado, sem saber o que fazer. Sem esperança de reverter o quadro atual, a espera de um milagre é a imagem do desespero.

As lagrimas de crocodilo não sensibilizam ninguém, a maioria da população está contando os dias que ainda faltam para que este pesadelo termine. O pesadelo não é só a interminável obra do Mathias, o pesadelo maior é esta gestão incompetente que só sabe produzir desculpas para justificar tudo o que não fez, tudo o que não concluiu e não concluirá.

A obra do Mathias é o reflexo desta gestão, mas é uma de muitas obras inacabadas, mal executadas, sendo reformadas antes mesmo de concluídas, ou que nem chegaram a iniciar. Joinville não merece tanto descaso, tanta desídia. A cidade precisara de décadas para se refazer de tanto estrago.

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