30 de dezembro de 2016
Aula de arrogancia
Aeroporto de Joinville fecha por buraco na pista
A notícia que o aeroporto de Joinville fechou devido a um buraco na pista seria comica se não fosse triste. A Joinville das ruas esburacadas, agora também tem buracos na pista do aeroporto. Se tivesse porto é capaz que também fosse fechado por falta de agua. OPS!!! Tinha e fechou. Essa é a terra do carangueijo que só anda para tras ou de lado, ou para onde seja, menos pra frente.
29 de dezembro de 2016
Els caganers
Els caganers
Os presépios são típicos desta época do ano. Reproduzem a imagem
fantasiada do momento e do lugar em que de acordo com a tradição nasceu Jesus.
Há países e culturas em que a construção do presépio ganha sofisticação e
requintes de obra de arte, mas também são uma forma de expressar a cultura
popular. Em Catalunha, Espanha, é comum encontrar escondido em algum dos cantos
do presépio o “caganer” em português o cagão, uma figura icônica do presépio popular.
Quando criança achar o “caganer” era um atrativo adicional a fascinação que
exerciam os presépios.
Hoje além do “caganer” vestido com a barretina tradicional,
o mercado oferece centenas de alternativas, de políticos a atores, de jogadores
de futebol a personagens do imaginário popular. Há na figura do “caganer” essa
mistura tão comum na cultura mediterrânea de misturar a irreverencia com o
respeito, de juntar num mesmo momento a seriedade com o deboche. É este equilíbrio
pendular entre os dois extremos o que permite que num mesmo presépio convivam
anjos anunciando o nascimento de jesus e “caganers” escondidos detrás de uma
moita, na mais pura reprodução da nossa realidade quotidiana, em quanto uns
vivem a sua vida diária há os que não podem evitar fazer o que todos os “caganers”
fazem.
Há na figura do “caganer”, mostrado com as calças abaixadas
e defecando uma forma de protesto frente ao “status quo” e suas normas e
regulamentos. O “caganer” é a figura fora de lugar na imagem idílica do presépio.
A sua figura rompe a imagem idílica da paisagem perfeita, a sua presença
humaniza e dessacraliza a representação do nascimento de Jesus.
O objetivo inicial de reproduzir a imagem da manjedoura, da
virgem e de São José, acompanhados do boi e do asno que de acordo com a
tradição cristã, seriam a fiel imagem daquela noite de dezembro faz mais de
dois mil anos. A imaginação, a habilidade, a técnica e os meios disponíveis tem
sofisticado os presépios que contam com rios de aguas límpidas, com pastores e
seus rebanhos, com agricultores e suas hortas e campos de cultivo, com
caravanas de reis magos que cada dia se aproximam um pouco mais para que sua
chegada coincida com a noite do 5 de janeiro, quando de acordo com a mesma tradição
os reis chegaram a Belen e fizeram as suas oferendas. É esta tradição a que faz
que convivam em alguns países o Papai Noel e Melchior, Gaspar e Balthazar.
Os brinquedos são a versão moderna do ouro, a mirra e o
incenso, mas a logica sempre foi que os mesmos reis magos que trouxeram suas
oferendas para o menino deus, seguissem desempenhando a mesma tarefa e presenteassem
a todas as crianças com os seus presentes. A disputa entre a crescente pressão
comercial do natal liderada pelo omnipresente Papai Noel deve se considerar
vencida pelo marketing mais agressivo e bom velhinho. Até porque as crianças de
hoje não querem ficar esperando quase duas semanas a que cheguem os reis e seus
pagens montados em camelos, que na verdade são dromedários, trazendo os
brinquedos. Em tempos em que o tempo é dinheiro, ninguém gosta mais de três velhinhos
que chegaram atrasados. As crianças e os adultos seguem buscando os “caganers”
escondidos, ou nem tanto, num canto do presépio. Até porque não faltarão nunca os
que vivem fazendo o que os “caganers” fazem com tanta propriedade.
12 de dezembro de 2016
5 de dezembro de 2016
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