24 de maio de 2016

Parque ou prédios?

Parque ou prédios?

A informação que o projeto da LOT permitirá a construção de prédios de até 10 pavimentos no imóvel do 62 BI, deu inicio a um debate entre os que achamos que, se algum dia o exercito sair de lá o espaço deve ser público e deveria ser destinado ao grande parque que Joinville segue sem ter e os que acham que não há nada de errado em que se construa naquele espaço um empreendimento imobiliário. Independentemente do positivo do debate, um ponto chama a atenção e preocupa. A quase um unanimidade entre os joinvilenses em não acreditar que o poder publico tenha condições, não se de fazer, mas de manter um parque público.

É bom lembrar que depois de gastar aproximadamente R$ 14 milhões, com recursos do Fonplata, para construir parques, Joinville continua sem ter um parque digno desse nome. Os recursos já foram quase todos gastos e nem rastro de um parque. A cidade continua carente de áreas públicas para o lazer. Se queremos conhecer um parque teremos que pegar o carro e dirigir até outras cidades. O resultado visível, é algumas praças. O poder publico insiste teimosamente em denomina-las de “parque”, a pesar de não atender aos critérios mínimos para que possam ser consideradas parques de pleno direito. Pior ainda é impossível achar uma única praça que não esteja abandonada. O Joinvilense paga o preço das obras mal planejadas, pior executadas e sem nenhuma outra manutenção que roçadas periódicas, com o único objetivo de evitar que a natureza selvagem volte a se apossar dos espaços que lhe foram violentamente arrebatados.


Tem razão o Joinvilense em não acreditar na capacidade da sua administração municipal. Tem além de razão, bons motivos para sustentar essa opinião. Parques e praças abandonados são espaços férteis para a insegurança, para a violência e para a degradação urbana. Há algo de muito errado na forma de ver e entender a cidade e o seu desenvolvimento quando se prefere uma calçada a um parque. Mesmo tendo bons exemplos de parques públicos no Brasil e em cidades próximas o joinvilense desistiu de acreditar num parque para Joinville. É triste e assustador quando se desiste de um parque porque se sabe que não há competência para mantê-lo. É o reconhecimento da falência do poder público, que não consegue nem cumprir as suas obrigações mais triviais. Ainda bem que 2016 é ano eleitoral. 

Se você acha que o espaço deve continuar sendo público e destinado a um parque, assine a petição

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