22 de maio de 2015

Cidades vivas


Devemos enxergar as cidades como seres vivos, pulsantes, dinâmicos, seres em movimento. Olhar além da selva de concreto e ver como as cidades escolhem o seu destino e traçam os caminhos que as levarão ao futuro.

Há cidades que escolhem serem sustentáveis, outras querem ser inovadoras. Em quanto há as que preferem converter-se em destinos turísticos e promovem a sua historia, a sua cultura ou suas belezas naturais. Há espaço para cidades com espirito criativo e é o destino de artistas de todas as tribos e culturas, verdadeiros laboratórios de criatividade. Até há cidades que tem se convertido em destino eno-gastronômico e milhares de visitantes as visitam para saborear as delicias da sua cozinha e experimentar a qualidade dos seus vinhos. Cada cidade tem o seu espaço para poder ser. Cada cidade é livre para escolher o seu futuro. Como será amanha depende das decisões que tome hoje. E o que decida ser dependerá de suas características, de sua vontade, do seu esforço e do trabalho dos seus habitantes.

As cidades sustentáveis investem em parques, em espaços verdes, em reciclagem, em energias limpas, em sistemas de transporte ecologicamente corretos, em economia de recursos e na melhoria da eficiência e na busca da qualidade de vida dos seus moradores. As cidades inovadoras atraem universidades, centros de pesquisa, priorizam os investimentos em tecnologia de ponta, estão conectadas e oferecem oportunidades para que empresas inovadoras as escolham como sede. Cidades inovadoras são cidades eficientes. Em que os cidadãos sabem que podem contar com transporte público de qualidade, com informações precisas sobre horários, serviços e com serviços públicos modernos.

Há cidades que escolhem ser grandes. Ser as maiores se converte num mantra. E avançam inexoravelmente nesta obsessiva busca do tamanho, nesta logica estranha que as assemelha a células cancerígenas, concentradas em crescer, em ser cada dia maior, nem que para isso deixem no caminho outras opções, como a de ser melhor, ser um polo cultural, uma cidade sustentável, uma cidade verde, inovadora ou com qualidade de vida. Para ser a maior esquece-se de todas as alternativas e se perdem a maioria dos referenciais e valores. Por isso as cidades se parecem tanto com as pessoas que as habitam.   


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