31 de março de 2008

Fortuna e Virtú (2)

"A sorte pode ser a base de metade de nossas obras; a outra metade nós é que temos de governar."
Nicolau Maquiavel (1469-1527), filósofo e político italiano

O mapa do tesouro

De uma hora para outra, parece que todos ao mesmo tempo, tomamos conhecimento que o transito esta caótico, na realidade a própria denominação que implica movimento, fluxo, circulação ou passagem, tem perdido boa parte do sentido e ultimamente a visão que temos do transito esta mais ligada a filas intermináveis de veículos imóveis.

Cada um, com maior ou menor conhecimento e com a sabedoria que nós confere o ser usuário e vitima ao mesmo tempo, fazemos sugestões, nos ambientes mais diversos, desde rodas de amigos, conversas de boteco, no trabalho ou inclusive através da imprensa e dos demais médios de comunicação.


Entre as muitas propostas apresentadas, a única que parece que reúne ao mesmo tempo a unanimidade das opiniões e tem a vantagem adicional de estar sustentada pelo bom senso, e a que faz referencia a necessidade de estimular e priorizar o transporte coletivo. Como uma das alternativas mais eficazes para retirar o excesso de carros da rua.


Em Joinville, quem tenta utilizar o sistema de ônibus, se depara com alguns absurdos, que poderiam ser facilmente sanados. Um deles é a ausência de um mapa das linhas – e não vamos a aceitar que é difícil de implementar - A maioria das cidades européias de tamanho maior que o nosso, tem e ainda esta disponível gratuitamente nas estações de integração e nos locais de afluência de publico. Um mapa de fácil compreensão e simples de usar.


O sistema de numeração das linhas é de tamanha complexidade que ninguém se refere as linhas pelo numero, nos veículos é indicado o ponto de destino, lembrando ainda que é possível chegar ao mesmo ponto a partir de diversos itinerários. Porque diversos caminhos podem conduzir ao mesmo destino. A divulgação dos itinerários de forma a que fossem mais facilmente conhecidos, permitiria usar com mais facilidade o sistema.


Os pontos de ônibus estão sinalizados na maioria dos casos por uma pequena indicação, um totem, mesmo nos mais sofisticados, não existe indicação de quais as linhas que nele fazem ponto.


Imaginar que fosse possível divulgar os horários, mesmo que aproximados, seria um sonho, e nos aproximaria as outras cidades mais desenvolvidas, não imagino que possamos alcançar a perfeição a curto prazo, mais não devemos ter vergonha ao copiar outras cidades, inclusive no Brasil, quando trabalham com maior competência que nos.


Para resolver o problema do transito, será preciso alem de algum arrojo, saber desenvolver uma nova mentalidade que nos permita aproveitar as soluções simples, porque são elas as que nos levam a pensar em direções distintas das que tem seguido e a que tem nos acostumado os especialistas do tránsito urbano, nas ultimas décadas.


Publicado no Jornal AN Cidade

27 de março de 2008

Agora ficou muito mais facil....

Agora você pode acompanhar, a atualização do blog, diretamente no seu computador,cadastre o seu e-mail e recebera um e-mail no seu endereço, cada vez que o blog seja atualizado. Um serviço facil é rapido.

26 de março de 2008

Projeto (fazendo) Arte na Calçada


A Conurb, em parceria com a Seinfra, tem iniciado o projeto (fazendo) Arte na Calçada, o projeto cultural, tem como objetivo, embelezar ruas e calçadas da cidade, com obras de arte ou instalações artísticas.
Objetos sem nenhuma utilidade aparente, passam a partir deste projeto, a formar parte do quotidiano urbano da cidade dos príncipes.
Uma das primeiras intervenções é na rua Albano Schmidt, no bairro Boa Vista, o trabalho de autor desconhecido, leva por titulo "Laranja Infinito" composto poruma estrutura tubular em aço galvanizado, de cor laranja, com patina envelhecida, cria um contraste, com a horizontalidade da rua e com a arquitetura do entorno.
Os pequenos detalhes como o lindo jardim minimalista, de uma simplicidade que tem influencia oriental, rodeando e envolvendo a base do importante elemento escultorico e a suave irregularidade e desalinhamento do meio fio, estão cuidadosamente integrados na paisagem urbana da rua.
Cada um dos detalhes que formam o conjunto, reforçam a atenção e o esmero do trabalho.
Parabéns para esta importante iniciativa cultural.

( Esta iniciativa cultural não conta com o apoio da FCJ - Fundação Cultural de Joinville e tampouco recebe nenhum tipo de incentivo ou subvenção legal, nem é custeada com recursos publicos ) )

E as Faixas de pedestres na frente das escolas?


A Conurb arrecadou no ano de 2007, de acordo com os dados oficiais quase R$ 10.000.000 com as multas de transito, estes recursos devem ser destinados entre outras prioridades a sinalização horizontal e vertical. A Conurb tem experimentado serias dificuldades para manter a pintura das faixas de pedestres na frente das escolas.
O que esta acontecendo? Entendemos que ao menos na frente de escolas, hospitais e outros locais de concentração de pessoas, a pintura de segurança deveria ser priorizada.
Por outro lado a prefeitura gastou, tambem de acordo com informações oficiais, R$ 550.000 para fazer uma pequena parte do Boulevard, o bom senso, faz presupor que a segurança deveria se antepor as veleidades esteticas.
O estabelecimento correto de prioridades e um dos pontos principais de uma boa gestão.

Veja a ultima ação ecologica que a Prefeitura de Joinville...



...fez no terminal Norte, de uma passada para ver o corte das arvores, que a própria prefeitura plantou e que agora cortou.
Se não tiver tempo de passar, não se preocupe, aqui você pode acompanhar as imagens.
A equipe da moto serra em ação. Esta equipe é boa. Alias quem é que plantou estas arvores? Será que precisavam ser cortadas mesmo? Porque será que este pessoal gosta tanto de uma moto serra?

Conurb e Seinfra lançam importante projeto cultural

conheça aqui proximamente o projeto que esta mudando a cara da cidade.
As nossas ruas vão ficar mais bonitas, com o projeto arte na calçada.
em primeira mão divulgamos aqui no Blog Comentarios de Joinville esta importante iniciativa cultural.
Acompanhe as imagens aqui no Blog

24 de março de 2008

Rotatorias e elevados


Será que esta é a solução? Ou será que a pergunta precisa ser reformulada de uma forma distinta? Ou será que o progresso é ficar dando voltas sem girar nem a esquerda, nem a direita e só podemos continuar no caminho que já esta traçado?

23 de março de 2008

Não acredite nunca

Ensinamos os nossos filhos a duvidar, a questionar, a pensar. Do mesmo modo devemos considerar seriamente que todas as informações que tenham como fonte os nossos políticos devam ser submetidas ao filtro da duvida razoável.

Acreditar menos e passar a ter uma posição mais critica com relação as “verdades” que nos são colocadas a cada dia, alem de fazer bem para o fortalecimento da democracia, ajudam a garantir o mínimo da transparência necessária para a pratica do republicanismo mais elementar.

Quando o prefeito for a imprensa, informando que o valor do IPTU esta defasado, por conta de antigas correções do valor, que nunca são bem explicadas e que este ano, o aumento também será acima da inflação. Não acredite.

Quando a única saída para a construção de um boulevard, que não faz muita falta, seja o corte de 44 arvores, porque tecnicamente não tem outra alternativa. Não acredite, porque sempre as coisas podem ser feitas de outra forma.

Quando o governo, seja qualquer um deles, informe que gerou milhares de novos empregos, se inclui nesta conta os criados pela iniciativa privada. Não acredite, só acredite quando esteja se referindo explicitamente aos novos cargos públicos, se os cargos são comissionados, acredite piamente.

Quando o governo informe que sem a CPMF, a arrecadação se reduzira em 20 bilhões de Reais e que os programas sociais sofrerão cortes, com o que as camadas mais pobres do pais sofrerão. Tampouco deve acreditar. O tempo mostrara que a arrecadação ainda aumentou.

Como não é possível acreditar, quando o governo, seja municipal, estadual ou federal, encaminha algum projeto de lei, que reduzirá a carga tributaria, se diz que simplificara ou que melhorara a vida do contribuinte, parafraseando nosso presidente, nunca neste pais isto tem acontecido e não é desta vez que acontecera. Não acredite tampouco.

Se o governo afirma que a implantação da meia jornada de trabalho nas repartições publicas, servira para reduzir custos, que com esta economia será possível realizar maiores investimentos e que em nenhum momento esta redução da carga horária representara, nem prejuízo para o contribuinte, nem redução da produtividade, Não acredite.

Se nós asseguram que as obras da Via Gastronômica começaram em 30 dias, ou que não tem filas para consulta com um medico especialista na saúde, ou ainda que o turno intermediário acabara nesta gestão, não acredite.

Que políticos sejam mitômanos, não é um pré-requisito, mas gera um elevado nível de desconfiança, no caso do Senado e da Câmara o percentual da população que não confia neles é de 83,1 % , o dado da pesquisa realizada pela Universidade de Brasília sinaliza os políticos como o setor que menos confiança gera na sociedade. Por isto vale a pena lembrar duvide sempre, não acredite nunca. A menos que, como Santo Tome você veja com os seus próprios olhos. Mesmo neste caso mantenha ainda uma duvida razoável.

publicado no AN Cidade

Senador Schmidt X Duque de Caxias

Já faz uma semana, quanto tempo mais vai demorar em consertar?

22 de março de 2008

No AN Cidade de hoje

A materia de capa, é dedicada a grave situação de abandono e de falta de manutenção das ruas Joinville, esburacadas, com uma manutenção precária e com a prefeitura chegando a demorar mais de uma semana, para resolver problemas como o da rua Duque de Caxias com a Senador Schmidt.
Resposta lenta e inadequada.
Mais comentários sobre o tema, clique aqui
Como sou leigo no assunto
O alto custo de tapar buracos

21 de março de 2008

Só a nossa ignorancia...

Não nos permitira ter uma paisagem como esta da Via da Saudade em Rio Claro SP, as arvores são as mesmas da rua Hermann Lepper.
E o asfalto não esta quebrado, curioso, muito curioso, que as raizes possam estar ao lado da rua sem destrui-la.

Transito ou Trafego


Na medida que o blog Comentarios de Joinville, vai sendo mais conhecido, um maior numero de pessoas colocam as suas opiniões para que possam ser objeto de discussão pela sociedade. A participação de todos, mesmo desde pontos de vista divergentes, ajuda a construir uma visão plural e participativa, afastada do imperialismo autocrático, do nosso poder publico municipal, que a cada dia fica um passo mais afastado da sociedade a quem deveria servir.
O texto do arquiteto Arno Kuhmlhen, desperta a reflexão sobre o tipo de cidade que queremos a partir da discussão de um tema pulsante a atual, o crescimento desproporcional e descontrolado dos problemas inerentes ao transito das cidades, entre as que devemos considerar a nossa.
A falta de uma visão estratégica para a Joinville, por parte dos órgãos publicos de planejamento e a implantação de propostas parciais e capengas, fazem que a cada dia nos afastemos mais da cidade ideal possível, para avançar num modelo anarquico de desenvolvimento urbano, em que parece que o governo perdeu faz tempo o controle e o foco.

Os municípios brasileiros têm muito a aprender com os problemas de transito da cidade de São Paulo. Oportunidades para mudar ou melhorar o amanhã existem, e estão nas mãos dos usuários das cidades.

Uma das formas é acompanhar a elaboração dos novos Planos Diretores, obrigadas às cidades que são pela Lei n° 10.257/01, que no ritmo de congestionamento tramita pela maioria das casas legislativas municipais brasileiras, sem por parte delas, pelo executivo e pela sociedade civil receber sua devida importância. O Plano Diretor é o instrumento político de desenvolvimento da cidade, e orienta a construção e as oportunidades contidas no espaço urbano, visando melhorar as condições de vida da população.

Devemos ficar atentos aos modelos que por ventura sejam adotados em suas diretrizes, que irão afetar a vida futura dessa cidade, no que tange ao uso e ocupações de solo e consequentemente ao sistema viário e transporte, meio ambiente e sustentabilidade, saúde, etc... A cidade passa a ser refém da nova lei, ou aos interesses nela inscritos, na maioria das vezes, não visíveis nos textos tecnico legais, como fossem letras minúsculas de contratos que ninguém lê. Exemplo dessa observação está na priorização que a sociedade fez em favor do transporte individual em detrimento ao transporte coletivo que apresenta como resultado os milhões de reais que se perdem nos congestionamentos, pelo consumo de matriz energética, perda de produtividade e tempo livre.

A segunda forma se avizinha, os pleitos municipais nos darão ótima oportunidade para avaliarmos os programas de governo, que devem conter propostas de soluções para problemas da cidade, inclusive o problema de circulação viária, programas estes, que deveria ser transformado em contrato entre cidadão e governante eleito, com valor para cobrança judicial.

Devemos continuar nos perguntando que cidade queremos, ou que tipo de sociedade somos, para permitir que tudo seja levado dessa forma em que não vislumbramos em curto prazo solução, e, portanto vamos deixando passar.

Arno Kumlehn
Arquiteto e Urbanista

20 de março de 2008

De acordo com as informações divulgadas...


...Hoje pelo governo federal a arrecadação de impostos no Brasil, alcançou neste mês um novo recorde histórico, aumentou em media mais de 10 %, acima da inflação, em comparação com Fevereiro do ano passado, para um pais que cresce 5% ao ano, de acordo, com o mesmo governo, um aumento de 10 % ao mes, não é só escandaloso, é a prova clara que o governo, drena mais e mais recursos da sociedade.
A proposta de reforma tributaria que o governo encaminhou ao congresso, não pretende reduzir a carga tributaria, alias ninguém duvida que ainda a aumentara um pouquinho mais.
Na realidade cada vez que o governo, seja este o anterior ou o próximo fala de fazer alguma alteração ou mudança nos impostos, o faz com um unico objetivo aumentar a arrecadação um pouquinho mais.
Mas caro contribuinte, não se preocupe, maior que esta arrecadação só a do próximo mês.

“Fortuna e Virtú”



O inicio de 2008 é uma boa oportunidade para avaliar o quanto do futuro será resultado da “fortuna”, da sorte, do acaso e quanto será o resultado da “virtú”, da competência, da capacidade. Os termos maquiavelianos fazem referência àquilo que depende da sorte e ao que é o resultado do nosso esforço e do nosso trabalho.

A maior parte do que somos hoje como cidade, é resultado da fortuna, da omissão, da mediocridade, de esperar e acreditar na, sempre volúvel, sorte. O crescimento aqui acaba sendo o resultado do acaso, muito mais que do planejamento e dos riscos assumidos. O poder público sempre tem estado um ou dois passos atrás da sociedade.

“Deixar correr solto”, “Não se meter”. Em outras palavras, o velho “laisser faire, laisser passer” do século XIX, impera solto. Como os três macaquinhos, Não ver, não ouvir e não falar, são hoje o lema da nossa forma de administrar. E não só na administração pública, mas também em muitas das nossas entidades mais representativas. O que tem se convertido, numa característica da nossa forma de ser.

Evidentemente se a fortuna nos é propícia, e nenhum desastre maior acontece, o resultado do esforço de uma comunidade operosa e empreendedora como a nossa, acaba aparecendo e a sociedade avança. Com menos velocidade do que merece, mas avança em um ritmo tão lento que as nossas ações são corretivas sempre, já que somos incapazes de nos antecipar aos acontecimentos. Não existe uma visão consolidada de como poderá ser a Joinville do amanhã e, sem que possamos trabalhar pelo que não conseguimos prever, seremos o resultado da fortuna ou do azar.

Imaginei, por um átimo, por um simples instante, o que seria desta cidade. O que poderia ser desta Joinville, se a “virtú” entendida como a inovação, o esforço, a ação, o talento, com o ímpeto e a capacidade de renovação, que têm sido os esteios primordiais desta Joinville que amamos, voltasse a ser o nosso impulso maior, a nossa força motriz, a nossa vocação.

Publicado no AN cidade

Uma lufada de ar fresco


Já quase estava desistindo de imaginar que uma administração municipal pode e deve funcionar com os mesmos princípios e critérios que norteiam as empresas e organizações privadas, definindo metas, trazando objetivos e sendo pautada pela eficiência.

Na realidade convivemos no Brasil, com dois mundos paralelos, um publico e outro privado, uma Brasil oficial e um Brasil real, a cada dia o distanciamento é maior entre os dois, os seus valores, parâmetros e objetivos são distintos e divergentes.

Aparece agora na Câmara de Vereadores um projeto, que mesmo com escasas possibilidades de êxito, representa uma oportunidade de repensar estas duas realidades.

O projeto de Emenda a Lei Orgânica do Município, se propõe a obrigar ao executivo a elaborar e cumprir o plano de metas. Em outras palavras o prefeito que ganhe a próxima eleição, terá a obrigação de cumprir as promessas feitas na campanha. Convenhamos que obrigar a alguém a cumprir as promessas feitas, não deveria nem ser novidade, nem ser necessário ter uma lei obrigando, para ter chegado a este ponto, é porque de fato as coisas saíram um pouco de controle.

Estamos tão acostumados a escutar promessas que sabemos que nunca serão cumpridas, que ficamos imunes a este tipo de discursos e os nossos políticos, prometem com a facilidade e a segurança de quem tem a certeza que não vai cumprir.

Criando um mundo irreal, um mundo de ficção, onde inclusive alguns, chegam a ficar irritados quando alguém cobra o cumprimento de promessas feitas ou da palavra empenhada. Chegando ate a ficar ofendidos.

A constituição de 1988 estabeleceu no seu artigo 37 o principio da eficiência, que propõe que as ações do poder publico devem atender a alguns dos princípios básicos que a iniciativa privada utiliza desde faz décadas, os da qualidade, produtividade e eficiência.

A proposta, mesmo sendo uma lufada de ar fresco no conturbado cenário atual, precisa ser aprimorada, acrescentando punições, pelo seu não cumprimento, para evitar que seja, se aprovada, uma lei inútil, sem efeito.

Os nossos vereadores,darão a comunidade joinvilense, um exemplo de independência, isenção e de comprometimento com o futuro, se apóiam a iniciativa e a complementam com emendas e propostas que a melhorem e garantam o seu cumprimento. Joinville teria muito a ganhar

19 de março de 2008

A manutenção da arborização urbana em Joinville



É inexistente, lembrem que não devemos confundir a poda que é feita para a manutenção da rede de energia elétrica, que deforma as arvores e a poda de manutenção e formação necessária para o desenvolvimento e manutenção das arvores de rua.
No novo Boulevard, 4 das novas palmeiras estão mortas e precisam ser repostas, foi inaugurado no inicio de dezembro de 2007 e já esta com uma manutenção inadequada.
Parece mais fácil sempre fazer obra nova que manter o que temos.
Uma bela imagem do abandono das nossas arvores e calçadas, o meio fio abandonado e a estremosa, deformada pela falta de uma poda adequada de formação. local rua Aube - Março 2008

18 de março de 2008

A responsabilidade para escolher um bom candidato


Neste momento em que começam a se perfilar os primeiros pre-candidatos, seja para a Câmara de Vereadores, seja para o executivo municipal, é o momento de avaliar quais os critérios e os aspectos que deveremos considerar para escolher o melhor candidato, recebemos esta contribuição e a colocamos no blog, para ajudar a fomentar o debate plural e supra-partidário.

Este espaço esta aberto a textos e comentários, que estejam alinhados com os princípios que permeiam este espaço, desde que assinados.


A RESPONSABILIDADE PARA ESCOLHER UM CANDIDATO

Neste ano teremos eleições para Prefeito e Vereadores. Estamos num momento único para a nossa cidade e nosso país. Se não estamos satisfeitos e queremos mudar o estado de coisas que nos rodeiam, é justamente na nossa cidade por onde se iniciam estas mudanças. É um momento de decisão e de grande responsabilidade para cada um de nós. Mais importante do que o candidato, é o processo de escolha que deve ter como avaliação o caráter, a folha corrida e as propostas como premissas fundamentais. As ideologias e os partidos infelizmente estão falidos, pois transformaram-se em meras siglas para troca de favores e negociatas. Algumas sugestões que colhi oferecem indícios para a escolha. O roteiro mais difundido está relacionado com a confiança e sugere as seguintes indagações;

  • Qual candidato você confiaria o seu negócio por três meses?
  • Qual candidato você escolheria para cuidar e educar os seus filhos?
  • Para qual candidato você emprestaria dinheiro de olhos fechados?
  • Qual candidato você hospedaria na sua casa por três meses?

Eu acrescentaria ainda algumas outras questões, par mim ainda mais relevantes nos dias atuais, em particular quanto à credibilidade do político:

  • Qual candidato tem na sua vida alguma realização importante; é oi foi um trabalhador destacado; é um empresário bem sucedido; tem um passado de realizações pessoais, empresariais ou comunitárias?
  • Qual candidato tem uma fonte de renda conhecida que o sustente independente de um cargo público de confiança ou político?
  • Seu candidato enriqueceu nos últimos anos? Você sabe qual a origem do enriquecimento?
  • Seu candidato responde processos na justiça, seja na justiça comum, eleitoral, tem dívidas com o fisco, a previdência ou outras que o desabonem?
  • Você conhece as relações políticas, comerciais ou pessoais do candidato? Você as acha confiáveis?
  • Quais propostas o candidato tem para sua cidade? Lembre-se, favores imediatos são apenas para comprar a sua consciência.

Se todas as respostas indicarem um mesmo candidato, você estará fazendo a escolha mais acertada, caso contrário reflita e avalie melhor. Você poderia estar se perguntando: Porque gastar tempo com isso se, no fim das contas, vai ficar tudo igual? É justamente a sua atitude e o poder do seu voto que podem mudar tudo. Parar e refletir pode transformar nossa cidade e nosso país nos próximos anos. Busque fazer o certo, mesmo quando ninguém mais pareça se importar. Você irá fazer a diferença. Aceite este desafio e analise melhor os candidatos para fazer a sua escolha. Afinal, qual é a cidade que queremos para nós e nossos descendentes? O Brasil precisa de mais dignidade e credibilidade na política, mas, para isto, precisamos escolher políticos sérios, dignos, comprometidos, desgarrados de desejos pessoais ou mesquinhos cuja índole e passado os credenciem a cuidar do que é nosso, a nossa cidade. Boas eleições.

Sérgio Guilherme Gollnick

16 de março de 2008

O Brasil de faz-de- conta


O jornalista Gilberto Dimenstein, da Folha de São Paulo, escreve que " No Brasil, o aluno faz de conta que aprende e a escola faz de conta que ensina - O resultado final é a cidadania do faz de conta."
Ainda comenta no seu texto O país do faz-de-conta, que é impossível travar um debate sobre o desempenho de um governo se o eleitor não entende porcentagem ou um simples gráfico.
O quadro que se apresenta é resultado do nível de escolaridade e ainda do baixo capacidade dos brasileiros para lidar com números. Dos 127 milhões de eleitores, mais da metade não conseguiu o diploma de conclusão do ensino fundamental e deste total 8,2 milhões não sabem ler nem escrever.

Esforço inutil


Só agora, concluído o prazo estabelecido na lei, a sociedade tem condições de avaliar adequadamente o impacto que teve, ou melhor, que não teve a lei 235 /2007 aprovada depois de inúmeros debates, com o objetivo de permitir a regularização dos imóveis em situação irregular, o que teria representado um enorme beneficio para a sociedade se tivesse acontecido.

Porque não aconteceu?. Tem vários motivos, o primeiro, saber se de fato, existem em Joinville 27.000 imóveis em situação irregular, o numero parece exagerado, para uma cidade que tem aproximadamente 100.000 imóveis, estaríamos falando de 1 de cada 5, o segundo avaliar se a prefeitura uma vez mais na sua ânsia burocratizante e complicadora, inviabilizou o cumprimento da própria lei que propôs, se tivesse sido simples, alias nem simplificação, nem simplicidade são bens abundantes, por aqueles lados do Cachoeira.

A bancada governista, que goza de ampla e confortável maioria, acreditou que se a lei fosse aprovada, como de fato foi, um numero enorme de munícipes, poderiam regularizar a situação dos seus imóveis, e olhando ao mesmo tempo os interesses dos cidadãos e a arrecadação adicional que a prefeitura pretendia recolher, por conta das taxas a mais, votaram com a consciência que estavam prestando um grande serviço a Joinville.

A realidade hoje mostra que não foi assim, só um pequeno numero de imóveis foi regularizado, ao amparo da lei, o que evidencia que a lei foi inútil, a sua elaboração tomou tempo e dinheiro dos contribuintes e o efeito foi pífio.

Do mesmo modo as informações do secretário da fazenda do município, informando do aumento na arrecadação do IPTU, em comparação ao mesmo período do ano anterior, evidencia que não era necessário aprovar o aumento acima da inflação que os mesmos vereadores aprovaram, com o beneplácito de algumas entidades empresariais, que acreditam que existe ainda uma defasagem no valor do IPTU.

Podemos concluir, que os dados apresentados pela prefeitura para embasar os seus projetos de lei, as suas propostas de aumentos de impostos e os cálculos que tem servido para elaborar projetos e propostas, podem ser bem menos confiáveis do que poderíamos prever. Induzindo a nossa Câmara de Vereadores a tomar decisões, que podem não ter sido as melhores.

Não posso imaginar que houve ma fé, ao apresentar dados pouco confiáveis, acredito firmemente que sempre tem havido por parte dos técnicos a maior vontade de intuir, de a partir de conjeturas, adivinhar os valores mais próximos da realidade.

A mesma falta de dados precisos e confiáveis levou o Governo Federal, a anunciar uma suposta queda de arrecadação de 20 Bilhões, caso a manutenção da CPMF não fosse aprovada. Que acabou não se confirmando. Cada governo diz as gabarolices que quer, acreditando que é possível governar com dados, que são mais fruto do conhecimento adquirido com a quiromancia e a astrologia, que com estudos técnicos sérios e criteriosos.

Publicado no AN Cidade

15 de março de 2008

Cortaram 10 arvores para reformar o terminal norte


Esta equipe da prefeitura é um perigo, agora por conta de uma reforma no terminal norte, aproveitaram para cortar umas arvores que estavam la, dando inclusive sombra para os próprios ônibus.
Não podem ver uma arvore que desenvolva um pouco que vão la e tocam moto serra nela.
Definitivamente, não da para ficar descuidado, porque esta equipe não para.

De Guto Cassiano

Transparência Brasil


Como são nossos parlamentares

Levantamento realizado no âmbito do projeto Excelências, da Transparência Brasil, desvenda o histórico e o comportamento de todos os parlamentares pertencentes à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal, a todas as Assembléias Legislativas estaduais e à Câmara Distrital de Brasília. A íntegra do relatório pode ser baixada daqui.

Eis algumas das muitas constatações do relatório:

  • Em conjunto, os deputados federais brasileiros gastaram quase R$ 20 milhões com viagens em 2007. Esse dinheiro seria suficiente para cada deputado dar cinco voltas em torno da Terra de avião.
  • Não só na Câmara dos Deputados, mas também no Distrito Federal, em São Paulo e no Rio Grande do Sul, os parlamentares consomem vultosas quantias com combustíveis. No agregado, os deputados federais gastaram o suficiente para percorrer de automóvel 73,8 milhões de quilômetros; os paulistas 11,1 milhões de quilômetros e os gaúchos 13,2 milhões de quilômetros. O combustível que os 24 deputados distritais brasilienses declararam ter gasto seria suficiente para percorrer o Plano Piloto de uma ponta a outra mais de 235 mil vezes durante o ano.
  • Cerca de um terço dos deputados federais apresenta ocorrências na Justiça ou em Tribunais de Contas. Nas bancadas de alguns estados eles são maioria: por exemplo, 75% dos deputados federais eleitos no Tocantins estão nessa condição.
  • Mais de um terço dos senadores tem ocorrências na Justiça ou em Tribunais de Contas. Entre os trinta senadores com tais ocorrências, onze foram eleitos no Nordeste.
  • Pelo menos um terço dos deputados estaduais de 15 Casas Legislativas estaduais tem pendências com a Justiça ou com Tribunais de Contas. Na Assembléia Legislativa de Goiás eles são mais de 70%. Em outros sete estados o porcentual é de pelo menos 40%.
  • A assiduidade dos parlamentares ao trabalho muitas vezes deixa a desejar. Na Câmara dos Deputados, a média de faltas nas sessões plenárias foi de 12% no ano. A representação estadual mais faltosa foi a do Rio Grande Norte, com 18,9% de ausências. Entre as poucas Assembléias Legislativas que dão informações sobre a presença dos parlamentares, a de pior desempenho é a de Pernambuco: nesse estado, a média de faltas é de 26,6%.
  • A média de ausências nas sessões das comissões temáticas da Câmara dos Deputados é de 28%. Os do Rio Grande do Norte foram campeões também nesta categoria, tendo faltado em média a 39,3% das sessões.

Acrescentamos um link novo

é o endereço do Transparência Brasil, uma ONG, das que não recebe recursos públicos e que tem como objetivo divulgar informações para ajudar a combater a corrupção neste pais.
Visite o site e aprenda como fiscalizar melhor e a denunciar os casos de corrupção e mau uso de recursos públicos.

14 de março de 2008

Como sou leigo no assunto



Posso me conceder o privilegio de opinar e depois ser desacreditado, por técnicos e doutores, na complexa arte, da administração publica.


Não consigo entender que numa mesma cidade, tenhamos lado a lado ruas impecáveis, que suportam incólumes o passo do tempo e do trafego e outras que no curto período de uma gestão, muitas vezes menos ainda, parecem se esfarelar a olhos vista.


Por exemplo a Av. Getulio Vargas, mesmo com o tempo que faz que foi pavimentada, e com o enorme volume de transito que recebe, tem poucos buracos e apresenta uma qualidade de asfalto muito acima da que um leigo pode perceber em outras ruas mais recentes, e estamos falando de uma pavimentação feita na gestão do prefeito Lula, no minimo ja faz doze anos. Outro exemplo interessante e a Avenida JK, que com mais de 20 anos, mantem uma qualidade bem acima da media das ruas e avenidas da cidade. Podemos colocar ainda nesta lista feita sob o olhar de um leigo, a estrada da Ilha, e a primeira etapa da Marques de Olinda por citar algumas das mais conhecidas e utilizadas pelos joinvilenses, e pavimentadas faz alguns anos, por administradores diferentes.


Por outro lado algumas ruas simplesmente parecem pavimentadas com alguma mistura biodegradável, que não dura nem uma gestão, as vezes precisam ser refeitas num curto período. Por exemplo a Helmuth Falgatter, a rua XV, a Dr. João Colin,a Visconde de Taunay, a Dona Francisca, a rua Guanabara, a Duque de Caxias, sem comentar a Santa Catarina. Estas ruas tem se convertido numa colcha de retalhos, composta por partes do asfalto original e coleções de remendos de asfalto novo, alem de frestas e trincas. Num resultado custoso e pouco eficaz.


Mais especialmente me referindo a ruas menores, com menos movimentação como a rua Presidente Castelo Branco, a dos Agronomos, ou a Marechal Luz, a Timbó, a Araquari, a General Valgas Neves, Plácido Olimpio de Oliveira e tantas outras que cada um pode acrescentar a partir do seu conhecimento.


Não pode ser a muita ou a pouca chuva, porque todas são ruas próximas, e não podemos dizer que chove mais numa que em outra. Tampouco pode ser a técnica de construção, porque temos bons engenheiros e técnicos que conhecem a sua profissão.


Podemos considerar muitos motivos e eu estou aberto a receber as suas sugestões.


Porque quando uma rua começa a apresentar buracos e rachaduras em menos de 5 anos, alguma coisa deve estar errada e somos você e eu que pagamos por isto.


Já tinhamos comentado sobre o asusnto no post O alto custo de tapar buracos

13 de março de 2008

Parecer Técnico apresentado pela AJECI e o CEAJ, com relação a situação do talude da rua Herman August Lepper


No dia 12 de março a AJECI e o CEAJ encaminharam a comunidade a Nota Tecnica, que transcrevemos a continuação.

Algumas anotações ( em vermelho) a esta Nota Tecnica acompanham o texto original, que esta em azul e italico, para facilitar a comprensão.

A Associação Joinvilense de Engenheiros Civis (AJECI) e o Centro de Engenheiros de
Joinville (CEAJ) acompanhou nos dois últimos meses uma série de discussões tornada a público pela imprensa local com relação à preservação das árvores que se encontram na margem esquerda do Rio Cachoeira. ( A Nota Tecnica, tem como objetivo anunciado posicionar a sociedade, sobre a preservação das arvores, de acordo com o enunciado em negrito ) Trata-se mais precisamente da Rua Hermann Augusto Lepper entre as ruas Princesa Izabel (ponte metálica azul) e a Rua Dona Francisca. Várias opiniões foram relatadas pela imprensa em oposição e a favor do corte das mesmas.
Membros da AJECI e do CEAJ, motivados pela discussão, efetuaram uma visita ao local com o objetivo de analisar a questão sob o ponto de vista técnico. No trecho em questão foram observados alguns pontos onde o pavimento apresenta trincas em forma de semicírculo, típicas de uma situação de instabilidade de talude, indicando movimentação.
Corroborando os indícios evidenciados pelas trincas foram observadas árvores com seus troncos inclinados no sentido do rio, e dois pontos (duas árvores) que já deslizaram, confirmando a situação instável. Com base nestas evidências, conclui-se que o maciço de
solo é instável e que pode a qualquer momento apresentar novas movimentações. Na opinião dos técnicos que analisaram o assunto, nenhum engenheiro irá assegurar mediante uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) que o talude é estável, e assegurar que não irão ocorrer novos deslizamentos. Qualquer solução a ser adotada para a questão implica inevitavelmente na estabilização do talude.
As associações alertam ainda para o fato de que junto ao alinhamento das árvores, a cerca de um metro e meio das mesmas passa a tubulação da SC gás. Uma ruptura do maciço poderá provocar a ruptura desta tubulação. ( é importante lembrar que a instalação da tubulação de aço de SC Gas, foi instalada com posterioridade ao plantio das arvores, por tanto, deve ser avaliado porque foi autorizada a instalação da citada tubulação tão perto das arvores, que ja existiam no local, quem autorizou?) Esta ruptura poderá ter conseqüências desastrosas para o local sendo que o corte do abastecimento dos usuários que ficam na continuidade da tubulação será a menor das conseqüências.
A imprensa também levantou questões quanto ao tipo de árvore ali existente. Este aspecto não foi abordado, ( se o objetivo do parecer era um posicionamento sobre a preservação das arvores, este aspecto e todos os demais relativos as arvores deveriam ser abordados) pois nos ativemos mais na estabilidade do talude em questão. Sabe-se apenas que são árvores agressivas e de rápido crescimento das raízes e que causam além de entupimento de tubulações também degradação de pavimentos e calçadas. Técnicos pertencentes às Associações acompanharam situações onde tubulações de água pluvial e esgoto, localizadas próximas ao mesmo tipo de árvore plantada na Rua Hermann Augusto Lepper, apresentavam-se totalmente obstruídas pelas raízes.
Com relação à massa introduzida pelas árvores sobre o talude sabe-se que esta é prejudicial à estabilidade.
Finalizando, é importante ressaltar que para a verificação da estabilidade real do talude da margem do Rio Cachoeira e junto a Rua Hermann Augusto Lepper têm-se a necessidade de se efetuar uma investigação geotécnica com vistas a se definir as propriedades do solo local. Adicionalmente, efetuar um levantamento plani-altimétrico para daí ter condições de calcular a estabilidade do talude e tecer conclusões. ( Esplicitamente as conclusões ficaram para depois de realizados os estudos referidos, pelo que a Folha Tecnica, não pode ser considerada um documento conclusivo e não se posiciona sobre a necesidade ou não do corte das arvores.)

Ainda e para maior esclarecimento, reproduzimos as colocações do Arquiteto e Urbanista Sérgio Gollnick

O preâmbulo da Nota Técnica fala sobre a polêmica das árvores (grifado no texto). Depois o texto cita a tubulação de gás que está a um metro e meio das árvores e na continuação afirma que a ruptura do talude poderá provocar também a ruptura das tubulações de gás. Claramente não afirma que as árvores seriam as responsáveis pelo possível dano.
O texto afirma taxativamente que nos aspectos avaliados pela AJECI e CEAJ não foram abordadas as árvores, ou seja, não existe nenhum pronunciamento explícito nem sequer sugestivo sobre o corte ou retirada das figueiras.
Finalmente, a preocupação das entidades limitou-se ao talude e, não existe um parecer definitivo sem que antes se façam avaliações e investigações técnicas mais profundas. Perfeito!
Observações
  • Foi um erro de projeto colocar a tubulação de gás naquele lugar (próximo a um talude e das raízes das árvores que já estavam lá);
  • Quem foi o responsável pela análise do projeto e pela cessão do alvará para a SC Gás?;
  • Se a Prefeitura não recuperar os meio-fios que contém as águas superficiais que tem por função encaminha-las ao sistema de drenagem, teremos uma ação constante da água sobre o talude e sabemos bem que tipo de resultado isto trará (erosão + infiltração=ruptura). A situação de escorregamento recente é resultante de falta de manutenção e cuidado com o patrimônio público;
  • 90% do talude pode ser considerado estável pois não se percebem indícios de ruptura na maior parte do trecho e onde eles ocorrem há indícios visíveis de falta de manutenção da via que não recebe as correções necessárias;
  • A grande maioria dos taludes do rio cachoeira, que ainda são naturais, tem declividade muito semelhantes a do local ou até mais acentuada que a da Av. Herman Lepper;
  • A vegetação bem como as raízes das árvores sempre foram utilizadas como medidas corretas e de baixo custo para a estabilização de taludes. Porque neste caso elas estão sendo condenadas?
  • Alguns outros elementos externos tem contribuído para a desestabilização ou adensamento da via. como por exemplo o excesso de tráfego próximo ao talude bem como a falta de um dimensionamento adequado no projeto viário;
  • Existem em Joinville mais de 5.000 arvores que causam danos ao patrimônio público e privado, que colocam em risco pedestres, que impedem a acessibilidade universal, dentre outros problemas maiores ou menores. Como podemos avaliar então as prioridades?
Certamente, a engenharia e a boa técnica permitem oferecerem-se soluções que podem salvar as árvores, proteger a tubulação de gás, estabilizar ou conter o talude e ainda oferecer a oportunidade do uso daquele espaço para a contemplação, se estiver dentro dos propósitos.
Portanto, o assunto requer muito mais profundidade até que se condenem as árvores ou se avalize qualquer projeto.
Sérgio Gollnick
Arquiteto


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12 de março de 2008

Aqui e lá


Em quanto a nossa prefeitura se empenha, com inusitado ardor e esforço em conseguir obter pareceres "independentes" e "isentos", que atendam a vontade incontrolável de derrubar 44 arvores na beira rio.
Na cidade de São Paulo, arquitetos, engenheiros e botânicos, trabalham juntos, para preservar um jequitiba rosa, de 15 metros de altura, que deveria ser sacrificado, por conta do traçado da linha 2 - verde do Metrô paulista.
O resultado deste esforço conjunto é que inclusive o projeto do metrô foi alterado, para poder manter a sombra frondosa de uma única arvore, localizada na praça Padre Lourenço Barendse, ma Vila Prudente.
"Das pranchetas dos arquitetos, dos engenheiros e dos botânicos, saiu um projeto, nunca antes imaginado, que deve ser realizado pelo metrô." Escreve o jornalista Gilberto Dimenstein no Jornal Folha de São Paulo do dia 12 de março.
Aqui nossos técnicos se esforçam em imaginar o jeito mais fácil de derrubar tudo, quanto antes, com a maior celeridade, porque a eleição esta a volta da esquina.
o link com o texto completo é este http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/colunas/gd120308.htm

11 de março de 2008

É o uso do cachimbo que entorta a boca

Assusta o grau de intensidade da corrupção na nossa sociedade, confundir dinheiro publico e privado e confundir interesse publico e interesse privado, são cada vez mais erros do quotidiano da nossa sociedade.

9 de março de 2008

O blog da Associação de Moradores do Bairro America


tem um texto interessante, que ainda inclui a transcrição completa do decreto n 12.388 de 02 de maio de 2005, este decreto estabelece o tombamento de algumas das arvores mais significativas da cidade de Joinville, muitas outras podem ser tombadas, e acrescentadas a lista.
Faça a sua parte identifique as arvores que devem ser tombadas, peça aos candidatos nas próximas eleições que mais arvores possam ser consideradas imunes ao corte.
Colabore

As arvores do America

Se as arvores pudessem se defender, seria deste jeito...

8 de março de 2008

chegamos aos primeiros 100 posts...

Os elefantes brancos


Diz a historia , que os elefantes brancos são animais sagrados e que não podem ser usados para o trabalho, no antigo reino de Sião, hoje Tailândia, aonde tradicionalmente os elefantes são usados como força de trabalho, O rei mantinha nos seus estábulos uma coleção de elefantes brancos. Só ele poderia se dar ao luxo de manter um rebanho de elefantes improdutivos, que gulosos, consumiam toneladas de alimento, pago com os recursos arrecadados da população na forma de impostos,

Existe ainda a estória de que o rei local, quando insatisfeito com alguém da corte, presenteava-o com um desses animais considerados sagrados, passando a visitar o presenteado em horas incertas a fim de verificar pessoalmente se o bicho estava sendo tratado com a atenção necessária.
O homenageado, coitado, que por razões óbvias se vira forçado a aceitar o presente do rei, dali em diante fazia das tripas coração para manter o animal sempre limpo e enfeitado, e o que é pior, procurando satisfazer seu apetite de tamanho e peso equivalentes às quase dez toneladas de carne e ossos que carregava. Em razão disso a expressão “elefante branco” passou a simbolizar inicialmente algo enorme e incomum, que incomoda e assusta pela sua inutilidade e que passou a representar a mais pura incompetência e descaso, com a forma como são tratados os bens públicos e os interesses dos cidadãos.

Joinville tem se esforçado em formar, cria r e engordar um rico e variado rebanho de elefantes brancos, que roliços, retouçam por todos os cantos da cidade. Na forma de hospitais sem funcionários, escolas sem professores, pontes ligando o nada a coisa nenhuma, obras inacabadas ou cuja construção e entrega a sociedade se alastra por meses e às vezes anos, sem que ninguém mais reclame, sem que ninguém seja responsabilizado. Sendo que aos poucos nos acostumamos a presença incomoda destes mastodontes inúteis e desnecessários.

Publicado no Jornal AN cidade

6 de março de 2008

Tem pesquisa nova no Blog...

veja na coluna da direita e responda, a sua opinião é importante

a pesquisa realizada no blog mostrou que....

o sistema não permite votar mais de uma vez, a pesquisa ficou no ar durante 30 dias.

Editorial do Jornal O Vizinho de Joinville

Transcrevemos o editorial do jornal O Vizinho


Árvores de presente para Joinville


Mais um bom motivo de comemoração. Para continuar a construção do Boulevard e dos paredões de concreto à margem do Rio Cachoeira no centro da cidade, a prefeitura precisaria cortar as frondosas árvores como o fez com sete delas que estavam em frente ao prédio do executivo municipal. Agora, raquíticas palmeiras de rala sombra “enfeitam” a obra que destruiu o pouco de vegetação que ainda havia à margem do sofrido rio, naquele trecho.
Através das reportagens do Jornal O Vizinho (JOV) a população não tem mais dúvidas de que é necessário preservar o pouco de flora e fauna que tem ou retoma o rio. Não que o JOV seja contra o Boulevard, mas sim contra esse tipo de Boulevard que se pretende continuar construindo. As pressões da comunidade contrárias ao corte das figueiras da Av. Beira Rio, obrigaram o prefeito a recuar da sua insensata decisão, pois se avizinha enorme desgaste político em pleno ano eleitoral. Ações judiciais contra a prefeitura também foram movidas e pelo menos uma delas já tem decisão favorável do judiciário: as árvores não poderão ser cortadas sem profundo estudo, sentenciou o juiz.
Enfim, Joinville pode comemorar 157 anos sem o risco de ver o concreto derrubando o pouco que o centro da cidade ainda tem de natureza.
Ainda nesta edição registramos mais um flagrante de descaso da prefeitura permitindo que comerciantes tomem conta das calçadas, que são públicas, transformando-as em espaços particulares. Cadê a fiscalização dos órgãos responsáveis?
O apoio da população pela educação e conscientização ambiental que o JOV vem proporcionando com o Rio Cachoeira como fio condutor, encontra cada vez mais apoio. Na entrevista desta edição, tradicional família joinvilense contribui com o resgate de fragmentos da história. Aqueles que ainda têm parentes ou conhecidos que possam contribuir com suas lembranças, documentos e fotografias que retratem o Cachoeira e os seus afluentes, estão, desde já, convidados a entrar em contato com o JOV.

http://www.ovizinho.com.br/

3 de março de 2008

Quem avisa amigo é.....

Neste espaço ja avisamos, com varios dos posts, sobre o risco que correm as figueiras da Beira rio, no texto As outras arvores, e ainda no texto Gostaria de entender, que foi publicado no AN Cidade, e ainda no texto Tem aqueles que chamam os outros de leigos, entre outros, quando alertamos, que a prefeitura municipal é a unica responsável da queda das arvores, que as podas de manutenção que vinham sendo feitas regularmente, foram deixadas de fazer, quando o meio fio que evitava a erosão, não foi mantido, quando deixou entupir e ate permitiu a destruição das bocas de lobo da rua Hermann August Lepper.
Ainda os textos Para conhecer melhor as figueiras e As ruas da Argélia, fazem referencia a exemplos de como com uma manutenção adequada, algo que em Joinville é uma raridade ou uma exceção, não enfrentaríamos nenhum dos problemas que hoje enfrentamos.
A prefeitura apostou no "quanto pior, melhor". Para poder derrubar as figueiras e todo o processo de abandono e de descaso esta documentado e provado.
A queda de arvores, e já são duas, se produz pela falta de manutenção da prefeitura, que não consertou o meio fio caido, com o que a agua de chuva de todo o trecho da rua Hermann August Lepper, cai pelo talude do rio Cachoeira e acaba cedendo o solo.
A prefeitura é omissa e negligente.

A cidade eficiente


O futuro exigira que todos sejamos mais eficientes, mais competitivos, que façamos mais com menos, que consumamos menos energia, que tomemos hoje medidas para gastar menos.

As cidades não são diferentes, e o futuro, só garantira os melhores resultados para as comunidades que tenham tomado as medidas necessárias para melhorar a sua eficiência.

Por exemplo, as sinaleiras que utilizam lâmpadas incandescentes, consomem dez vezes mais que as que utilizam leds, que ainda tem uma vida útil 20 vezes maior. Joinville, quase uma década atrás iniciou uma mudança do padrão das sinaleiras, instalando algumas sinaleiras de leds, porem como quem paga a conta da luz das ruas é o cidadão, as novas sinaleiras continuam sendo as velhas sinaleiras, ávidas consumidoras de energia.

Do mesmo modo a pintura horizontal das ruas, poderia ser feita com tinta a quente, com maior resistência ao desgaste, com mais qualidade e principalmente com uma duração ate 7 vezes maior, que a tinta convencional, usada pela municipalidade, mesmo tendo um custo inicial mais elevado, acaba sendo mais econômica no médio prazo, porque dura muito mais. Algumas ruas ainda mantem a pintura a quente feita em 2000.

Entendemos facilmente que uma cidade mais eficiente é não só a que gasta menos, é principalmente aquela que gasta melhor.

A implantação de ciclovias, que permitam utilizar a bicicleta, para percorridos curtos, alem de reduzir a pressão sobre o uso de veiculo particular, libera o transporte coletivo, para trechos curtos e permite uma maior distancia entre pontos, com o que o sistema fica mais ágil e mais econômico para todos.

Calçadas largas e cômodas que estimulam o seu uso pelo pedestre, que tem ainda a oportunidade de realizar um leve exercício aeróbico, são alternativas para as cidades eficientes.

O elevado custo que representa uma cidade ineficiente é socialmente custeado por todos, porem atinge de uma forma mais dura, as classes mais carente e compromete o desenvolvimento futuro da nossa cidade.

Em quanto a forma de enxergar a cidade seja o olhar politiqueiro e míope do curto prazo, estaremos hipotecando o futuro dos nossos filhos e netos, que herdarão uma cidade ineficiente, custosa e socialmente injusta.

Publicado no AN cidade

2 de março de 2008

Uma frase de Zaha Hadid, primeira mulher a ganhar o Pritzker

" Acredito que as coisas podem ser feitas de outra maneira, que a arquitetura pode mudar a vida das pessoas e que vale a pena tentar."
Zaha Hadid

Nunca perder a capacidade de se indignar...

"Os brasileiros não podem perder a capacidade de se indignar com as falcatruas que ocorrem na administração pública, nem devem deixar de acreditar nos poderes constituídos, uma vez que o Brasil tem, hoje, mecanismos e instrumentos de defesa da sociedade que garantem a apuração de ilícitos e a punição dos culpados."

Marcelo D'Ambroso, procurador do Ministério Público do Trabalho

Frase do dia...


"A estupidez não depende do nível menor ou maior de escolaridade"

Janio de Freitas

1 de março de 2008

Decisão judicial acaba com a discussão.


Uma decisão judicial promete colocar fim à polêmica causada sobre a pretensão da Prefeitura de cortar as árvores da avenida Hermann August Lepper. A decisão do juiz da Primeira Vara da Fazenda Pública de Joinville, Carlos Adilson Silva é clara: “...defiro a liminar para determinar ao Município de Joinville que se abstenha de efetuar o corte das 40 (quarenta) figueiras plantadas ao longo da margem do rio Cachoeira na Av. Hermann August Lepper, até que comprove nos autos, a realização de estudos técnicos que concluam pela necessidade efetiva do pretendido corte.” Em seguida à decisão, o juiz fixou a pena de multa ao valor de R$ 5 mil por árvore em caso de desobediência.

O início da polêmica aconteceu quando em uma atitude deliberada a Prefeitura fez o corte das sete figueiras que existiam nas margens do rio Cachoeira no trecho que fica em frente à Prefeitura, com o objetivo de construir o Boulevard Cachoeira. Em seguida o prefeito Marco Antônio Tebaldi anunciou o corte do restante das árvores.

A disputa, portanto, que se desatou na cidade por conta da proposta de corte e retirada das figueiras da Beira Rio tem servido para que a sociedade manifeste o desejo por um projeto urbanístico onde o verde tenha mais espaço. Enquanto isso o estado geral das nossas áreas verdes de regiões urbanas vai diminuindo dia a dia.

A própria Prefeitura já havia se manifestado no sentido de deixar o corte das árvores de lado ao perceber o estrago que essa atitude traria junto à opinião pública em ano eleitoral. Contrariado pela derrota frente à população, o prefeito Marco Tebaldi chegou a declarar em tom de ameaça: “As árvores vão continuar onde estão. Agora, sinceramente, espero que não haja nenhuma tragédia”. Porém esta promessa havia sido feita apenas verbalmente. Com a decisão judicial em resposta à ação elaborada pelo advogado Marcos Schettert, a Prefeitura é obrigada a manter o que prometeu: Não cortar as figueiras.

Soluções para as arvores
O argumento utilizado pela Prefeitura para justificar suas intenções pelo corte é de que o crescimento das raízes das arvores plantadas na Beira-rio estaria ameaçando a estrutura no local, como tubulação de esgoto, rede de água e até a rede de gás implantada há alguns anos. Mas não faltam alternativas técnicas para evitar prejuízos. Duas idéias já foram apresentadas para essa contenção, pelos paisagistas Roberto Drefahl e Jordi Castan, juntamente com o arquiteto Sérgio Gollnick: a primeira seria a construção de um deck de madeira, e uma outra solução poderia ser a abertura de uma vala de 1,5 metros de profundidade, entre as árvores e a avenida, para conter o avanço das raízes. Para os defensores das figueiras, seja qual for a solução adotada, a proibição do corte das arvores significa uma vitória na luta pela qualidade de vida.

Publicado na Gazeta de Joinville

já começou o periodo eleitoral

a verdade....

"A verdade é filha do tempo e não da autoridade"
Galileu Galilei

A cidade impermeável


As enchentes que Joinville viveu nos últimos dias, levam forçosamente a duas reflexões, a primeira é que a maré alta acontece diariamente, duas vezes ao dia, Não é por tanto uma novidade para os joinvilenses, acontecia inclusive muito antes que estas terras fossem ocupadas por caiçaras e tupis-guaranis. A maré de lua acontece com a regularidade de um relógio lunar a cada 28 dias, também desde tempo imemorial.

As fortes chuvas são também uma constante da região, desde o el Niño e la Nina, por tanto mesmo que estes acontecimentos sejam intensos, não podemos nos deixar surpreender, por algo que a natureza, teimosamente nos oferece como os amanheceres e os entardeceres.

Nada mais injusto que culpar a Natureza, e as inclemências do tempo pelos transtornos que ocasiona, como dizia Moscatelli A natureza não se defende... ela se vinga!!!

A segunda nos leva a procurar entender melhor, porque os estragos são cada vez maiores, porque o prejuízo para os cidadãos é maior e mais freqüente. Inclusive não tem sido poucos os depoimentos de joinvilenses, que a cada chuva, mesmo as menos fortes, tem sofrido enchentes e perdido os seus bens duramente conquistados.

Devemos buscar os responsáveis por este agravamento dos problemas ocasionados pelas chuvas, e devemos responsabilizar aqueles que permitiram de forma criminosa que a cidade se expandisse por áreas que historicamente sofriam alagamentos, alagamentos que no passado não revestiam maior gravidade, por acontecer em áreas pouco populosas ou inclusive rurais. A ânsia de dinheiro fácil levou loteadores e políticos irresponsáveis a autorizar loteamentos em áreas sujeitas a enchentes.

E ainda, a constante impermeabilização da cidade, que perde a cada dia os seus jardins e quintais, não constrói novas áreas verdes, não as exige por lei e não toma medidas para proteger as poucas que ainda permanecem. Faz que a cada nova nuvem os joinvilenses olhem o céu com apreensão e temor.

A cada dia a água da chuva, sem espaço permeável para se infiltrar no solo, percorre com maior velocidade as ruas e calçadas, em direção aos pontos mais baixos e em menor tempo se produzem enchentes mais graves, que não dão tempo a se proteger e defender. A proposta de construir piscinões, comentada pela imprensa recentemente é mais uma destas idéias, que aparecem em ano eleitoral, como o Flotflux ou a construção de um bulevar as margens do Cachoeira, nada que mereça ser levado muito a serio.

Publicado no AN Cidade

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