A gestão Udo Dohler
tem sido chamada de desastre a nível nacional. O que era um segredo a vozes em
Joinville agora ganhou escala nacional. Não há como esconder mais a nudez do
rei. O vídeo do Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan caiu como uma
bomba na cidade e torpedeou qualquer aspiração de por panos quentes no desastre
que é esta administração municipal.
Ao super gestor lhe
começaram a crescer os anãos já faz algum tempo, mas como a vila é provinciana não
foi difícil abafar as poucas vozes dissonantes. A mídia local é sensível aos
agrados e as verbas da Secretaria de Comunicação e não tem dificuldade para não noticiar o que até agora circulava
só a boca pequena. Os primeiros furos no casco da batera começaram quando os
joinvilenses, tradicionalmente pacatos e apagados, sentiram no bolso a conta da
COSIP, demorou, mas finalmente chegou. A maioria de vereadores que votaram a
favor do aumento absurdo da COSIP, transvestida de mudança de cálculo,
perceberam tarde demais o tamanho da bobagem que fizeram quando votaram a favor
do aumento perverso e exorbitante. Na medida que se aproxima 2020 e os
vereadores começam a identificar claramente sinais nas suas bases que o
eleitorado esta muito insatisfeito e ganha corpo um movimento de rejeição aos
vereadores que votaram a favor do aumento ou que compõem a base do prefeito,
alguns começaram a mudar o tom de seus discursos.
Luciano Hang disse em
alto e bom tom o que todos sabemos, que a Prefeitura de Joinville é um desastre.
Mas seu desabafo é injusto porque a prefeitura já estava se mobilizando para
criar uma lei especifica para atender os interesses particulares da Havan, um
projeto de lei para atender a um imovel em particular, um casuísmo, que nos corredores da Câmara tem recebido o apelido carinhoso
de “Lei Havan”, um mimo costurado a varias mãos, para atender especificamente
os interesses dos que utilizando o amparo da “mineração”, aproveitaram e
rebaixaram a Cota 40, até faze-la desaparecer e aterraram baixadas e nascentes, com o barro dos morros até acabar com qualquer traço de natureza que pudesse ainda sobreviver.
A proposta elaborada
pelo executivo propõe passar um pano sobre os desatinos realizados, amparados
pela legislação e pelas consultorias, sempre solicitas e pertinentes dos que de
manhã cumprem a lei e de tarde mostram como burlá-la. A chamada “Lei Havan”
abre um precedente perigoso e representa uma ameaça para a Cota 40, para as áreas
verdes ainda remanescentes no perímetro urbano e é um estímulo ao retrocesso
ambiental.
Faria mais por
Joinville o executivo se em lugar de tentar resolver o “problema” causado pela
esperteza dos malandros, utilizassem este exemplo para dar um recado claro que
este tipo de ações não tem lugar, nem vez em Joinville. Que em lugar de ser
anistiados e premiados com mudanças pontuais de zoneamento que permitam o que
para os outros está proibido, propusesse a recuperação ambiental da área e sua
manutenção como área de preservação, melhor ainda que fosse convertida num
parque. Mas esta administração olha em outra direção e sempre tem olhado na
direção errada.
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