1,2 milhões de mortes por acidentes de transito no mundo
por ano. Um número assustador sobre o que ninguém parece se importar. A cultura
e o culto ao carro é responsável por 3,4 mil mortos por dia. A estes números,
que por si só já arrepiam, ainda é preciso incluir os 20 a 50 milhões de motoristas,
passageiros e principalmente pedestres que sofrem ferimentos graves e ficam com
sequelas a cada ano.
Se em lugar de continuar
priorizando o carro e estimulando este modal as políticas públicas de mobilidade
considerassem esses números fossem considerados como muito graves e passassem a
balizar as políticas públicas e os projetos de mobilidade, teríamos uma redução
significativa das despesas com saúde, teríamos uma sociedade mais sadia,
cidades menos poluídas e com mais qualidade de vida e destinaríamos menos
recursos públicos para infraestrutura viária. Recursos que poderiam ser
destinados a melhorar a qualidade das calçadas e passeios, a estimular a
caminhada para trajetos curtos e principalmente a investir em malhas ciclo
viárias de qualidade e seguras. Mas como estes números não são divulgados e
quando são divulgados não geram nenhuma reflexão mais profunda entre a
sociedade carro-dependente, carros matam mais pessoas que armas de fogo,
incluindo as guerras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário