Parque ou prédios?
A informação que o projeto da LOT permitirá a construção de
prédios de até 10 pavimentos no imóvel do 62 BI, deu inicio a um debate entre
os que achamos que, se algum dia o exercito sair de lá o espaço deve ser
público e deveria ser destinado ao grande parque que Joinville segue sem ter e
os que acham que não há nada de errado em que se construa naquele espaço um
empreendimento imobiliário. Independentemente do positivo do debate, um ponto
chama a atenção e preocupa. A quase um unanimidade entre os joinvilenses em não
acreditar que o poder publico tenha condições, não se de fazer, mas de manter
um parque público.
É bom lembrar que depois de gastar aproximadamente R$ 14
milhões, com recursos do Fonplata, para construir parques, Joinville continua
sem ter um parque digno desse nome. Os recursos já foram quase todos gastos e
nem rastro de um parque. A cidade continua carente de áreas públicas para o
lazer. Se queremos conhecer um parque teremos que pegar o carro e dirigir até
outras cidades. O resultado visível, é algumas praças. O poder publico insiste
teimosamente em denomina-las de “parque”, a pesar de não atender aos critérios mínimos
para que possam ser consideradas parques de pleno direito. Pior ainda é impossível
achar uma única praça que não esteja abandonada. O Joinvilense paga o preço das
obras mal planejadas, pior executadas e sem nenhuma outra manutenção que
roçadas periódicas, com o único objetivo de evitar que a natureza selvagem
volte a se apossar dos espaços que lhe foram violentamente arrebatados.
Tem razão o Joinvilense em não acreditar na capacidade da
sua administração municipal. Tem além de razão, bons motivos para sustentar
essa opinião. Parques e praças abandonados são espaços férteis para a
insegurança, para a violência e para a degradação urbana. Há algo de muito
errado na forma de ver e entender a cidade e o seu desenvolvimento quando se
prefere uma calçada a um parque. Mesmo tendo bons exemplos de parques públicos
no Brasil e em cidades próximas o joinvilense desistiu de acreditar num parque
para Joinville. É triste e assustador quando se desiste de um parque porque se
sabe que não há competência para mantê-lo. É o reconhecimento da falência do
poder público, que não consegue nem cumprir as suas obrigações mais triviais.
Ainda bem que 2016 é ano eleitoral.
Se você acha que o espaço deve continuar sendo público e destinado a um parque, assine a petição
Segundo uma conhecida coluna, foi apresentada na Câmara um empreendimento na região conhecida como Marina das Garças por um ex-vereador não reeleito também muito conhecido por intermediar negociatas imobiliárias, inclusive investigado pelo MP. E o mais incrível é que quem apresentou a "palestra" é um técnico efetivo do IPPUJ atuando como consultor! Vale lembrar que querem alterar a lei para isto, em um lugar que foi negado mais de uma vez pelos orgãos ambientais tal ocupação. O grau de descaramento desta gente assombra...
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