Revogue-se o bom senso
Não há limite na ânsia de retroceder até a idade das trevas, os denominados antropocentristas cedem espaço para a
sua ala mais radical os “imovelcentristas”.
Os imovelcentristas lançam uma nova ofensiva em que a ignorância
e a idiotia são suas bandeiras de batalha. Esta demonstrado que a
verticalização e o adensamento comprometem a qualidade da vida das cidades, edifícios
mais altos reduzem a insolação e a ventilação, fazem as cidades mais insalubres,
propiciam doenças e aumentam a poluição. A insuspeita OMS (Organização Mundial
da Saúde) produz normas e parâmetros para garantir um mínimo de insolação de
modo que mesmo nas cidades verticalizadas os seus habitantes possam receber 2 horas de sol no solstício de
inverno.
Além dos percentuais mínimos estabelecidos pela OMS há também
critérios e normas técnicas específicas, normas ISO, como a 6241 e NBRs, como a 10152 e
a 15575. Para definir toda esta serie de requisitos e critérios estabelece ângulos
máximos de obstrução, níveis máximos de intensidade sonora, de permeabilidade
do vento, disponibilidade de áreas verdes, trajetos a serem percorridos a pé,
distancia mínima entre as unidades habitacionais e os pontos de ônibus, princípios
de segurança urbana referente a mobilidade e a e alturas de construção a serem
seguidos na legislação urbanística, há uma relação direta entre a altura
permitida e a largura das ruas, o que os técnicos denominam a calha da rua.
Para poder aumentar a altura dos prédios é preciso que as ruas sejam mais
largas, assim não se compromete a insolação.
Aqui em Joinville tem sido dado a ordem de ignorar a OMS, as
ISO e as NBRs, estas organizações tão nocivas aos interesses defendidos pelo
setor especulativo, o grupo conhecido pelo apelido da “Gangue do Tijolo”o os “Talibans
do Concreto”. A falta de bom senso em geral deveria fazer supor que alguém que o tivesse proporia que a LOT cumpra os coeficientes mínimos propostos pelas normas técnicas e o
bom senso para reduzir a cobiça dos de sempre e que seja possivel preservar um mínimo
da salubridade e qualidade de vida.
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