A Joinville dos contrastes e dos contrassensos continua sem
licitar o estacionamento rotativo, e la se vão outros tantos meses. O pior é
que ninguém parece muito preocupado. Más línguas dizem que não há interesse em
licitar para desestimular o uso do carro no centro. O objetivo é incentivar o
uso do transporte coletivo. Há também
quem acha que daqui a nada nem será necessário o estacionamento rotativo, com
todos os meio fios da cidade rebaixados, não será só o passeio o que
desaparecerá, tampouco teremos estacionamento ao longo do meio fio. Sem meio
fio o estacionamento desaparecerá também.
Joinville não deveria disputar mais o titulo de Capital da Dança,
ou da Cidade das Bicicletas, nem da Cidade das Flores, Joinville tem tudo para
ser declarada pela Unesco a capital mundial da Lei de Murphy, a popular lei da
administração que diz num dos seus artigos que não há nada tão ruim que não
possa piorar. Nesse quesito Joinville esta sempre superando-se. Quando parece
que atingimos o fundo do poço, descobrimos que o fundo esta muito mais embaixo.
Um dia é o estacionamento rotativo, no seguinte é um projeto de lei absurdo que
privilegia o automóvel ao pedestre e é aprovado sem maior debate e sancionado
com rapidez pelo prefeito que veio para mudar a cidade e foi mudado pela velha política
de sempre. Depois são as obras que não terminam, o dinheiro que nunca chega ou
as licitações que nunca ficam prontas ou nunca saem no prazo. Sem esquecer-se
da sucessão de novos erros e patifarias com que somos surpreendidos a cada dia.
A lei que permite o rebaixo do meio fio é uma excrescência
urbana, atenta para o bom senso e vá contra todos os princípios de uma cidade
com maior qualidade para os pedestres, em quanto o mundo já acordou para qual é
o lugar que o automóvel deve ocupar nas cidades do futuro, aqui ainda estamos
indo na contramão, achando que o automóvel deve ser priorizado pelo planejamento
urbano. Como diz a lei de Murphy não há nada que tão ruim que não possa piorar,
Joinville e a sua gestão urbana é o melhor exemplo disso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário