13 de março de 2014

Quem é mesmo que cuida dos centavos?

Cuidar dos centavos

Não há político que não goste de fazer discursos emotivos. Dizer que cuidará de “cada centavo dos recursos públicos”, não é exclusividade de este prefeito ou daquele governador. Aonde tiver uma plateia disposta a acreditar, haverá um político disposto a fazer um discurso no limiar do deboche e da sem-vergonhice.

Nem se passaram três meses da inauguração do flamante trinario das ruas Max Colin, Timbó e XV e a pintura das ciclofaixas já mostra um nível de desgaste inaceitável para uma obra recém concluída. O pior é que não há novidade, a ma qualidade ou escolha das soluções erradas são tão constantes, que há até quem acredite que é assim que deve ser, e que cada 4 ou 5 meses tudo devera ser repintado novamente. Na Joinville que nem consegue manter a pintura das faixas de pedestres na frente de escolas, hospitais e lugares de maior afluência de público, imaginar que as ciclofaixas receberão manutenção adequada é um sonho, mais que um sonho é uma quimera.

E se de fato fossem pintadas e repintadas com a frequência requerida, quem teria coragem para bater no peito e dizer que esta cuidando de cada centavo? Difícil imaginar alguém falando uma um bobagem dessas.

Outra mostra da forma como os centavos são zelosamente vigiados e administrados é a comedia de erros em que se converteu a implantação do corredor de ônibus, no Guanabara, ou seria uma ciclofaixa? O que foi projetado e executado pelo conjunto de Institutos, fundações e secretarias que tem por responsabilidade cuidar dessas coisas, causa espanto. É inimaginável que tanta incompetência possa caber em tão pouco espaço. Um dia era um corredor de ônibus, no seguinte um corredor de uso compartido para bicicletas e ônibus, ao dia seguinte era só para bicicletas e só no dia seguinte ou dois dias depois o prefeito escutou a população do Guanabara.


O pior é que ninguém foi demitido ou veio a público a reconhecer que aquilo tudo foi uma trapalhada. Na iniciativa privada é provável que alguém tivesse perdido o emprego, aqui o mais provável é que ainda seja promovido, por que a pratica comum é que os mais incompetentes ocupem os cargos mais altos na escala hierárquica.

Publicado no jornal A Notícia de Joinville SC

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