Por Apolinário Ternes
O QUE NOS ESPERA?
Joinville comemora 163 anos de fundação. Aniversários supõem
avaliações. O que dizer da cidade nesta data querida? Há sempre dois olhares. O
primeiro, rosa, aplaude e vê perspectivas. O segundo, mais realista, franze a
testa com os desafios à frente. A cidade já não é a locomotiva de meio século
atrás. Ao contrário, nos últimos 30 anos reduziu a velocidade e nos últimos
governos se arrasta em trilhos colocados há duas gerações. A cidade mudou. E
muito. Não foi para melhor, apesar de fatos relevantes, dos quais o crescimento
da população é o mais visível. A qualidade de vida decaiu. Viver na cidade
ficou complicado. Quase irritante.
Num país urbanizado nas últimas cinco décadas, Joinville é uma das raras cidades que não desfrutam de acessos duplicados e asfaltados. O trânsito é ruim, e não existem elevados ou viadutos. As pontes, igualmente, são poucas interligando as diferentes áreas. Neste sentido, a cidade parou há 30 anos. Ligações como a Dona Francisca a Pirabeiraba e o acesso ao aeroporto deveriam estar duplicadas há pelo menos 20 anos. Se estiverem prontas nos próximos dez, o atraso continuará o mesmo: 30 anos.
Escassez de água e falta de saneamento são fatos reais na vida de milhares de cidadãos, apesar dos “milagres” do discurso político dos últimos anos. Como diz o prefeito Udo, a questão não é dinheiro, é competência. A Prefeitura, o maior cabide de empregos da cidade, requer administrador capaz de abrir mão dos cargos de confiança e cumprir promessas de campanha. Azeitar a máquina com medidas rápidas e tirá-la do marasmo e da mediocridade. É disso que a cidade precisa. E de lideranças afirmativas, sempre mais escassas.
Até 2030, dois terços da população do mundo se concentrarão nas cidades. Daqui a meros 16 anos, a cidade sentirá ainda mais essa concentração, em razão do setor industrial na região que cresce a ritmo parecido aos anos 60, época do “milagre brasileiro”. É bom? Não é. Os problemas se agravarão, em todos os sentidos. Os governos estão atolados na ineficiência, no empreguismo e nos desvios de finalidade. Não há razão para entusiasmo ou para acreditar que Joinville estará melhor em 2031, quando alcançar 180 anos. A próxima geração estará em situação ainda difícil. Prefeitura pede competência, agilidade. E coerência. Continuamos esperando.
Num país urbanizado nas últimas cinco décadas, Joinville é uma das raras cidades que não desfrutam de acessos duplicados e asfaltados. O trânsito é ruim, e não existem elevados ou viadutos. As pontes, igualmente, são poucas interligando as diferentes áreas. Neste sentido, a cidade parou há 30 anos. Ligações como a Dona Francisca a Pirabeiraba e o acesso ao aeroporto deveriam estar duplicadas há pelo menos 20 anos. Se estiverem prontas nos próximos dez, o atraso continuará o mesmo: 30 anos.
Escassez de água e falta de saneamento são fatos reais na vida de milhares de cidadãos, apesar dos “milagres” do discurso político dos últimos anos. Como diz o prefeito Udo, a questão não é dinheiro, é competência. A Prefeitura, o maior cabide de empregos da cidade, requer administrador capaz de abrir mão dos cargos de confiança e cumprir promessas de campanha. Azeitar a máquina com medidas rápidas e tirá-la do marasmo e da mediocridade. É disso que a cidade precisa. E de lideranças afirmativas, sempre mais escassas.
Até 2030, dois terços da população do mundo se concentrarão nas cidades. Daqui a meros 16 anos, a cidade sentirá ainda mais essa concentração, em razão do setor industrial na região que cresce a ritmo parecido aos anos 60, época do “milagre brasileiro”. É bom? Não é. Os problemas se agravarão, em todos os sentidos. Os governos estão atolados na ineficiência, no empreguismo e nos desvios de finalidade. Não há razão para entusiasmo ou para acreditar que Joinville estará melhor em 2031, quando alcançar 180 anos. A próxima geração estará em situação ainda difícil. Prefeitura pede competência, agilidade. E coerência. Continuamos esperando.
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