Joinville passou por uma fase, em que, a sua característica, se apresentava ideal para o uso de bicicletas, como meio de locomoção e de inúmeras utilidades, até de transporte. A cidade se apresentava adensada, tanto na área populacional , bem como, economicamente. Empresas se localizavam próximas ao centro da cidade. Ex. Fundição Tupi, Dohler, Meias Centauro, Metalúrgica Wetzel, Malharia Arp,Fabrica de velas Wetzel, Esquadrias Brand ,Irmãos Meister, Usina Metalúrgica JOINVILLE. Cia. Fabril Lepper, assim como o Comercio em geral, destacando-se Stein, Hoepke,Casa do aço e outros.
Esta situação permitia que todos as pessoas relacionadas às
atividades econômicas, que habitavam o município e que residiam nas
proximidades, se deslocassem ao trabalho, ou a negócios , a pé , ou em condições
melhores, de bicicleta. Esta característica , com o desenvolvimento e a
cultura, fez com que, um grande número de pessoas optassem pelo uso da
bicicleta, as quais eram importadas. A importadora Jobrasil, se apresentava
como líder no setor.
A infraestrutura foi dimensionada para os hábitos e as
disponibilidades tecnológicas da época.
Com o decorrer do tempo as transformações se
evidenciaram , a cidade expandiu , as indústrias, se deslocaram para
locais mais distantes, a evolução social mudou, o comportamento e o habito das
pessoas também se modificaram. . .
As transformações tecnológicas , geraram novos meios de locomoção , como o transporte coletivo, (obrigando as empresas a conceder o vale transporte),as motocicletas , os automóveis, utilitários etc. Cujo uso e consumo, foram estimulados
O ser humano, naturalmente, busca conforto e dispondo de
outros recursos, naturalmente fará uso dos mesmos.
Levar chuva na cara, tomar suador e chegar com roupa molhada
ou transpirada, no serviço, passar frio,deslocar-se longas distancias, a custa
de um esforço físico enorme certamente, não são estimuladores de consumo
da atualidade.
Não podemos omitir o
crescimento da idade média dos habitantes, onde os idosos não poderão usar tais
meios.
As bicicletas deixaram de liderar as vendas, deixando de ser, na sua maioria, um utilitário, para ser mais um equipamento, para exercício físico e de lazer,.
As ruas, em função da inadequação dos planos diretores, não mais atendem as necessidades de mobilidade dos usuários. Ou seja,defrontamo-nos com congestionamentos, causadores de prejuízo para a qualidade de vida dos cidadãos.
Manifesto-me favorável a implantação de ciclovias, fato que não se tem constatado em JOINVILLE . Aqui se reduz áreas dos meios de locomoção emergentes, para dar espaço, aos que representam uma minoria no âmbito global, divulgando-se que se esta criando mais quilômetros de ciclovias, o que é um equívoco.
. A supressão de áreas nobres,dos automóveis,
motocicletas e meios de transporte coletivo, resultam
em geradores de congestionamentos e acidentes. Tenho constatado, ciclovias
que levam nada a lugar nenhum e portanto acéfalas.
Questiona-se quais critérios técnicos são efetivamente
considerados ,no momento da tomada de decisão, para implementação de tais
procedimentos. Poderíamos citar outros fatores, como o custo da área ocupada com tais
supressões (o preço do metro quadrado, no local utilizado). A prioridade
logística da sua implementação, o real custo beneficio, que tais procedimentos
trazem em para a qualidade de vida dos Joinvillenses.
Um indicador que avaliasse a intensidade de pessoas,
usuárias dos espaços disponibilizados, com quais tipos de locomoção deveriam
ser considerados.
Que se criem ciclovias compatíveis com o ambiente e as características e os comportamentos locais. Temos que copiar,exemplos de países em evolução , avaliar o crescimento demográfico e os meios de transportes utilizados, bem como, as distancias, percorrida pelos mesmos.
Jamais poderemos regredir, suprimindo espaços nobres e sim,
criando-os, para o bem da comunidade.
Por Nivaldo Nass
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