31 de agosto de 2012

O QUINTETO




O Prefeito Carlito tem ficado excessivamente nervoso. Quando perguntado sobre a LOT insiste em culpar a ação popular que impediu a votação da Lei do Ordenamento por conta dos erros cometidos pelo propio Poder Executivo.

O Prefeito insiste em posar de vítima e responsabilizar cinco pessoas que assinaram a ação popular pelos equívocos dele mesmo ou da sua assessoria na condução do assunto .

Sempre os outros. Esta atitude infantil de querer sempre responsabilizar a outros pela própria incompetência cansa a beleza de qualquer um.

Esquece-se o Prefeito que a Promotoria da Moralidade Administrativa instaurou um procedimento, expediu recomendações e o Prefeito concordou com todas as exigências do Ministério Público. Dentre estas exigências, há a obrigação de proceder à completa reformulação do Conselho da Cidade de forma aumentar a participação das entidades representativas da sociedade. Como de fato já esta acontecendo, menos pela vontade democrática do prefeito que pela exigência legal de faze-lo.

Em recente audiência de 16 de agosto na Justiça (processo 0803086-66.2012.8.24.0038), o Prefeito concordou em conceder direito de resposta pelas suas declarações na TV em programa patrocinado pelo setor imobiliário, proferidas no mesmo sentido.

Apesar das repetidas derrotas na justiça e desistência dos recursos, o Prefeito insiste  em responsabilizar o quinteto, que agora passou a denominar os "Cavalheiros do Atraso" pela não aprovação da LOT ( Lei de Ordenamento Territorial)  no prazo definido pela legislação.

Este quinteto deve ser muito poderoso ou o Prefeito é muito incompetente. Como o quinteto esta formado por pessoas comuns a segunda opção é a mais provável.

Só falta dizer que está sendo perseguido pela Justiça depois da recente decisão que cassou, provisoriamente, seu registro de candidatura.

Joinville merece um governante melhor

Sem controle da sociedade a especulação avança


Grafitti criativo mostra como em nome do desenvolvimento econômico a especulação imobiliária avança sobre o verde, acaba com a qualidade de vida e destrói a historia e a cultura de uma cidade.

30 de agosto de 2012

A Coca-cola e o Mocochiche


A Coca-cola e o Mocochiche

O presidente Evo Morales desde o alto da sua sabedoria e conhecimento há proposto que a Bolívia abandone a bebida dos imperialistas e adote como bebida oficial o mocochiche. O tradicional bebida boliviana elaborada a partir de pêssegos desidratados.

Os dirigentes latino americanos nos brindam com estas perolas de sabedoria e mudam por decreto os hábitos e até as tradições de um pais e de uma cultura. Demonizar a Coca-cola é um esporte nacional em algumas republiquetas tropicais. A bebida representa o imperialismo americano e ele é o responsável por todos os males e problemas que vive a nossa sociedade. Atacar a Coca-cola, ao Mc Donalds, a Nike ou a qualquer uma das grandes corporações multinacionais é a forma de unir a sociedade contra o inimigo externo. Também aqui é mais fácil demonizar alguns críticos que resolver os problemas. Mas voltemos ao Mocochiche.

O Mocochiche é obtido a partir da reidratarão de pêssegos secos, produz uma bebida adocicada de cor amarelado, num sistema artesanal e popular na maioria das famílias. O pêssego é originário da Ásia e chegou na Europa a traves da Pérsia, posteriormente foi trazida a America pelos colonizadores espanhóis e portugueses. Uma fruta de origem exótica que passou a formar parte da paisagem e da gastronomia americana pela ação dos colonizadores, uma situação no mínimo curiosa. No caso da Coca-cola a formula original de John Pemberton, continha, entre outros ingredientes secretos, Coca e Noz de Cola. Estes produtos são tão importantes na sua composição que foram usados para formar o nome comercial da bebida. Curiosamente tanto a coca como a noz de cola são ambos produtos originários da América tropical, no caso da coca os maiores produtores do mundo são o Peru, a própria Bolívia e a Colômbia exatamente nesta ordem. A noz de cola é também de origem americana e entre outras virtudes ajuda a combater a fome.

E é assim como graças a uma genialidade, a Bolívia passara a promover uma bebida obtida de uma fruta asiática, trazida ao continente pelos terríveis e ferozes conquistadores espanhóis em detrimento de outra que tem na sua composição plantas e frutas genuinamente americanas. 

Comunicação


Eu sou só
responsável
pelo que
digo
não por aquilo
que você
entende.

29 de agosto de 2012

Propaganda eleitoral colocada estrategicamente garante votos


Escolher o local certo para veicular propaganda eleitoral é um desafio. Cavaletes colocados próximos a locais frequentados pelo candidato ou pelos seus eleitores são uma forma de reforçar a identidade com o eleitor.

Para pensar acordado

O futuro chega com tal rapidez que começo a desconfiar que agora já está atrás de mim. 
Millôr Fernandes

28 de agosto de 2012

Mais cavaletes



Tem candidato/a que insiste em ocupar as calçadas com cavaletes. Há quem ache que é uma boa estrategia para ganhar votos. Há quem não vote nos candidatos que não respeitam o eleitor.

Nada como um dia após o outro




•Entrevista de LULA ao repórter esportivo MILTON NEVES, em 1993, por ocasião do impeachment do então Presidente Fernando Collor de Mello.

Milton Neves pergunta:

• Com você aqui na ...
• O meu negócio é Futebol, o seu negócio é política, é a primeira vez que eu falo com você lado a lado.
Mas me diga uma coisa, uma curiosidade que eu tenho: Lula, Luis Inácio Lula da Silva, você tem pena de Fernando Afonso Collor de Mello?

Resposta de LULA:

• Tenho, eu... não é que eu tenho pena, como ser humano, eu acho que uma pessoa que teve a oportunidade que aquele cidadão teve de fazer alguma coisa de bem para o Brasil, um homem que tinha respaldo da grande maioria do povo brasileiro, ou seja, e...

E continua...

• E ... e... e ao invés de construir um governo, construiu uma quadrilha como ele construiu, me
dá pena porque deve haver qualquer sintoma de debilidade no funcionamento do cérebro do
Collor.

E continua...

• ... Efetivamente eu fico com pena porque eu acho que o povo brasileiro esperava que essa pessoa pudesse pelo menos conduzir o país, se não a uma solução definitiva, pelo menos a indícios de soluções para os graves problemas que nós vivemos.

Escute bem:

• Lamentavelmente, a ganância, a vontade de roubar, a vontade de praticar corrupção fez com
que o Collor jogasse o sonho de milhões e milhões de brasileiros por terra.

E conclui:

• Mas de qualquer forma, eu acho que foi uma grande lição que o povo brasileiro aprendeu e eu espero que o povo brasileiro em outras eleições escolha pessoas que pelo menos eles conheçam o passado político.

Qualquer semelhança com o passado seria mera coincidência

27 de agosto de 2012

Reeleger ou não reeleger, esta é a questão


Carta aberta a Câmara de Vereadores de Joinville


Este blog recebeu e publica, por concordar com o teor do texto


Carta aberta a Câmara de Vereadores de Joinville

Senhores Vereadores(as), o que é isso?

O Estado laico acabou?

Já não basta o regimento interno dessa casa favorecer  a bíblia(Art. 4º/dezembro de 2011,parágrafo único) enquanto proíbe símbolos de outras religiões?

Sinceramente isso me parece um artigo bem preconceituoso.

Agora teremos também um prêmio chamado Papa Paulo II(PL  nº 14/06)?

Por que este nome?

O que esta pessoa fez por Joinville?

E esse projeto criando o dia da bíblia(PL nº 252/2011), qual a utilidade disso senão fazer promoção da causa religiosa?

Que faremos para comemorar esse dia?

Esqueceremos novamente o que quer dizer “Estado laico” e faremos leituras bíblicas nas escolas públicas?

Faremos mostras, debates, cultos ou missas nas escolas públicas promovendo  o livro mais vendido no mundo(e o menos lido)?

Já não basta alguma professora desavisada fazer orações em alguma escola pública para chamar nossa atenção sobre o assunto?

Já não basta a leitura de passagens bíblicas nas aberturas das sessões dessa casa?

O povo quer vereadores preocupados com a cidade e não "despachantes religiosos" trabalhando em prol da propaganda religiosa ou das causas das instituições religiosas.

Sem isso em breve teremos o que?

Debates e sessões tentando  mudar a legislação para ensinar o criacionismo nas escolas públicas joinvilenses?

Sugiro que os vereadores dessa casa se informem melhor sobre o que é laicismo, baseando-se também na nossa Constituição Federal(Art. 19 e 37), e procurem colocá-lo em prática nos seus projetos e ações.

Laicismo não é ateísmo e nem preconceito contra qualquer religião específica, como alguns preconceituosos gostariam de insinuar, mas sim neutralidade sobre o assunto religioso.

A melhor forma de demonstrar um Estado justo e democrático é promovendo a igualdade.

O Estado não pode, graças a nossa Constituição Federal, favorecer a nenhum lado.

Nenhum!

O Brasil é de todos nós.

SOMOS TODOS IGUAIS!, com os mesmos direitos e deveres.

Nós joinvilenses podemos ser ateus, espíritas, evangélicos, budistas, islâmicos, católicos, judeus, hindus, ou de que religião ou ideologia quisermos.

Não gera isso a necessidade tratamento igual por nossa Câmara de Vereadores?

Para evitar problemas como preconceito e intolerância, por quem quer que seja, prefiro ficar anônimo, mas solicito providências sobre o assunto.

LOF

10/08/2012

Esta carta não foi enviada a Câmara via Ouvidoria por ela só aceitar, assim como a Ouvidoria de nossa Prefeitura, reclamações e denúncias apenas com nome completo, CPF e endereço.

26 de agosto de 2012

Cassada a candidatura de Carlito Merss


Cassada a candidatura de Carlito Merss

A sentença da juíza HILDEMAR MENEGUZZI DE CARVALHO pegou a muita gente de surpresa, mas a verdade é que o prefeito Carlito Merss teve a sua candidatura cassada em primeira instancia. É muito provável que em instancias superiores a sentença possa até ser revertida, mas o desgaste é inevitável.

A candidatura de Carlito Merss não tem mais o diferencial de honestidade que seus partidários tanto propagandeavam, com o candidato do PT sem conseguir sair do quarto lugar nas pesquisas ao lastro do elevado e consolidado índice de rejeição agora há que acrescentar o desgaste na sua imagem pessoal. Esta ficando cada vez mais improvável a possibilidade de estar no segundo turno.

Há um cheiro de mudança no ar




Acho que é conveniente acreditar no que Simon Sinek anda dizendo: "Se não entendemos as pessoas, não entenderemos o negocio"  Entender o negocio é hoje o maior desafio de qualquer empresa e de todo profissional. Se o profissional em questão é um político em campanha, a mensagem ganha força e importância adicionais. Fico com a impressão que há um sentimento de mudança no ar. Que as condições estão postas para que se produza uma mudança. A intensidade e o rumo são as incógnitas a desvelar.

Para poder identificar as mudanças, muitas vezes imperceptíveis na sociedade é preciso estar em contato com as pessoas, escuta-las, entende-las e principalmente conhecê-las. Este é o desafio. Nos projetos políticos esta necessidade é ainda mais importante. Os marqueteiros buscam identificar estes processos de mudança, se possível, identifica-los antes que se produzam e sejam perceptíveis para todos. As campanhas buscam representar adequadamente este sentimento que as pessoas tem, às vezes até sem perceber.

Há uma mudança clara, perceptível, as pessoas querem mais qualidade de vida, uma vez atendidas as necessidades básicas o consumidor, eleitor fica mais exigente. Ao mesmo tempo em que continua havendo uma demanda pelos bens de consumo ligados ao status, há, cada vez com maior intensidade, uma volta ao que é natural e sustentável, seja na comida, na roupa, nos modelos de mobilidade, inclusive no setor da construção civil.
Alguns exemplos concretos:

- A comida natural, os produtos orgânicos, o movimento do slow food, todos de uma ou outra forma estão na mesma direção.

- A roupa de fibras e corantes naturais, o comercio justo social e ambientalmente. A valorização da lã, do algodão ou da seda como fibras naturais.
- Veículos que contaminam menos, que consumem menos, que utilizam energias renováveis. Veículos elétricos, movidos a gás natural. Alternativas como a bicicleta y a priorização do pedestre.

-A construção de edifícios verdes, que consomem menos materiais e energia durante sua construção. Prédios que utilizam materiais ambientalmente corretos e renováveis ou originários de reflorestamentos, há aqueles prédios  que reutilizam a água em porcentuais cada vez maiores, os que tem no seu  paisagismo plantas que precisam menos água de irrigação, os que tem o selo verde entre outras certificações.

Se olhadas em conjunto, estas mudanças, representam um verdadeiro tsunami comportamental fico surpreso ao escutar propostas e discursos que parecem coisa do século passado. A sensação é que há um pessoal que esta falando sozinho e não perceberam que as coisas estão mudando.

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

24 de agosto de 2012

Eleições 2012


Por que alguns candidatos gozam da preferencia do eleitorado? Provavelmente porque o eleitorado quer mesmo candidatos que tenham este perfil.

23 de agosto de 2012

Heróis da Resistência


Os heróis da resistência francesa, holandesa, belga, dinamarquesa ou de qualquer um dos países ocupados durante a segunda guerra mundial pela Alemanha nazi dificilmente poderiam imaginar que o seu exemplo de luta contra o exercito de ocupação seria evocado um dia como o modelo de luta pela implantação de ciclovias e ciclofaixas em Joinville por um órgão público.

Que elaborar um projeto, reconhecidamente capenga, incompleto, em desacordo com o Código Brasileiro de Transito e implanta-lo de forma parcial passe a ser considerado um ato de heroísmo não deixa de ser irônico.

Ninguém pode ser contra a implantação em Joinville de um plano de mobilidade urbana que prioriza pedestres, ciclistas e transporte coletivo, por tanto não há heroísmo em fazer o que a sociedade almeja e deseja. Tampouco é um ato de resistência é só cumprir a sua obrigação como órgão publico de planejamento urbano. Não há medalhas por fazer o que deve ser feito. Haverá criticas fundamentadas sempre que não sejam feitas as coisas que devem ser feitas, da forma que devem ser feitas, no prazo e dentro do orçamento. E ao passo que vamos continuaremos vendo criticas por muito tempo.

O jornal A Noticia publicou o texto "Resistência" em resposta a o texto "Teoria do Forno" o que motivou este post

Para pensar acordado

Se você, como eu, for canhoto agradeça por não ter nascido na idade media.




22 de agosto de 2012

Para pensar acordado

"Eu não voto por rótulos. (...) Eu não quero saber das campanhas eleitorais para nada. Eu quero saber das ideias que as pessoas têm e da maneira como depois as vão defender e praticar."


Agostinho Silva

21 de agosto de 2012

Cavalete aí não pode

A legislação eleitoral não permite a colocação de propaganda politica em qualquer canto. Recentemente foi feita uma operação para coibir o uso de cavaletes e placas em desacordo com a legislação.

Justiça Eleitoral de Joinville recolhe propaganda em locais proibidos

Alguns candidatos/as insistem em descumprir a legislação e o curioso e que alguns deles deveriam conhece-la melhor que outros.




A Justiça Eleitoral e o Instituto de Transporte e Trânsito de Joinville (Ittran) fizeram, nesta quinta-feira, o recolhimento de placas e cavaletes de candidatos a vereador e prefeito que estavam em locais irregulares, como em calçadas debaixo de sinaleiros. 

Com a colaboração de Ivan Rocha

Para pensar acordado

Ano 2012 - Ano eleitoral


20 de agosto de 2012

Usou cavalete, eu não voto

23:30 da madrugada na sexta feira a noite, não é horário para um cavalete estar sozinho na rua.

@frmbass nos envia a imagem de um dos cavaletes da madrugada e ainda avisa, não estava sozinho, outros estavam também abandonados na rua.




Campanha ecumênica


A campanha eleitoral gera imagens curiosas como este aglomerado ecumênico de candidatos disputando o mesmo espaço.

Com a colaboração de Ivan Rocha

19 de agosto de 2012

Usou cavalete, eu não voto


Propaganda eleitoral em terrenos baldios





Será que o proprietário autorizou? Uma das placas esta sobre o acostamento da rua. Fique de olho.

Com a colaboração de Ivan Rocha

A Teoria do Forno




A teoria do forno é muito conhecida em estudos econômicos, mas alcança a perfeição na política. Em tempo de campanha a sua utilização pelos candidatos é até abusiva. É uma teoria muito simples e se baseia em pesquisas e estudos reais e concretos. Se estiver com a cabeça no freezer e o traseiro no forno a estatística provará que estou na temperatura perfeita. As duas temperaturas extremas divididas pelo numero de pontos de amostragem tem como resultado a temperatura ideal.

Na hora em que os candidatos se esmeram em mostrar o que fizeram durante a sua gestão é o momento de provar que as estatísticas não mentem. Um bom exemplo disso é a informação recente do IPPUJ (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville) que divulgou a extensão de ciclovias e ciclofaixas que, aplicando a teoria do forno, fariam de Joinville uma das cidades referencia para ciclistas e uma das que mais tem investido na mobilidade e segurança deste meio de transporte.

Se você não morasse aqui, ou não conhecesse a realidade local, até poderia se sentir impelido a colocar a sua bicicleta na bagagem e vir fazer ciclo turismo. Caso se atrevesse levaria uma bela desilusão. Os dados são que há 101,4 km de ciclovias e ciclofaixas, sendo 85,8 km de ciclofaixas e 15,6 km de ciclovias. Esquece de mencionar que não estão interligados. O resultado é uma malha desconexa, sem sequencia nem continuidade. Há ciclofaixas que depois de iniciadas nunca foram concluídas, ou acabou o orçamento ou faltou planejamento. Um bom exemplo é a que deveria ligar o centro com o Parque José Alencar (Parque da Cidade) além de interrompida em vários trechos, na sua parte final não foi concluída.

O que se vê é uma política, de estimulo ao uso da bicicleta, espasmódica e pontual, feita mais para aparecer nas estatísticas que para ser uma opção real para ao cidadão. Um dos poucos trechos em que poderíamos falar de uma ciclovia digna de tal nome é na Avda. Beira rio. Sem interligação efetiva com o resto da malha, o resultado é que acaba sendo pouco usada pelos ciclistas. Em outros casos como nas Ruas Otto Bohem ou Dona Francisca a ciclofaixa além de iniciar e terminar de forma abrupta ainda compartilha espaço com pontos de ônibus o que reduz a segurança dos ciclistas. As normas de segurança e principalmente o bom senso sugerem que o ciclista seja mais protegido e se possível segregado do carro.

Mas não há problema, tanto nas estatísticas como no material de campanha os kilometros de ciclofaixas pintados e sinalizados nesta gestão estarão plasmados como um dos grandes logros desta gestão. E é provável que seja mesmo um “logro” ainda que o objetivo estatístico tenha sido atingido.

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

18 de agosto de 2012

Usou cavalete, eu não voto




Atenção especial para a placa do Marquinhos, que foi tirada no dia 17/08 às 17:51 (conforme mostra o nome do arquivo), onde o cavalete aparece embaixo do sinaleiro, sendo que no jornal do almoço passou reportagem do juiz recolhendo esse tipo de cavalete (próximo a sinaleiros) conforme ele já havia informado na palestra na câmara de vereadores.

Com a colaboração de Ivan Rocha



Neste candidato eu voto


Ele é o verdadeiro candidato do verde, defende a despoluição do rio Cachoeira e se preocupa com Joinville.

Ciclovias, ciclofaixas e ciclo-enganções


Nenhuma das ciclovias de Joinville tem a largura mínima recomendada para ciclovias bidirecionais que deveria ser de 3,00 a 3,50 m. E nos novos projetos tampouco esta previsto que as novas ciclovias tenham as medidas mínimas para cumprir a legislação.

As ciclofaixas que pipocam por todo canto em período eleitoral tem em media entre 75 e no maximo 100 centímetros de largura Com apenas esta medida na faixa de rolamento, as ciclofaixas de Joinville não guardam a distância mínima de segurança entre os ciclistas e os veículos automotores. Desta forma, o projeto força o motorista a descumprir o artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro, que define como infração média (punida com multa) passar ou ultrapassar uma bicicleta em distância inferior a 1,5 metro.

Esta administração continua, como as anteriores, a projetar e executar uma malha cicloviaria que representa um perigo para os ciclistas.

17 de agosto de 2012

Coluna social


Em simpático grupo familiar o Ex-presidente Lula entre os irmãos Toffoli. A esquerda o Ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli. Atras o Ex-Ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos.

...Ai de ti, Joinville!

O texto publicado no jornal A Noticia de autoria de Juarez Machado tem sido um campeão de envios e reenvios pela rede. Eu mesmo já recebi mais de 10 e-mails com o texto.


..Ai de ti, Joinville!

Entre memórias e reflexões sobre uma Joinville de ontem e de hoje, o artista Juarez Machado escreve carta aberta aos candidatos à Prefeitura de Joinville. Sem deixar de lado o estilo provocativo, nosso artista maior declara sua esperança de ver a cidade adotar suas identidades culturais, ao mesmo tempo em que se confronta com os males da modernidade
Título lembrado de uma crônica de Rubem Braga de 1958, “Ai de ti, Copacabana”. De maneira premonitória, o autor canta a falência do famoso bairro de Copacabana. Fomos amigos e vizinhos no bairro de Ipanema nos anos 60/70, quando aquele logradouro estava ditando o novo comportamento da inteligência brasileira. Na data, o grito de guerra era: “Proibido proibir”.

Caros senhores candidatos a prefeito da minha sagrada cidade de Joinville: quem sou eu para dar conselhos? Porém, permito dar algumas dicas. Sou urbano de pai e mãe. Conheço muito mais cidades do mundo do que vocês de palanques de comício. Já montei mais de 36 atelieres em várias partes desta terra de Deus. De todos, como num ventre fértil, fiz minha pátria, não importando em que lugar fosse, aqui ou acolá. O inteligente aprende vendo os erros dos outros. Todo forasteiro que tenta impor seus valores em terras alheias acaba sendo sacrificado; boi no pasto do vizinho é vaca. É necessário saber, com muito cuidado, seduzir, não impondo suas verdades, mas sim deixando transparecer. Cada cidade já tem seu código, sua moral, seus pesos e medidas. Não tente mudar. Mesmo por que a cidade tem mais tempo de vida que os senhores. E, com certeza, os senhores irão morrer muito antes que ela.

Como joinvilense de corpo e alma, tenho consciência de que nossa querida cidade não tem grandes apelos de belezas anatômicas, como praias, lagos, montanhas cobertas de neve, cascatas, ilhas, dunas e outras maravilhas de valores turísticos e ecológicos. Temos alguns morros que, se não tivermos atenção, vão virar favelas. Sou testemunha da transformação dos morros do Rio de Janeiro. Na gastronomia, temos algumas delícias, pratos e doces típicos da nossa cultura, porém não é dado estímulo às novas gerações para aprenderem as receitas da vovó.

Temos um rio morto e podre. Vários prefeitos prometeram salvá-lo, mas nada aconteceu. Também vivi como testemunha ocular que o rio Cachoeira já foi tão bonito quanto o rio Sena em Paris e o rio Arno em Florença. Lembro que, aos domingos, nas margens, as famílias faziam piquenique. Havia competições de barcos a remo. Namorados navegando em canoas, outros simplesmente mergulhando nas águas limpas e senhoras nas câmaras de pneus no belo e largo rio. Navios de grande calado atracavam no porto do Bucarein ou no do mercado municipal, trazendo riquezas do mundo (tenho dezenas de fotos tiradas por meu pai, João Machado). Afinal, o rio foi o caminho para chegada dos primeiros imigrantes, se isso fosse hoje, voltariam todos caminhando sobre a lama.

Nosso clima é outra coisa séria e que ninguém reflete sobre. Ou chove muito ou tem sol de rachar, com os mesmos problemas que se repetem ano a ano: inundações, deslizamentos, engarrafamentos, postes caídos, etc, etc. E os eleitores pedestres com a água na cintura. Caros senhores, estes problemas já conhecidos – mais esgoto, transporte público, saúde, luz, gás, educação... – não é privilégio para o povo; é obrigação do governo.

Vamos proteger os que andam a pé, que é o meu caso (joguei no lixo meu carro quando fiz 60 anos, meu melhor presente). Pessoas a pé também são humanas e têm sentimentos. Digo isto porque arquitetos, engenheiros e outros mais acabaram com as marquises na nossa cidade. Em muitos lugares do mundo, caminho tranquilamente sem me molhar ou assar os miolos, graças às protetoras marquises que foram criadas para isto. Plante árvores de folhas grandes por toda a cidade. Generoso que sou, dou de graça o nome da nova campanha: “Uma árvore para cada cidadão”. Simples, bonito e útil.

O código de Joinville está ficando nebuloso. Na verdade, é um grito de nostalgia de coisas que os governos anteriores deixaram de lado. “Cidade das Bicicletas”, que bicicletas? Este veículo nasceu para ser transporte, não vejo alguma circulando pelas ruas, nem mesmo um projeto decente de ciclovias, onde o ciclista possa ir tranquilamente ao banco, trabalho, escola, supermercado e até o lazer.

“Cidade das Flores”, onde? Quais? Quantas? Só vejo as tais nas vitrines das lojas de 1,99, todas de plásticos com cores ácidas, já meio desbotadas pelo sol do meio-dia. Os parques da cidade, onde estão? Lugares onde as pessoas possam caminhar entre árvores, flores e orquídeas ao canto de passarinho e cigarras. Lembram das cigarras?

Tudo virou estacionamento, onde em breve irão construir mais um espigão de mau gosto. A cidade está à beira de um colapso de identidade. Ficaremos igual a qualquer cidade medíocre deste enorme Brasil.

Esqueçam o Centro da cidade. Guardem o que resta deste espaço num caixinha de joias e façam disto um patrimônio histórico único. Proíbam os carros, camelôs, botequins e façam desta área um lugar para se andar a pé, longe dos barulhos urbanos. Em todas as cidades inteligentes do mundo, é construído o shopping center longe do Centro, obrigando as pessoas a saírem do miolo da cidade e atendendo aos moradores da periferia. Protegendo, assim, a pracinha florida que abriga o coreto com a bandinha, a esquina de encontros e os pequenos comerciantes. Na rua do Príncipe, que só Joinville tem, incentivem os cafés típicos, lojas de lembranças, livrarias de autores locais, galerias de arte com artistas da terra, chocolates, sorvetes. O joinvilense ainda chora de saudades do sorvete da Polar, que não existe há mais de 40 anos.

Tenham uma honesta humildade se eleitos. Os senhores não virarão imperadores da cidade. Terão apenas uma pequena autoridade de síndico. Cuidem da melhor forma possível do que existe e criem coisas novas, desde que sejam geniais. Cerquem-se de pessoas talentosas e cultas, para bem polir seus projetos. Todos os senhores já são bastante viajados, mas isto não basta. Parem de frequentar lojas de departamento e só pensarem em compras. Visitem museus, galerias, escolas, catedrais e igrejas. Esqueçam os restaurantes caros em busca de vinhos estrelados, tomem o vinho da casa e vão conhecer os jardins, parques e avenidas. Não aluguem limusine, andem a pé pelas ruelas das cidades, metrô ou ônibus. Aprendam a observar, observar tudo e todos. Comprem uma máquina fotográfica, não para o álbum de viagem, mas para fotografar ideias e soluções. Sejam uns vampiros de ideias boas para adaptarem para nossa cidade. Fiquem tranquilos, roubar ideias não é pecado e nem ilegal. Picasso fez isto nas artes e foi o maior pintor, bebeu na fonte das esculturas greco-romanas e máscaras africanas. Todos os artistas impressionistas se inspiraram nas artes seculares dos japoneses.
Quando tiverem alguma dúvida, perguntem a um desconhecido, jamais aos seus assessores, pois sempre irão responder ao seu favor para lhe agradarem.

Sei que os tempos mudaram e não mais se administra uma cidade como outrora. O poder do prefeito não tem mais alguma autonomia. Não é mais “personagem”. Agora ele tem que dividir a mesa de trabalho com outros filhos de outros casamentos. Tem que seguir à risca as leis da bíblia do partido. Tem que rezar os projetos de suas seitas, igrejas ou bordéis patrocinadores. Portanto, caros senhores candidatos, não prometam nada, nada mesmo, que não possam realizar. O povo – entre ele, eu – ainda acredita na dignidade e na grandeza do ser humano. Por todo nosso amor a Joinville!

Juarez Machado, Joinville, agosto de 2012.

*Juarez Machado, joinvilense, é artista plástico, escultor, desenhista, caricaturista, designer, escritor, fotógrafo e ator. Tem seu trabalho reconhecido em todo o mundo, seja em prêmios ou em exposições. É autor do mural “O Grande Circo”, que dá as boas-vindas aos visitantes do Centreventos Cau Hansen, e celebrou seus 70 anos com a mostra “Soixante-Dix”, exposição aberta no ano passado em Paris e que está em cartaz até 2 de setembro no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc).

Usou cavalete, eu não voto


Cavaletes são legais, mas é correto atrapalhar a circulação de pedestres? Os cavaletes emporcalham a cidade. Candidatos bem educados não utilizam cavaletes.

Enjambração você vê por aqui


16 de agosto de 2012

Usou cavalete, eu não voto.


Outro candidato que utiliza cavaletes. Nesse tampouco voto. Cavaletes atrapalham a circulação de pedestres.

Usou cavalete, eu não voto


Não vote em candidato que utiliza cavaletes, os cavaletes deixam Joinville suja. 

Usou cavalete, eu não voto


e tem mais por aí. Colocou cavaletes? Será fotografado e seu nome divulgado.

Colocou cavalete? Escolha outro candidato

Uma vergonha estes candidatos/as que emporcalham a cidade com cavaletes nas calçadas, nos canteiros, encostados nas placas de transito, em tudo que é canto.

O bom é que serve para identificar quem não esta nem aí para Joinville, gente que a pesar de ter um discurso bonito e moderno, agem de forma contraria. Se agora que querem o seu voto tratam a cidade assim, caso sejam eleitos imagine o que vai acontecer.

Colocou cavalete? Não vote. Fotografe os cavaletes dos candidatos e divulgue, informe quem são os que não respeitam o espaço público.

Para pensar acordado

Em todo lugar onde trabalhei, se faltasse, tinha desconto. Então, o que tem de excepcional nisso? 

Miriam Belchior, ministra do Planejamento, sobre corte do ponto de servidor em greve

Em tempo de greves em massa no serviço publico que envolvem desde as Universidades Federais até a Policia Federal é interessante acompanhar a mudança de discurso de quem já esteve no outro lado e agora é governo.

15 de agosto de 2012

As borboletas de Fukushima


Coisas que acontecem

A imprensa informa que a radiação produz mutações nas borboletas de Fukushima no Japão. A pergunta é quais são os resultados da corrupção no Brasil? Qual o impacto na população do desperdício, da má administração e da incompetência? Qual é o custo de uma educação que obtém cada dia piores índices e forma uma geração em que 75% são analfabetos funcionais? 

Para pensar acordado

É pra frente que se anda. 

Ary Barroso (1903-1964), compositor

14 de agosto de 2012

Sem folego

O programa informático desenvolvido pelos apoiadores do Prefeito Carlito Merss para divulgar nas redes sociais as obras e feitos do seu governo esta começando a perder o folego.

Os hastags (etiquetas ou marcadores) #joinvilletem, #ficaCarlito, #Carlitomais4 e outros que formam parte da mesma iniciativa começam a se repetir de forma irritante, sem conteúdo novo a repetição pura e simples cansa e acaba tendo o efeito contrario ao desejado.

O uso do aplicativo que envia mensagens varias vezes ao dia acaba produzindo uma avalanche de spam que entope as redes. O resultado é pouco conteúdo e o esgotamento do modelo.

Para pensar acordado

Que longo é o caminho entre o projeto de uma coisa e a coisa concluída. 
Molière (1622-1673), ator de dramaturgo francês

13 de agosto de 2012

Vamos criar a CCMEF?

Vamos criar a CCMEF?
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Ruth de Aquino
Artigo de Ruth de Aquino 
"Quem falar que resolve a saúde sem dinheiro é demagogo. Mente para o povo.”

Dilma está certa. É urgente. Em lugares remotos do Brasil, hospitais públicos são mais centros de morte que de cura. Não é possível “fazer mágica” para melhorar a saúde, afirmou Dilma. Verdade. De onde virá a injeção de recursos? A presidente insinuou que vai cobrar de nós, pelo redivivo “imposto do cheque”. Em vez de tirar a CPMF da tumba, sugiro criar a CCMEF: Contribuição dos Corruptos Municipais, Estaduais e Federais. 

A conta é básica. A Saúde perdeu R$ 40 bilhões por ano com o fim da CPMF, em 2007. As estimativas de desvio de verba pública no Brasil rondam os R$ 40 bilhões por ano. Empatou, presidente. É só ter peito para enfrentar as castas. Um país recordista em tributação não pode extrair, de cada cheque nosso, um pingo de sangue para fortalecer a Saúde. Não enquanto o governo não cortar supérfluos nem moralizar as contas. 

Uma cobrança de 0,38% por cheque é, segundo as autoridades, irrisória diante do descalabro da Saúde. A “contribuição provisória” foi adotada por Fernando Henrique Cardoso em 1996 e se tornou permanente. O Lula da oposição dizia que a CPMF era “um roubo”, uma usurpação dos direitos do trabalhador. Depois, o Lula presidente chamou a CPMF de “salvação da pátria”. Tentou prorrogar a taxação, mas foi derrotado no Congresso. 

A CPMF é um imposto indireto e pernicioso. Pagamos quando vamos ao mercado e mesmo quando pagamos impostos. É uma invasão do Estado nas trocas entre cidadãos. Poderíamos dizer que a aversão à CPMF é uma questão de princípio. 
Mas é princípio, meio e fim. Não é, presidente? 

“Não sou a favor daquela CPMF, por conta de que ela foi desviada. Por que o povo brasileiro tem essa bronca da CPMF? Porque o dinheiro não foi para a Saúde”, afirmou Dilma. E como crer que, agora, não haverá mais desvios? 

Como acreditar? O Ministério do Turismo deu, no fim do ano passado, R$ 13,8 milhões para uma ONG treinar 11.520 pessoas. A ONG foi criada por um sindicalista sem experiência nenhuma com turismo. Como acreditar? A Câmara dos Deputados absolveu Jaqueline Roriz, apesar do vídeo provando que ela embolsou R$ 50 mil no mensalão do DEM. 

Como acreditar? Os ministros do STF exigem 14,7% de aumento para passar a ganhar mais de R$ 30 mil. Você terá reajuste parecido neste ano? O orçamento do STF também inclui obras e projetos, como a construção de um prédio monumental para abrigar a TV Justiça. É prioridade? 

O Congresso gasta, segundo a organização Transparência Brasil, R$ 11.545 por minuto. O site Congresso em Foco diz que cada um de nossos 513 deputados federais custa R$ 99 mil por mês. Cada um dos 81 senadores custa R$ 120 mil por mês. São os extras. E o Tiririca ainda não descobriu o que um deputado federal faz. 

“É sério. Vamos ter de discutir de onde o dinheiro vai sair (para a Saúde).” 
Tem razão, presidente. Mas, por favor, poupe-nos de seu aspirador seletivo. 
A senhora precisa mesmo de 39 ministérios consumindo bilhões? Aspire os bolsos gordos da turma do Novais, do Roriz, do Sarney. Apele à consciência cívica dos políticos e juí­zes que jamais precisaram do Sistema Único de Saúde. 

Vamos criar o mensalão da Saúde. 
Um mensalão do bem, presidente. Corruptos que contribuírem serão anistiados. ONGs fantasmas, criadas com a ajuda de ministros & Cia., terão um guichê especial para suas doações. 
O pessoal que já faturou por fora com a Copa está convocado a dar uns trocados para a Saúde. 

Enfiar goela abaixo dos brasileiros mais um imposto, nem com anestesia. Um dia nossos presidentes entenderão o que é crise de governabilidade. Não é a revolta dos engravatados em Brasília nem a indignação dos corredores e gabinetes. 

A verdadeira crise de poder acontece quando o povo se cansa de ser iludido. 
Os árabes descobriram isso tarde demais. 
Deitavam-se em sofás de sereias de ouro, cúmulo da cafonice. 
Eles controlavam a mídia, da mesma forma que os companheiros do PT estão tentando fazer por aqui. 
Não deu certo lá. Abra o olho, presidenta. 

OBS:
Veio da presidência da república a ordem expressa para a recriação do "imposto do cheque" ou assemelhado. Os "trabalhos" nas duas casas legislativas para ressuscitar esse assalto aos nossos bolsos estão de vento em popa.

Virá como um petardo sobre os contribuintes extorquidos diariamente pelos impostos imorais que já pagamos.

Temos de demonstrar que somos nós quem manda nela e não o contrário.

Chega de roubalheira custeada com os nossos impostos.

12 de agosto de 2012

Citius, altius, fortius


O Barão de Coubertin foi quem  instaurou os jogos olímpicos da época moderna, disso faz hoje 120 anos. Recuperou a mística dos jogos que se realizavam na Grécia antiga faz mais de 2500 anos atrás. O lema dos jogos, em latim, era "citius, altius, fortius". Mais rápido, mais alto e mais forte é o objetivo de todos os desportistas que competem nos jogos olímpicos.  É esta vontade de ir além que faz que ano trás ano se supere um recorde trás outro. Resultados que pareciam impossíveis hoje são convertidos em pó por jovens quase adolescentes.

Quem imaginava que seria possível correr os 100 metros em menos de 10 segundos, ou que alguém faria mais de 157 pontos num jogo de basquete, ou que seria possível que o mesmo desportista ganhasse a medalha de ouro na mesma prova em três olimpíadas consecutivas? Os recordes estão la para serem quebrados. Alguns resistem por décadas, outros são superados poucas horas depois de terem sido alcançados.

Os desportistas acreditam que nada é impossível, treinam, se esforçam, se preparam e fazem sacrifícios pessoais duríssimos para poder ter a oportunidade de superar as suas marcas anteriores. É este espírito de superação que os impulsa e os faz vencer. Não há medalha de consolação para quem chegou de quarto. Mas para muitos deles o fato de ter chegado la já é um prêmio. Imagino as lembranças que a nossa Tamaris trará para Joinville na sua volta, a experiência vivida marcará sua vida, como marcaria a de qualquer um de nos que tivesse a oportunidade de estar lá.

Mais rápido, mais alto e mais forte é um mantra que impulsiona, que estimula, que desafia a ir além a superar e a conseguir o que parece impossível. Imagino que teria acontecido se o Barão de Coubertin tivesse dedicado o mesmo esforço a promover o espírito cívico. E os políticos ao assumir o cargo fizessem o juramento a este espírito prometendo governar Joinville fazendo melhor, mais barato e mais duradouro, que substituísse o atual mais caro, menos durável e pior. Imagino ainda se o juramento não fosse só uma promessa vazia e se convertesse num compromisso com a cidade e os seus cidadãos.

Os governantes que fizessem o juramento se esforçariam, planejariam, administrariam com eficiência para superar os logros dos que os antecederam. Fariam uma gestão pública irretocável, transparente e seriam aclamados em praça pública. Seriam os modernos heróis olímpicos

É fato que as olimpíadas se realizam a cada quatro anos o que permite que também os governantes tenham tempo  para se preparar, para treinar, para conhecer os problemas e desafios que a cidade tem pela frente e  possam buscar as melhores soluções e possam superar todas as expectativas, sem ter direito a decepcionar quem acreditou neles.


Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

Homenagem aos pais


11 de agosto de 2012

Para pensar acordado

Resistimos à tentação de reajuste quando o preço do petróleo subiu. Agora, resistimos mais ainda. 
Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, sobre preço da gasolina

Não há nenhuma indicação de percentual de aumento da gasolina. Nem nenhuma data especifica. 
Graça Foster, presidente da Petrobras 



Não está hora de aumentar o preço dos combustíveis. 

Graça Foster, presidente da Petrobras

Candidatos "solteiros"

Aparecem dezenas de placas, cavaletes e santinhos por toda a cidade em que os candidatos a vereador aparecem "solteiros" quase ocultando o nome e o numero do candidato a prefeito. Será que tem vergonha? Ou será que não querem ser identificados com candidatos que tem alto índice de rejeição?

9 de agosto de 2012

Corrupção e honestidade


Corrupção e honestidade

Há os que insistem em tergiversar a verdade tentando nos fazer acreditar que entre os cinco candidatos a prefeito de Joinville só há um que é honesto. Insinuam na sua lógica retorcida que os outros não o são e, a partir desta inverdade, elaboram o fantástico raciocínio que há só uma opção para escolher. O honesto.

Primeiro que, entre os candidatos, há mais de um que é aparentemente é honesto - o que quer dizer que se a minha opção for por votar por alguém honesto, parece que teria mais de uma opção. É verdade que há candidatos que de acordo com todos os indícios não o são. É uma pena que o Brasil como pais e a sua sociedade como um todo insistam em conviver de forma tão promiscua com a corrupção. O país teve a oportunidade de afastar de uma vez todos os políticos que tinham pendências com a justiça. Uma oportunidade única de fazer uma faxina e permitir que uma nova geração pudesse chegar a política e iniciar um processo de mudança.

Particularmente não ponho a mão no fogo por ninguém. Só minha família mais próxima entra neste grupo restrito. Com relação aos outros, todas as vezes que o fiz acabei com queimaduras de maior ou menor gravidade. Em se tratando de políticos o risco é elevado demais. Ainda que sou obrigado a acreditar que em tese a maioria dos candidatos nestas eleições sejam absoluta e totalmente honestos, no fundo tenho a certeza que a maioria não o seja tanto. E entre os que eventualmente venham a se eleger, o numero daqueles que continuarão honestos até o fim do seu mandato, podem ser contados com os dedos de uma orelha.

Entramos aí no perigoso terreno de tentar medir a honestidade. Os paladinos do candidato honesto logo vão começar a dizer que o seu candidato pode ser considerado totalmente honesto. Caso insistam em defender a honestidade absoluta e a pureza virginal do seu candidato, eu acharia que ou bem enlouqueceram ou estão brincando. Como a ironia não é algo que este grupo domine a possibilidade maior será a primeira. A segunda linha de raciocínio é absolutamente perversa e tem sido usada muito neste país e em Joinville na ultima década, é que como ninguém é honesto, a desonestidade é um estado natural e se alguém hoje se corrompe o faz porque também os outros o fizeram anteriormente. Uma forma de tentar fazer desta sem-vergonhice uma pratica socialmente aceita e por tanto perdoável.

Quando o Brasil inicia a trancos e barrancos o julgamento do mensalão e os cidadãos acompanham atônitos as manobras para inocentar, fazer prescrever ou negar o que foi a institucionalização da corrupção no governo. Seria importante que a sociedade não votasse em candidatos corruptos, condenados ou não. O ideal seria ainda que o eleitor escolhesse não só aqueles que fossem honestos, tambem preferissem aqueles que parecessem honestos. E no caso dos nossos cinco candidatos o quadro se reduz muito.

8 de agosto de 2012

Mercado Persa


A divulgação pelo próprio presidente do PSDC, Osvaldo Darú que o seu partido negociou ou foi negociado pelo PT primeiro, pelo PMDB depois e aparece ainda na coligação com o PSDB, num caso estranho e digno de estudo de um partido nanico que consegue ter uma proposta programática tão elástica que pode ser adaptada do PT ao PSDB.

Na denuncia de auto inculpação o partido cita inclusive os detalhes das negociações e os valores envolvidos. R$ 9.500 em parcelas, além de material de campanha e alguns cargos na prefeitura. Surpreende o valor, a forma de negociação e a naturalidade com que é colocado. O tempo de 4 segundos que forma todo o patrimônio político a que o PSDC tem direito na campanha eleitoral não parece ser suficiente para eleger ou não nenhum candidato. Mas o caso deve ser considerado como um degrau adicional no caminho ininterrupto em direção ao nível mais baixo e execrável moral e ético em que tem se convertido a política nacional, contaminando de forma capilar as demais esferas do poder.

Neste caso não há inocentes, tão culpado é o vendedor como os compradores, que em troca de alguns segundos estão dispostos a fazer qualquer negocio. Outro ponto que chama a atenção neste episodio é a acusação que o PT depois de ter negociado e feito um primeiro pagamento de  R$ 2.000 deixou de cumprir as demais partes do acordo, o que levou o PSDC a procurar o PMDB que supostamente aceitou e cumpriu os termos do acordo. A logica leva a acreditar que deveria ser o camelódromo o melhor lugar para que se instalem os comités e as sedes dos partidos. Se até entre os marginais existe um código de honra , no caso das mafiosos conhecido como "omerta" é interessante ver que entre os políticos nem existe mais um código de honra e tudo é valido.

5 de agosto de 2012

Laranjas e laranjais


Os riscos da agricultura moderna

Esta época de campanha eleitoral é rica em anedotas, em historias mais ou menos verdadeiras e em animadas conversas de mesas de boteco. Nestes dias no meio de uma animada conversa, um amigo, daqueles que sabem das coisas contou esta historia, que como recebi, repasso.

Um político do interior, não lembro direito se era de Santa Catarina ou de outro estado próximo, chegou a prefeito de uma grande cidade e como bom administrador que era, poupando um pouco aqui e um muito ali, conseguiu amealhar uma pequena fortuna. O seu contador explicou que seria difícil se todos os bens adquiridos com o seu, digamos, trabalho aparecessem na sua declaração de bens. Até porque político que se preze, participa de eleições a cada dois anos e com a maior transparência que a internet proporciona fica muito fácil acompanhar o patrimônio dos candidatos e o seu crescimento. Um amigo recomendou que plantasse laranjeiras, que os laranjais são um bom negocio, especialmente para políticos que tenham enriquecido em curto espaço de tempo.

Dito e feito, o prefeito voltou para a sua cidade de origem e conversou demorada e reservadamente com um velho amigo da época do ginásio. Um cara honesto, trabalhador, mas não muito esperto. Nunca tinha saído do vilarejo e com o seu trabalho e as poucas opções que o interior oferece para quem ali fica, tanto ele, como a mulher e as duas filhas sempre tinham dificuldade para chegar a final de mês. Aceitou de grado administrar os bens do amigo de infância, que tinha triunfado na cidade grande e ainda passou a receber uma remuneração pelo trabalho. Não desconfiou quando o amigo político lhe pediu que não falasse para ninguém desse seu acordo e não lhe preocupou que os bens fossem colocados no seu nome e não no do amigo. Achou um pouco estranho, mas como poderia se negar a um pedido de um amigo.

Tudo ia bem, o patrimônio do amigo só aumentava, um prédio primeiro, depois um outro, um posto de gasolina, uma fazenda e algumas cabeças de gado. Numa sexta a tarde o político recebeu uma ligação que o amigo tinha falecido de um infarto fulminante. Faltou tempo para pegar o carro e dirigir as quase oito horas até la. Depois de participar na cerimônia fúnebre e acompanhar com olhar compungido o féretro. Na primeira oportunidade em que foi possível se aproximou da viúva, para lembra-la a quem pertenciam de fato os imóveis que estavam a nome do falecido. Sem duvidar nem um instante, sem pestanejar e tirando força do nada, a viúva respondeu: Tudo o que o meu marido tinha, ele ganhou com o seu trabalho e é a herança das meninas.

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
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