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Defensas que não defendem. Defensas que deixam Joinville poluída visualmente. Defensas que só servem para a exploração comercial.
Quem ganha com isto? Quanto é a remuneração do município em troca de esta exploração comercial do espaço publico?
A Folha de São Paulo publica a noticia que o jovem Elano Ferraz já plantou 5.000 arvores em Minas Gerais. A proposta deste blog é trazer este jovem para Joinville, para que de uma aula de como se faz, para as nossas autoridades locais.
Nos últimos 10 anos o numero de arvores, realmente plantadas pelo poder publico nos parques e praças de cidade dificilmente deve chegar a um décimo disto. Perder de goleada para um adolescente deveria deixar os nossos técnicos locais envergonhados.
Adolescente contabiliza 5.000 árvores plantadas em Minas
ELIDA OLIVEIRA
DE SÃO PAULO
Com pás e enxadas nas mãos, Elano Ferraz, 16, plantou, com amigos, 5.000 árvores no centro-oeste de Minas. Somadas numa única área, elas ocupariam 11 mil metros quadrados -pouco mais que um campo de futebol.
Envolvido na criação de um parque no centro da cidade em que mora, Bom Despacho (168 km de Belo Horizonte), Ferraz dá palestras até em universidades sobre preservação ambiental.
Ele conta que sua ação já se espalhou por quatro Estados e dois países.
Ferraz foi emancipado pelos pais para fundar a ONG Peca (Projeto de Educação e Conscientização Ambiental), que tem nove filiais. Além de Bom Despacho, há unidades, em BH, Rio, Salvador, Fortaleza, Canadá e EUA.
A "aventura" ecológica começou quando ele tinha 13 anos. Mais experiente, fundou a ONG e começou aos poucos o plantio das mudas.
Apesar dos três anos de palestras, o público universitário ainda lhe causa insegurança. "Falar para adultos deu um frio na barriga", diz.
Excelência Nordestina
A iniciativa da ACIJ de reconhecer é premiar as administrações municipais que Fazem Render Mais, tem permitido identificar uma ilha de excelência em administração publica, localizada na região nordeste de Santa Catarina. As administrações municipais de Campo Alegre, Joinville, Schroeder e Jaraguá do Sul, estão entre as melhores, de acordo com os critérios técnicos selecionados pelos organizadores do premio.
O reconhecimento outorgado, a estes municípios do nordeste catarinense, pela premiação idealizada pela Associação Empresarial de Joinville, mostra a importância da participação da sociedade na gestão da cidade. Se bem é verdade que os pontos principais citados pelo prefeito Carlito Merss, e que na sua opinião, levaram Joinville a ganhar um dos primeiros lugares, ainda não são processos consolidados, no caso do Orçamento Participativo (OP) ainda temos muito para melhorar, e no caso das isenções parciais de IPTU e IPVA, ainda não representam nenhuma economia real para o contribuinte e devem ser melhor avaliadas, quando de fato o seu impacto sobre o bolso do contribuinte possa ser medido, servem sim, para sinalizar o forte papel que a sociedade tem a jogar na hora de definir os rumos da sua cidade.
A premiação deve servir de estimulo para que continuem sendo estabelecidas praticas de boa governança publica, que se melhorem os pontos de transparência e gestão participativa e principalmente que se consolidem as mudanças positivas realizadas.
"Eu sei apenas que moral é aquilo depois do que nos sentimos bem e imoral é aquilo depois do que nos sentimos mal." - Hemingway
Achar ou ter certeza?
Em reunião com vários moradores da região central, a maioria usuários frequentes da calçada do Batalhão, surgiu a dúvida se a rua Visconde Taunay, depois de quase quatro anos de trabalho, apresenta hoje uma luminosidade melhor do que antes. Os achistas de plantão, entre os quais me incluo neste caso, consideram que a rua ficou mais escura, que em vários pontos a penumbra é maior que a claridade e em outros pontos as sombras dominam.
Ruído na comunicação
Eu pedi a Deus que nos livrasse do molusco. Ele matou o polvo Paul. Expliquei-lhe que estava me referindo àquele que elege uma mulher acéfala presidente da república, para depois voltar ao poder: Ele matou Kirchner, da Argentina. Achei melhor dar o assunto por encerrado antes que morresse mais um inocente!!!” Oremos!! |
Chapa Branca
Chapa branca é a expressão que serve para identificar aqueles que sendo membros e representantes da sociedade civil, votam e apóiam incondicionalmente o poder publico. Também se usa em política para referir-se a políticos que sempre votam e se posicionam a favor da situação. O nome faz referencia a cor branca que servem com exclusividade para identificar os veículos destinados ao poder publico.
Não é de hoje que comentamos a forma discricional como os temas referentes ao Conselho da Cidade são tratados pelos seus responsáveis, a leitura de regulamentos e leis e feita de acordo com a conveniência do poder publico. É impossível nesta situação que alguém possa acreditar na neutralidade e isenção de um Conselho em que o poder publico alem de ter uma maioria confortável a utiliza de forma discricionária. Alguns dos chapas brancas que compõem as câmaras e o próprio Conselho da Cidade dirão com total propriedade que este é o direito dos que detém o poder, esquecendo convenientemente que o poder abusivo só é possível pela sua conivência.
Dedicaram tempo e esforço os membros do Conselho da Cidade a aprovar o seu regimento, se o processo não foi transparente, paciência, estas coisas quase nunca são. Menos ainda quando os gestores do conselho assumem a sua condição de eternos aprendizes, não tanto porque estejam aprendendo constantemente e sim porque, como nos joguinhos infantis, nunca conseguem passar de fase e ficam permanentemente condenados ao nível inicial.
Os princípios do Conselho da Cidade exigem a participação, e deixar de fazê-lo implica a substituição do representante pelo seu suplente, alias esta é a função do suplente, substituir o faltante, e quando houver reincidência manifesta, substitui lho permanentemente. Simples e claro e previsto no regimento do Conselho da Cidade, aprovado com bumbo e foguetório, porem difícil de cumprir se o faltante reticente for um dos mais fieis "chapas brancas" do Conselho. Neste caso se aplica com toda a propriedade a frase: "Não acredita nas suas palavras e sim nas suas ações, porque as ações falam mais alto que as palavras".
Estamos melhorando muito. Se for verdade que a sensação é que a cidade esta parada, que nada acontece e que o que acontece é feito com desleixo, também é verdade que tem coisas mudando. Se acreditarmos que quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. É fácil deduzir que quem não faz, ou quando não se faz, é porque faltou vontade.
Melhoramos muito na nossa capacidade para achar desculpas para não fazer. Quando não é a chuva é o sol, quando não são as desapropriações, ou a lei 8.666, ou a falta de projetos em Brasília, ou a desistência da empreiteira. São tantas e tão variadas as desculpas que escutamos a cada dia para justificar que as coisas não tenham sido feitas, que passei a acreditar que a prefeitura de Joinville implantou um departamento de desculpas e justificativas, em que grupos aplicados de funcionários, desenvolvem dia a dia novas idéias que permitam ao prefeito justificar porque a obra que estava prevista para ser inaugurada no dia 10, só será entregue no dia 25 de mês seguinte. Fazer ainda que estas desculpas sejam criveis e que não sejam sempre as mesmas é uma tarefa árdua e merece nosso reconhecimento.
Tem de tudo
Um parlamentar do PDT, do Espírito Santo, apresentou um projeto na Câmara em Brasília revelando, segundo ele, preocupação com o meio-ambiente. Pois bem, o projeto torna obrigatório o plantio de árvores por construtoras de imóveis e por cidadãos que se casam, se divorciam ou compram carro zero quilômetro.
O argumento do deputado: Todos esses episódios contribuem para o aquecimento global, uma vez que geram aumento no consumo de água e energia. Inclusive se divorciar. E comprar carro usado não influencia? Foi rejeitado, na primeira comissão que passou, mas continua tramitando.
Ninguém provocou discussões quanto a casamentos e divórcios, mas em relação ao controle da poluição de veículos foi destacado que já há programas exigindo que as indústrias usem equipamentos capazes de reduzir em 98% a emissão de monóxido de carbono. A preocupação do parlamentar revela, cá entre nós, um certo exagero embora o tema mereça consideração e atenção.
Certo dia um florista foi ao barbeiro para cortar seu cabelo. Após o corte perguntou ao barbeiro o valor do serviço e o barbeiro respondeu:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O florista ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê com uma dúzia de rosas na porta e uma nota de agradecimento do florista.
Mais tarde no mesmo dia veio um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, ao pagar, o barbeiro disse:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O padeiro ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces na porta e uma nota de agradecimento do padeiro.
Naquele terceiro dia veio um deputado para um corte de cabelo. Novamente, ao pedir para pagar, o barbeiro disse:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O deputado ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, quando o barbeiro veio abrir sua barbearia, havia uma dúzia de deputados fazendo fila para cortar cabelo.
Essa história ilustra bem a grande diferença entre os Cidadãos Empreendedores do nosso país e os políticos que o administram.
Sem precisar dar uma aula de paisagismo ou de jardinagem, vamos dar uma olhada na imagem.
Primeiro salta a vista a desproporção entre o tamanho do canteiro e o espaço, as poucas flores se perdem na imensidade do jardim.
Segundo, o canteiro é mais um canteiro de chips de madeira que de flores e plantas, as plantas de flor de época somem dentro do próprio canteiro.
Terceiro, o mato em volta toma conta, abafa as flores e mostra o estranho conceito de qualidade que o serviço publico promove, deixando os canteiros totalmente rodeados e tomados por mato e inços.
Quarto, a insistência em plantar flores de época, que não duram em espaços públicos como este trevo entre os bairros Bucarein, Boa Vista e Guanabara, perto da ponte do trabalhador. Plantar flores de época nestes ambientes abandonados é um desperdiço de dinheiro publico e de esforço.
Quinto, insistir em tratar os parques (inexistentes) e os jardins como temas secundários, que não precisam de técnicos, nem de conhecimentos específicos e condenar Joinville a seguir desperdiçando recursos e mantendo os canteiros com mais mato que flores.
Um texto bem didático, para mostrar como a quantidade de erros é maior que a quantidade de acertos. Alias espero os seus comentários, quais os acertos que você identifica na imagem?
A Câmara de Vereadores de Joinville convocou uma nova audiência publica para debater com a sociedade mais mudanças de zoneamento, neste caso, esta em pauta de novo a redução de um pedaço mais de ZR1 (Zona Residencial Unifamiliar) que tão perigosa parece aos urbanistas e legisladores, pela freqüência com que propõem a sua extinção.
Estão incluídas na pauta as Ruas Lages, Marechal Deodoro e Ararangua, todas elas residenciais, a falta de fiscalização do poder publico e omissão do legislativo de um lado e a pressão imobiliária para o ganho fácil, fazem que projetos deste teor tenham guarida e acolhida fácil no legislativo municipal e contem com o apoio dos urbanistas do IPPUJ.
Joinville perde qualidade de vida e o contra senso do poder publico, mergulhado no seu labirinto particular, faz que num dia os técnicos do IPPUJ proponham intervenções para trazer de volta ao centro os moradores que as próprias ações do poder publico expulsaram e no dia seguinte apóiem a expulsão de uma nova leva de moradores, para ceder a pressão e os interesses do poder econômico.
Parece uma resposta justa, para uma Joinville entregue nas mãos de pusilânimes e venais de um lado e omissos pelo outro
Senhores
Ontem na audiência, cronograma apresentado da obra foi de FEV. á Nov. 2010, solicitado o cronograma detalhado e fluxo provisório do transito local (alterado devido a obra).
Informou-se estar no site da PMJ no logo VIVA CIDADE.
Hoje entre não está no site, não apresenta nenhuma informação.
Liguei para central VIVA CIDADE falei com Jean, este informou que o cronograma da obra está no canteiro de obra, solicitar com Eng. Paulo.
O Fluxo do transito provisório será colocado no site nas datas próximas as intervenções dos trechos.
Ou seja não tenho nenhuma informação para agregar!!!
Não é de hoje que intentar acompanhar o andamento das obras publicas tem se convertido numa labor para heróis.
Tenho me esforçado muito na compreensão dos modelos praticados sobre a ciência ou técnica do urbanismo, se é que poderíamos considerar o emprego da palavra urbanismo praticado em alguns territórios, poder ser considerado uma técnica e menos ainda uma ciência.
Afirma-se que urbanização é o processo pelo qual a população urbana cresce em proporção superior à população rural. Jorge Wilheim em Urbanismo no Subdesenvolvimento disse que a Revolução Industrial gerou a urbanização, “transformando os centros urbanos em grandes aglomerados de fabricas e escritórios permeados de habitações espremidas e precárias.”
Sem avançar na elucidação das causas, o processo da urbanização gera os problemas que deterioram os espaços urbanos, pressionam áreas rurais limítrofes e destroem os ambientes naturais estratégicos, encarados conjuntamente imprescindíveis a nossa sustentabilidade.
Podemos facilmente constatar suas conseqüências: desorganização social, insegurança, carência de habitação, saúde e saneamento básico, falta mobilidade, educação, emprego. Modificamos a utilização do solo de áreas rurais diminuindo a capacidade de produção alimentar, colocamos em risco a capacidade de reposição de água potável dadas pelos ambientes naturais.
Na forma de consumir os ambientes e seus produtos, poluímos ar e água, destruímos a camada de ozônio, tornamos oceanos em mais ácidos diminuindo suas possibilidades de ambiente de vida, já excedemos em 12% a produção dita segura de CO2 provocando o aquecimento global, inflacionamos as perdas de biodiversidade. Em suma transformamos a paisagem de nosso território, que somados a outros repercutem negativamente de forma global.
Uma das formas de contribuir com nosso mundo serão através de novos modelos de urbanificação, que se obtém com um processo deliberado na correção da urbanização. Tal modelo exige grande esforço democrático, participativo, político, educacional, técnico e científico envolvendo todos que vivem no território.
Mas como caminhar para urbanificação, se as formas de procedimento na construção das leis de nosso ambientes construídos ou naturais utilizam as mesmas e velhas formulas que nos fizeram chegar a este ponto, no limite das capacidades do ambiente. Continuamos acreditando na tecnologia embarcada que criamos, e que como por mágica ira nos salvar quando batermos no muro.
São técnica e ciência as alterações de leis que nos regulam o uso de nossos solos, quando não sabemos de onde saem números ou dados? Por que 18 ou 2 andares? Por que não 11, 12, 13, 15, 43 ou 45 conforme o partido da vez, ou mesmo 3,1416, o número PI que tanto encanta arquitetos e engenheiros desde os tempos das pirâmides? Que tal usar a toesa (1,98m) criada por Fourier, o pai do zoneamento moderno? Penso em recorrer a um numerologista, pois este me informará sobre a influência dos números na vida das pessoas.
De onde saem tantos Zes, Ces e Erres? Já sei, vou procurar um onomástico, técnico da antroponominia que é o ramo da lingüística que dedica estudo explicando os nomes.
Já ultrapassamos os limites permitidos para timidez, amadorismo e tradicionalismo no que se refere aos projetos dos anseios e necessidades desta cidade. Ninguém protesta, mas será que adianta?
Arno Kumlehn
Arquiteto e Urbanista
Jardins de Joinville
Nenhum jardim me parece tão emblemático como o jardim da Prefeitura Municipal, ele transmite uma mensagem clara, sobre a importância que a gestão municipal dá para o verde da cidade das flores.
A primeira impressão é que para os canteiros foram utilizadas todas as flores que sobraram dos outros canteiros da cidade, sobrou uma caixa de torenia, plante aqui. Sobraram duas caixas de begônia, então não desaproveite, plante aqui ao lado. Os beijinhos que sobraram no canteiro desde o inverno passado teimam em crescer no meio das outras flores e o resultado é uma mistura de tudo. O resultado se fosse o quintal florido da residência da Frau Brietzig na Rua Max Colin, seria elogiável e teria ainda um muito de autentico e de original. Quando referido a sede do executivo municipal a mensagem é a de uma caótica desorganização e da total falta de responsável ou autor pela obra.
Faltam arvores e vegetação de porte ao jardim e os poucos ipês que, com teimosia, tentam prosperar próximos ao Tênis Clube depois de mais de 20 anos de plantados, ainda não desenvolveram um porte adequado, o que para bom entendedor, evidencia que, alem de não receber nem um pouco de fertilizante já faz alguns lustros, o solo do jardim não deve ter sido preparado da forma adequada e até agora nenhum dos técnicos e especialistas que diariamente transitam pela sede do poder municipal, tem mostrado muito interesse em cuidar deles.
A impressão geral para um leigo é que se o jardim do Paço Municipal apresenta tal estado de abandono e desatenção, pouco se pode esperar da administração municipal nesta área. Porque se este jardim que esta literalmente frente ao olhar permanente do prefeito e dos principais secretários, não tem merecido maior atenção, aqueles, outros jardins, localizados mais distantes, certamente oferecerão um aspecto bem pior.
Quem entende um pouco mais, acha que se alguém deixasse para cuidar um vaso de flor a algum dos responsáveis da área, o mais provável é que, a planta, não durasse mais de 15 dias, porque quando tivesse água, faltaria o regador, e quando tivesse o regador, faltaria o adubo. E no dia em que estivessem disponíveis água, regador e adubo, seria feriado ou ponto facultativo, impossibilitando o trabalho.
Não ter parques nos faz mais felizes?
De acreditar na frase: 'Não possuir algumas das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade.' Bertrand Russell
As vezes por linhas tortas descobrimos que o poder publico se preocupa pela nossa felicidade, que quer que sejamos mais felizes e cuida todos os dias que não alcancemos tudo o que desejamos.
E eu era dos que achava errado que as nossas ruas não tenham arvores, nossas praças não tenham cor e nossos parques sejam um sonho distante e quase inatingível. Agora me dou conta de como estava equivocado. Tudo isto é feito pela nossa felicidade.
Obrigado e desculpem a minha ignorância.
Lei 8.666
A lei 8.666 é a que regulamenta as licitações publicas, as compras de produtos e serviços por parte de órgão públicos, deve seguir a risca os critérios e procedimentos estabelecidos na lei. 99% dos administradores públicos responsabilizam a lei pelas dificuldades que diariamente enfrentam na hora de adquirir produtos e serviços. Vem na lei uma camisa de força que dificulta e em alguns casos inviabiliza a própria administração publica.
Na verdade a lei 8.666 nem é tão ruim assim. É muito rígida em alguns pontos e tão frouxa em outros que continuam ganhando as concorrências muitas das velhas conhecidas de sempre. O que alem de não ser especialmente bom, prova que os administradores públicos têm sabido adequar os seus processos licitatórios a legislação.
Se a famigerada lei 8.666 rege a administração publica nos três níveis, federal, estadual e municipal e em alguns casos a lei funciona, porque em outros não? Na maioria destes casos as licitações não têm o embasamento técnico necessário, faltam especificações, os projetos estão incompletos e o nível de detalhamento é inadequado. Como o comprador neste caso somos todos, acabamos pagando caro, por um serviço que não atende ao solicitado.
Alguns exemplos para ilustrar, se o objetivo é adquirir um determinado veiculo, só precisa identificar alguma característica especifica como o tamanho do bagageiro, ou o volume do tanque de combustível. Estas especificidades permitem que no processo licitatório só um veiculo reúna as especificações. Ou ao contrario, se a licitação deixa as especificações bem laxas será muito fácil permitir que produtos com baixa qualidade as atendam. Um caso amplamente divulgado na imprensa foi o do fornecedor de merenda infantil que precisava entregar cenouras e ervilhas, na mesma lata, não sendo permitido fornecer as ervilhas e as cenouras em latas separadas.
Especificar com precisão, detalhando as medidas, o modelo, o prazo, os materiais, ou exigindo certificação que ateste a qualidade, são obrigações que toda licitação deve cumprir e que o comprador deve exigir. Projetos executivos detalhados, com orçamentos justos e ajustados aos valores de mercado evitariam a pratica de aditar contratos, que de tão comuns já nem surpreendem. Finalmente e não menos importante fiscalizar de forma eficiente, exigindo que seja executado exatamente o que foi licitado, no prazo. Se isto fosse seguido, provavelmente Joinville já teria algum parque inaugurado faz anos.
O maior castigo para quem não se interessa por política é ser governado pelos que se interessam demais.
Ilha de excelência
A Companhia Águas de Joinville se erige numa ilha de excelência, no meio de uma administração publica medíocre. De confirmar-se as informações divulgadas pela Assessoria de comunicação da empresa, estamos frente a uma raridade no serviço publico municipal.
Alem da certificação ISO e vários programas de qualidade, tem canteiros de obras em praticamente toda a cidade do Espinheiros ao Jardim Paraíso, do Vilanova ao Saguassu. Mesmo estando regida pela lei das S.A. e entre outras, pela tão criticada Lei 8.666, a empresa municipal consegue manter no prazo um cronograma de obras arrojado e apertado.
Como quando a esmola é demais o santo desconfia, seria bom que a CAJ fizesse duas coisas: a primeira, compartilhasse com a sociedade tanto a relação das obras, como o cronograma e os valores contratados, para que fosse mais fácil acompanhar a veracidade das informações e poder divulgar os sucessos desta ilha de excelência, no meio do marasmo em que esta submergida a administração municipal. A segunda que transferisse as demais empresas municipais, fundações, secretarias e aos demais órgãos da administração direta e indireta a receita do seu sucesso. Porque não é justo que este notável desempenho seja guardado a sete chaves e não seja dividido com todos os demais membros da administração municipal.
Queremos uma administração municipal melhor, mais enxuta, mais eficaz, eficiente em suas ações e orientada ao cidadão. Se o exemplo a seguir, estiver ao alcance de todos, nada mais justo, que seja socializado com todos.
Europa é diferente
Vez por outra Europa entra nas conversas como referencia, como modelo. Definitivamente não tudo o que vem de lá é melhor, como não todo o que temos aqui é ruim.
A Europa tem as suas monarquias, os reis, rainhas, princesas e príncipes, formam as casas reais e como uma grande família vez por outra se reúnem em casamentos, velórios e aniversários. Um dos grandes casamentos recentes foi o da princesa Victoria, herdeira da coroa sueca é filha de uma brasileira, a Rainha Sylvia. A princesa casou com o seu personal trainer, numa atitude plebéia, o seu irmão o príncipe Carlos Felipe namora a simpática Sofia uma modelo e striper profissional. No que poderíamos considerar uma família completamente normal.
Aqui no Brasil republicano, estamos caminhando na direção de um modelo interessante, a monarquia eletiva. O candidato a Rei, Lula I, acompanhado pela Rainha Marisa, reúne a corte republicana na Granja do Torto, para animadas Festas Juninas. As pesquisas de opinião que dão ao rei uma aprovação de inacreditáveis 80 %, aproximam a nossa realidade, da das monarquias absolutistas, se naquela época tivesse também institutos de pesquisa. Brasília emula a Versailles, tanto pelo luxo que ostentam os membros da corte, como pela forma como distribuem benesses e proventos aos amigos do rei. A conhecida frase do Rei Sol, “o estado sou eu”, ganhou novo significado na voz de Lula I.
Voltando ao casamento real sueco, dois pontos para comentar, o primeiro e que a sociedade sueca achou estranho que os recém casados fossem passar a sua lua de mel na Polinésia, e o fizessem a bordo do avião particular do milionário sueco Bertil Hule, que também emprestou o seu iate. A sociedade sueca entendeu que o desprendimento do empresário, pode ter outros objetivos, menos prosaicos e que receber este tipo de agrados, pode ser considerado corrupção. Aqui no Brasil a sociedade é menos susceptível a este tipo de coisas e acredita piamente que não tem nada de errado em presidentes, reis e príncipes podem receber todo tipo de presentes, sem que isto possa despertar suspeitas. O outro ponto de destaque é a chegada a festa de casamento da Rainha Beatriz de Holanda, ela o fez utilizando o ônibus circular numero 4. As empresas Gidion e Transtusa estão cogitando contratar a simpática Rainha Holandesa, para que seja a estrela da próxima campanha, para estimular o uso do transporte coletivo em Joinville. Europa é diferente.