30 de setembro de 2011

Um blog para seguir

Prioridade para o pedestre

"Agora é a vez do pedestre", afirma o diretor de desenho urbano da Prefeitura de Nova York, Alexandros Washburn.


Para o diretor de desenho urbano de Nova York, decidir que o pedestre é o foco é uma decisão politica fundamental.

29 de setembro de 2011

Para pensar acordado

"Ser atores ou ser platéia, fazer poeira ou comer poeira, você soube colocar com muita propriedade o objetivo do debate.
É mais confortável o papel de platéia, e mais gratificante o de ser ator, mesmo que seja mais arriscado e mais difícil. Por isto sempre tem mais publico que atores.
"

28 de setembro de 2011

Sobrecarregado

Defensas que não defendem


Defensas

O objetivo de instalar as chamadas “defensas” nas ruas é o de proteger ou defender os pedestres, evitar que possam atravessar fora dos lugares adequados, reduzindo o risco de atropelamentos, em definitiva, devem servir para melhorar o nível de segurança urbana. A sua utilização acabou distorcida, descaracterizada e servindo quase que exclusivamente para veicular publicidade, que além de poluir visualmente a cidade, acabam distraindo motoristas e aumentando a insegurança que deveriam reduzir.

Sem entrar no mérito do modelo de licitação que foi feito, que parece priorizar a veiculação da publicidade frente à segurança de pedestres e motoristas. É evidente que as defensas não estão colocadas para defender. A pergunta agora deve ser e agora Zé? Porque alguma coisa deve ser feita. Olhar para o outro lado ou fazer de conta que tudo este certo e que não há nenhum problema, como tem sido a atitude habitual dos responsáveis pela gestão e fiscalização destes contratos, não é nem correto, nem adequado.

Algumas perguntas podem ajudar a esclarecer o porquê desta distorção. A primeira, quais os pontos perigosos, de acordo com os estudos técnicos, que identificam um percentual elevado de atropelamentos de pedestres por atravessar fora da área determinada? E bom lembrar, mais uma vez, que este é o objetivo das ditas defensas. Segunda, quantas defensas sem publicidade devem ser instaladas por cada uma que veicule comercialmente publicidade? Em que pontos estão localizadas as defensas, detalhando as que veiculam publicidade e as outras. Finalmente, quantas defensas existem em Joinville, em que estado se encontram, o seu nível de manutenção. Será que o legislativo, no seu papel de fiscal do executivo, tem a informação?

São perguntas simples, que a Conurb deveria poder responder em menos de 24 horas, porque é imprescindível que disponha destes dados permanentemente atualizados para poder gerenciar, com transparência, o contrato com a empresa que detém a permissão de exploração de publicidade em defensas. Praticamente os mesmos questionamentos poderiam ser feitos com relação às placas de rua, que também são gerenciadas pela Conurb e como o contrato atual prevê a exploração comercial, como forma de remunerar a colocação de placas em todas as ruas da cidade, nada melhor que os dados sejam claros e transparentes. As respostas têm tudo para serem muito interessantes e reveladoras. 



Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

27 de setembro de 2011

Somos Campeões


Não tem quem nos possa ganhar. É verdade que no quesito corrupção ainda não alcançamos os níveis escandalosos que praticam os países africanos menos desenvolvidos. Os modelos presidencialistas, em que publico e privado se confundem e misturam de tal forma que fica impossível de diferenciar aonde acaba um e começa o outro. Mas estamos nos esforçando para rapidamente nos equiparar aos melhores, fazer da corrupção parte do nosso cotidiano é um passo firme e definitivo, para que deixemos de nos impressionar com os escândalos e que o corrupto de amanha nos leve a esquecer o de hoje. A banalização da corrupção faz que fiquemos insensíveis, que nada nos surpreenda mais, que nem os valores envolvidos, nem os nomes de corruptores e corrompidos sejam novidades. Chegamos até cumprimentar e em algumas situações extremas homenagear os maiores corruptos. Oferecendo comendas e prêmios aos melhores dos piores.
Se em corrupção o Brasil esta no caminho, para estar entre os melhores, em procrastinação, não tem para ninguém. O Brasil é campeão mundial de “empurrar com a barriga”, transferir para outro dia, demorar em resolver algo. Claro que algumas vezes a casa cai, textualmente, na nossa cabeça, e não nos quedaria alternativa que por as mãos na massa e resolver. Mas conseguimos dar um jeito de adiar uma vez mais a solução.
A elegância com que ignoramos os problemas, deixando de falar deles, olhando para o outro lado, a facilidade com que os esquecemos, nos levam a acreditar infantilmente que se fechamos os olhos, quando os abramos de novo, tudo estará resolvido, como por um passe de mágica. Claro que as coisas não se resolvem sozinhas, na realidade a tendência é que os problemas que não enfrentemos se avolumem e cresçam. Quando mais procrastinemos maiores serão os problemas, poderemos sempre culpar os que nos antecederam por não ter tomado as decisões e atitudes corretas e necessárias, estaremos novamente praticando o nosso esporte preferido, empurrar com a barriga, deixar de decidir, adiar, protrair, alongar, dilatar. Todos eles sinônimos que definem nosso esporte favorito. 

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

25 de setembro de 2011

Florville

O jornal A Noticia publicou o artigo da Sra. Odete Lopes Guimarães que do alto dos seus 86 anos transpira sabedoria e equilíbrio. Conselhos simples repletos de bom senso. Será que é tão difícil de arrumar o que está errado?



Florville, por Odete Lopes Guimarães*

Neste dias frios e escuros, com tanta chuva, eu sempre me lembro do meu neto Danilo. Ele tinha cinco ou seis anos (hoje é advogado) quando perguntou para a mãe: “Antigamente, o mundo era todo preto e branco? Por que os filmes e as fotografias velhas eram pretas e brancas?”. Tem razão, agora tivemos tantos dias pretos e brancos, é chuva demais, e pensando nesta gente que perde tanta coisa que levou anos para adquirir, é de pensar mesmo que o mundo é preto e branco!

Mas agora chegou a primavera e o mundo vai ficar todo colorido, como daqui há um mês a nossa avenida JK com as florezinhas que vão abrir, mas e depois? Estas florezinhas têm pouco tempo de vida, são efêmeras, e então os mocinhos da Prefeitura vão ter que mudar tudo e plantar outras a cada três ou quatro meses? Não, mocinhos, a avenida JK tem 700 metros de comprimento, lá tem que cultivar plantas perenes. Algumas dão flores, outras só enfeitam, mas embelezam e não gastam tanto de três ou quatro meses. E o nosso dinheiro? Por falar nisso, quando é que vão limpar as árvores das ruas? Reparem só como são descuidadas, cheias de ervas daninhas, galhos podres e secos, etc.

O pessoal vai ter que fazer um “cursinho” de agronomia para lidar com as plantas. Agora, chega de criticar! Parabéns pelo canteiro defronte ao Ginásio Abel Schulz. Está sempre bonito, com flores da época, mas ele é pequenino, quase um triângulo, custa pouco e assim deve ter mais alguns pela cidade.

Eu amo Joinville e não quero nem Buracoville, nem Chuville. Quero que a minha cidade seja Florville.
 


*APOSENTADA, 86 ANOS

Amor impossível


Amor impossível


Mesmo sabendo desde o primeiro momento que não tinha como dar certo, não tinha como não ficar profunda e intensamente apaixonado. Quando cheguei, ela já estava lá, parecia que estava me esperando desde fazia tempo. Bela, elegante, esbelta, imponente. Não teria como não notá-la. Na verdade ocupava com sua presença todo o espaço disponível.


O primeiro contato foi meio sem graça, nos olhamos e reconhecemos no instante que algo mais forte e mais intimo tinha surgido. A primeira reação foi olhar para outro lado, fazer de conta que nada tinha acontecido, querendo negar, ou não querendo reconhecer que algo tinha mudado para sempre entre nos dois. A cada dia, a sua presença ficou mais intima, mais próxima e mais intensa. Ao sair para minha caminhada diária, ela estava lá impassível. Um sorriso, um olhar cúmplice.


Não passaram muitos dias sem que tudo nela me interessa-se, queria saber seu nome, suas historias, conhecer seus sonhos. Quanto mais a conhecia mais queria aprender sobre ela. chamá-la pelo nome:  Caesalpinea peltophoroides, pareceu pouco intimo, o apelido Sibipuruna é mais simpático, mais eufônico e ainda que alguns a chamem de Sibipiruna, ela prefere o primeiro. Sem ninguém atrapalhando tem vida longa, chega a mais de 100 anos, e ainda que alguns leigos a confundem com os seus primos o Pau Ferro e o Pau Brasil, ela é mais elegante, mais miúda e ocupa menos espaço.


Entre setembro e novembro as suas flores amarelas alegram e embelezam a rua, primeiro nos galhos mais altos, depois com as chuvas da primavera acabam caindo na calçada e formam um tapete, menos chamativo que os dos ipês, mas bem mais duradouro e delicado. Ao longo dos anos a sua presença, a sua sombra, a cor das suas flores e a beleza da brotação primaveril passaram a formar parte do meu quotidiano.  Arrependo-me hoje de não ter dado maior importância a sua presença, a monotonia do dia a dia, nos endurece e deixamos de perceber o que é importante. Deixamos de valorar o verde e a qualidade de vida que nos produz.


Até que um dia chegaram eles, armados de moto serras e desprovidos de sensibilidade, As tribos bárbaras que nos invadiram, os novos talebans do paver, destroem tudo na sua volta, em nome de uma nova xariá chamada de requalificação, derrubaram em segundos a sibipuruna aqui na minha rua. Só ficou o toco, que durante dias ficou supurando seiva, numa ferida aberta que não queria cicatrizar. Eu fiquei triste e desconsolado, chorando pelo meu amor impossível. Um caminhão da Conurb levou os pedaços da minha amada.


Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

É a economia, estúpido !


A frase, atribuída ao ex-presidente norte-americano Bill Clinton, foi cunhada por seu chefe de campanha, James Carville. A mensagem era clara e direta: o importante para os eleitores é a economia. Se a economia vai bem, os seus empregos estão assegurados, a arrecadação de impostos aumenta pela maior movimentação da economia e se gera prosperidade. Hoje, quando o mundo atravessa uma crise de proporções difíceis de mensurar, ela continua mais atual que nunca.

O debate sobre o aumento do número de vereadores em Joinville é político. É a oportunidade que a sociedade tem para pensar globalmente e agir localmente. Bombardeada um dia sim e outro também pelos abusos que acontecem na longínqua Brasília, ou pelos que sucedem na Capital do Estado, o eleitor médio se sente impotente para deter não só a gastança irresponsável de recursos públicos, mas principalmente para se vingar do deboche com que a casta política ri dos cidadãos. Gente como você e como eu, que paga seus impostos, cumpre seus compromissos e vê que a cada mês tem menos dias no seu salário. E que, apesar do trabalho árduo, o dinheiro não chega e os serviços públicos custeados com a pesada carga tributaria são cada dia piores, quando não inexistentes.

O sentimento de raiva, resultado da impotência, materializa-se hoje num movimento de protesto contra a possibilidade que se aumente o número de vereadores. Nas enquetes realizadas por jornais e sites, o percentual de manifestações contrárias ao aumento de vagas oscila entre 85% e 92%, números tão expressivos que dificilmente podem ser ignorados. Os defensores do aumento do número de vereadores evitam a todo custo enfrentar uma sociedade que cansou de carros alugados, de assessores parlamentares em excesso (alguns até fantasmas) e diárias para cursos de aprimoramento em balneários e resorts do Nordeste brasileiro.

O discurso de uma melhor representatividade não tem eco. A própria Câmara, para convencer a sociedade de que seria adequado aumentar para 25 vereadores, propõe um pacote de corte de despesas, focando o debate na redução de gastos, que a bem da verdade já deveria ter sido levada a cabo se a administração da nossa casa de leis aplicasse os mais elementares critérios de economicidade. O que nasceu como um grito de revolta está se convertendo num movimento organizado, ao que se soma a cada dia mais e mais gente comum, que sente que pode, sim, fazer ouvir a sua voz e que se manifesta cada vez com maior intensidade e veemência contra o que considera um abuso e um desatino.

É normal que no meio do caminho surjam os Calabares de plantão. Entidades que se posicionaram contrariamente, num primeiro momento, agora afinam a voz, ajustam o discurso e passam a sensação de que podem passar a aceitar conversar sobre o aumento de vagas se a Câmara provar que isto não implicaria aumento de gastos - como se isso fosse possível na vida real. Quem defende mais vagas esquece e quer que ignoremos que o orçamento do Legislativo local tem crescido ano após ano, mesmo mantendo o atual número de vereadores. E que a Câmara tem acumulado sobras significativas. Aceitar um pequeno aumento, por menor que seja, seria como aceitar que fosse possível uma pequena gravidez ou um pequeno estupro.

O Estado - e o Legislativo, nos seus três níveis, é um dos seus pilares - tem se convertido num ogro insaciável, que devora a cada ano uma quantidade maior de recursos públicos. Na Europa, o modelo já se esgotou. E, entre a incredulidade de uns e o estupor de outros, salários de funcionários públicos são reduzidos. Lá, deputados e senadores já custam menos que aqui e só a permanente vigilância de uma sociedade atuante consegue deter o seu avanço sobre os recursos finitos. A redução do custo da máquina pública permitiria que mais recursos sejam destinados para onde são mais necessários, como educação, saúde ou manutenção e aprimoramento da infraestrutura pública.

A própria Câmara já o entendeu qual é o ponto da discussão. E pretende convencer a sociedade que conseguiria viabilizar o aumento de vagas entregando alguns anéis de pouco valor, como uma redução temporária do número de carros ou o corte de alguns assessores - nada que depois não possa ser novamente contratado e voltemos ao patamar de gastos atuais. É o momento dos legisladores mostrarem sensibilidade e grandeza de espírito. A história está lhes oferecendo a oportunidade de escrever uma parte dela. A eles corresponde a decisão de deixar sua marca com honra e orgulho. E de serem reconhecidos como legisladores responsáveis ou como pusilânimes e venais.

Parafraseando Bill Clinton e James Carville, é necessário repetir à exaustão: o debate sobre o número de vereadores "é sobre a economia, estúpido!" 


Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

24 de setembro de 2011

Aprendendo com o passado recente





A corrida para a próxima eleição deu início com inusitada precocidade. Os pré-candidatos não perdem festinha de aniversário, lançamento de prédio, velório ou formatura. Propor hoje um cenário mais ou menos credível do que poderá acontecer faltando pouco mais de um ano é uma mistura de adivinhação, exercício de futurologia e previsão de economista. Para ajudar nesta empreitada, nada melhor que olhar para o passado e tirar conclusões da nossa história política e eleitoral recente.

O eleitor joinvilense vota querendo o melhor para sua cidade. O seu desejo é escolher o melhor candidato, apesar de que não poucas vezes tenha sido forçado a escolher entre o menos ruim. A eleição de 2012 tem tudo para ser uma destas ocasiões, em que a dúvida não será entre os dois melhores.

A primeira gestão do Prefeito Wittich Freitag foi marcada por uma administração sóbria, um perfil empresarial e uma priorização da economicidade e da profissionalização. A resposta a este perfil marcadamente empresarial e seco foi a eleição, contra todo prognóstico, do prefeito Luiz Gomes, pessoa afável e simpática, com um perfil de gestor público quase oposto ao seu antecessor. Na eleição seguinte o eleitor votou de novo no administrador que poria a casa em ordem, melhoraria as contas e faria as obras que Joinville sempre precisa. A idade e a saúde não permitiram que a segunda gestão do Prefeito Freitag superasse a primeira.

E a eleição de Luiz Henrique foi a escolha do eleitorado por um político de carreira, que chegava com uma aura de repercussão nacional, depois de ter sido ministro e presidente nacional do seu partido. A escolha foi por uma Joinville melhor inserida no contexto nacional. Sua gestão priorizou as grandes obras, representadas pelas fachadas suntuosas, e o joinvilense sentiu a falta da atenção e do capricho com os detalhes. A imagem do técnico trabalhador que acordava cedo e tocava as obras permitiu a eleição de Marco Tebaldi, que acabou a sua gestão desgastado e o eleitor votou na esperança, na novidade para eleger o prefeito Carlito.

Os níveis de desgaste e de rejeição que as pesquisas evidenciam, chegam a superar em alguns casos o número de votos que o elegeram. A gestão atual não tem conseguido atender as expectativas do eleitor, este ser volúvel que, entre erros e acertos, busca o melhor candidato para administrar a sua cidade e o seu destino pelos próximos quatro anos.
É provável que neste movimento pendular em que vive permanentemente o eleitor, no seu imaginário já esteja bem nítido o perfil do candidato que merecerá o seu voto. E tanto marqueteiros como partidos políticos se apressam a identificar candidatos com este perfil ou a construir, se for preciso, candidatos que atendam a este perfil desejado pelo eleitor. 

Aumentou a rejeição aos maus administradores. Os que não tem experiência prática - e dificilmente teriam êxito em administrar uma pequena quitanda - devem evitar se postular.
Há espaço para candidatos com um perfil mais autoritário, o que não é bom. A rejeição a políticos profissionais é maior que em outras eleições e dificilmente terá sucesso um candidato que tenha uma imagem pouco ética. A impressão é que o eleitor esta cada vez menos tolerante com corruptos e mitômanos. Promessas que não possam ser cumpridas devem ser mais facilmente identificadas e expostas durante a campanha. Instrumentos como o "promessômetro" serão mais bem explorados e será mais fácil desmascarar as mentiras e os mentirosos. Finalmente o crescimento da internet e das mídias sociais fará que a próxima seja uma campanha muito diferente das anteriores.

Para concluir, a próxima deverá ser uma das campanhas mais escandalosamente caras que esta cidade já viu.

Navegar é preciso...



A riqueza da língua nos permite fazer mais de uma leitura do mesmo texto.

“Navegar é preciso” Pode ser entendido como que navegar é necessário, que não podemos ficar como navios ancorados no porto. Precisamos singrar os mares, experimentar novas rotas.

“Navegar é preciso” Navegar é uma ciência precisa, só o domínio de uma técnica de navegação apurada nos permitirá chegar ao porto desejado e sobreviver aos piores temporais.

Respeite a faixa de pedestres

Balanço esportivo da temporada 2010 - 11

Larga o osso...



Grande político, honesto e progressista, elevou o Maranhão
ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do nível do Japão:

Estimulou o desenvolvimento do Maranhão e criou riquezas para todos:

Humilde e simples, até simplório, Sarney homenageou os
grandes maranhenses e reconheceu sua grandeza;

As crianças foram seu principal foco de governo.
Todas mereceram a devida atenção.
        
O desprendimento deste homem foi uma das marcas de sua vida política.
Jamais almejou o poder pelo poder.
Apenas quis servir ao povo do Maranhão e do Brasil.

Com esse breve resumo, lançamos a
campanha LARGA O OSSO Sarney!!!!!!!.

Festas de Outubro




As festas de outubro devem manter o norte. Não dá mais para se descaracterizarem tanto.
Nelas - exceto a oktoberfest - se toca de tudo. Vai de funk , passa por pagode , entra para o sertanejo e desemboca no sofrível gauchesco.
As festas nesse ritmo, perderão ainda mais famílias que outrora lotavam os espaços.
Mas o mais grave, é a forte descaracterização.
Que o diga os stammtisch espalhados pelo Estado, que viraram baderna.
E o exemplo de como se faz bem feito, fica logo ali. Em  Blumenau.


Paulo Curvello
Balneário Camboriú
curvell@terra.com.br

23 de setembro de 2011

Para pensar acordado

Como os políticos nunca acreditam no que falam se surpreendem quando alguém acredita no que disseram


Charles de Gaulle

Dia mundial sem carro


MOBILIDADE SIMBÓLICA OU REAL

O Dia Mundial sem Carro é um gesto simbólico para que a sociedade reflita sobre os problemas gerados nas cidades pelo transporte individual. O “Car Free Day”, criado na França em 1998 foi difundido e adotado por outros países. As somatórias de ações voluntárias individuais podem ajudar a transformar nossos ambientes, desde que exista uma política publica coerente e planejada que de continuidade as atividades deste 22 de setembro de 2011.

A data serve para refletir em muito alem dos já conhecidos problemas causados por nossos deslocamentos motorizados individuais, como as perdas econômicas e vidas, poluição por gases resultantes da combustão, poeira pelo atrito de pneus com asfalto e aumento de ruídos entre outras. A continuar a atenção com os problemas e não para com as soluções, quando a cidade ira parar fruto da falta de espaços para mobilidade frente ao aumento constante da frota? 2015 ou 2016?

A atual situação exige ações inovadoras para transformar os modos de usar a cidade formulando políticas publicas de mobilidade que enfrentem os interesses envolvidos pela indústria automobilística em todas as suas ramificações. A sociedade “automóvel” viciada no cheiro da gasolina sugere e implanta continuadamente modelos rodoviaristas: ampliação dos espaços ou obras de arte voltadas para carros, rodízios, carona solidária ou pedágios urbanos, incentivos aos estacionamentos e até a proibição de parar nas faixas limítrofes aos passeios. É inviável econômica e ambientalmente o continuísmo do aumento de espaços para mobilidade visando atender apenas veículos motorizados de único passageiro ou deslocamentos de curtas distancias.

Não existem milagres ou soluções de curto prazo nos problemas de mobilidade sem uma visão estratégica. A transformação é possível, dura e exige a elaboração de cenários de nosso futuro onde devem ser considerados: planejamento urbano, índices adequados de densidade e verticalizações compatíveis com as infraestruturas incentivando a qualidade do ambiente urbano. As ações devem focar a fiscalização e restrição compulsória do uso do carro com alternativa de transporte coletivo adequado as necessidades de deslocamento.

A qualidade de vida das pessoas é determinada pela qualidade das cidades que priorizam integradamente políticas sociais, econômicas e ambientais cujo elo se dá através da mobilidade eficiente e sustentável, aonde as pessoas vêm em primeiro lugar. O desafio que se impõe ao Dia Mundial sem Carro é transformar um ato simbólico na realidade do cotidiano das pessoas.

Arno Kumlehn
Arquiteto Urbanista

21 de setembro de 2011

Navegar é preciso

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:

"Navegar é preciso; viver não é preciso".

Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.


"Navigare necesse; vivere non est necesse" - latim, frase de Pompeu, general romano, 106-48 aC., dita aos marinheiros, amedrontados, que recusavam viajar durante a guerra, cf. Plutarco, in Vida de Pompeu]


“NAVEGAR É PRECISO; VIVER...*

“A ORDEM de abandonar o navio foi dada... desnecessária, porque àquela altura todos sabiam que o navio estava condenado e já era hora de desistir de tentar salvá-lo. Não houve demonstração de medo e apreensão. Lutaram incessantemente e haviam sido batidos. Aceitaram sua derrota apáticos, estavam simplesmente cansados demais para se incomodar.”¹

Os detalhes acima são do naufrágio do navio “Endurence” que pela pressão do gelo naufragou no Mar de Wendell, na Antártica em 1915. O “Endurence” foi planejado e construído para navegar em condições polares, mas afundou a 400 km da Ilha de Joinville, e longe de seu objetivo. O que poderia ser considerado uma derrota e morte certa pelas condições climáticas (frio intenso e ventos como furacões) e um dos mares mais perigosos do planeta, foi transformado numa incrível aventura e que resgatou com vida todos os 28 membros da expedição.

Não vou abandonar o barco, quer dizer a cidade, apesar de pressões gélidas dos que sempre criticaram e agora não aceitam outras formas, que não as suas em conduzir realidades coletivas. Afirmam que nossa nau não fazer água e os ratos são apenas fruto de imaginação. As desculpas que impedem nossos avanços em investimentos generalizados a todos os setores são creditados nas banquisas de gestões anteriores.

É neste embate que “penetramos num labirinto de dificuldade e contradições. Vemos as mesmas coisas, o mundo é aquilo que vemos?”² Ao que parece estamos num jogo de posições relativistas, cheias de revanchismos e invejas, que conforme a posição do observador vê claro um ou no máximo três lados do cubo, ficando seus cinco lados em completa escuridão ao conhecimento, em alusão a kantiana “Teoria do Abschattungen.”³

O debate proposto apenas pelo viés ufanista ou crítico, não irá representar avanço em rumos seguros e melhores, pois está lhe faltando o caráter propositivo no campo das idéias e ações necessárias na solução de uma cidade sustentável. “Se sabe navegar, o planejador urbano (em conjunto com políticos e sociedade civil, grifo nosso) poderá levar a cidade ao porto seguro de seu destino coletivo. Depois de compor seus objetivos com as forças sociais, políticas, econômicas e ambientais que decidem o destino humano das cidades.” 4 Estamos esperando o convite do comandante de nosso navio para essa incrível viagem!

Arno Kumlehn
Arquiteto Urbanista

APOIO BIBLIOGRÁFICO
* Fernando Pessoa
1. Lansing, Alfred – A Incrível Viagem de Shackleton – JOSÉ OLYMPIO 1995
2. Merleau-Ponty, Maurice – O Visível e o Invisível – PERSPECTIVA 1971
3. Kant, Immanuel – Crítica a Razão Pura – Marin Claret 2009
4. Alva, Eduardo N. – Planejamento Urbano Participativo – IICM 1989

Dia da arvore (2)






Dia da arvore


Semana do transito


20 de setembro de 2011

Todos somos vitimas




É conhecida a historia do cachorro que tinha dois donos e acabou morrendo de fome, porque cada dono achava que o outro estava cuidando e alimentando o cachorro. No transito estamos igual. Tem tanta gente cuidando, que ninguém se entende. No recente evento organizado pelo jornal A Noticia, era difícil achar dois dados iguais. As informações da Conurb e da Policia Militar Não eram as mesmas. Os dados do IPPUJ tampouco coincidiam. Os da saúde eram outros. Um verdadeiro galimatias de informações desencontradas. Todos dando o seu melhor, mas com um resultado inadequado.


O que é um fato incontestável são as informações, capazes de deixar com calafrio aos mais fortes, que a Secretaria de Saúde apresentou, com uma media de 133 acidentes mensais só com motos, com jovens mortos e famílias destroçadas, os sobreviventes desta guerra sofrem graves fraturas expostas, que além de colapsar o atendimento do Hospital São José, representa um custo de mais de R$ 800.000 ao mês, e quase R$ 10.000.000 ao ano. Além das seqüelas de mobilidade e laborais pelas amputações e a necessidade de longas sessões de fisioterapia.


Não somos ainda capazes de identificar com precisão os pontos críticos, os locais de maior risco. O nosso melhor nível de precisão é informar quais as 50 ruas mais perigosas. Desconsiderando que as de maior comprimento aparecem com maior freqüência nas estatísticas. Quando o correto para ajudar no planejamento seria saber os pontos exatos, os horários de maior risco, o sentido, se bairro - centro ou centro – bairro, as causas e a partir destas informações precisas e sistematizadas,  propor um programa eficaz de segurança no transito, que priorize de fato os grupos mais vulneráveis, os pedestres e ciclistas. As empresas de ônibus da cidade são um bom exemplo de como coletar e tratar estas informações o seu nível informação sobre os pontos críticos do transporte coletivo estão perfeitamente identificados.


O transito é hoje um problema grande demais para as grandes cidades, não só desde o aspecto mobilidade, também desde o aspecto econômico e social, para que possa continuar sendo tratado como um cachorro com vários donos, esta mais que na hora de ter um órgão único de transito, que planeje, execute e fiscalize, com técnicos com formação especifica e com recursos orçamentários que não dependam da arrecadação originada nas infrações de transito.


Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

Semana do Transito


Em Barcelona 1 de cada 3 mortos
em acidentes de transito era pedestre.

Atenção todos somos pedestres!

Para pensar acordado

Não há nada pior que uma pessoa amável por interesse. 

                                               Vauvenargues (1715-1747), moralista francês

19 de setembro de 2011

Repassando (2)


REPASSANDO.

Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 06-09-2011
COMPARAÇÕES
Carlos Chagas
....................................................................................................................................................................................................................................................................................
Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os  herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema  e umas poucas ações de empresas públicas e privadas. Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace  no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana. Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu,  precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.   Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha  vendeu para poder  manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio. João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio  do Dragão, em Petrópolis,vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade.  Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado lamentável de conservação.                                                           
Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes cometeram erros sem conta, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram nem  receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos. Sequer criaram institutos  destinados a preservar seus documentos ou agenciar contratos para  consultorias e  palestras  regiamente remuneradas. Bem diferente dos tempos atuais, não é?

Repassando



TU SABIAS QUE?

A doutora Elizabete Sato, delegada que foi escalada para investigar o processo sobre o assassinato do Prefeito de Santo André, Celso Daniel, é tia de Marcelo Sato, marido da Lurian, que, apenas por coincidência, é filha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Exatamente: Marcelo Sato, o genro do presidente da República, é sobrinho da Delegada Elisabete Sato, Titular do 78º DP, que demorou séculos para concluir que o caso Celso Daniel foi um "crime comum", sem motivação política.
Também apenas por coincidência, Marcelo Sato é dono de uma empresa de assessoria que presta serviços ao BESC - Banco de Santa Catarina - BESC (federalizado), no qual é dirigente Jorge Lorenzetti (churrasqueiro oficial do presidente Lula e um dos petistas envolvidos no escândalo da compra de dossiês).
E ainda, por outra incrível coincidência, o marido da senadora Ideli Salvatti (PT) é o Presidente do BESC. 

CONCLUSÃO:

Os cumpanhêro são, realmente, muito unidos.

ACRESCENTANDO:
O PAULO BERNARDO – MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES É MARIDO  DA SENADORA GLEISI HOFFMANN – CHEFE DA CASA CIVIL. 
O GILBERTO CARVALHO – SECRETÁRIO GERAL DA PRESIDÊNCIA É IRMÃO DA MIRIAN BELCHIOR, MINISTRA DO PLANEJAMENTO. 
ESSA MIRIAN BELCHIOR JÁ FOI CASADA COM O CELSO DANIEL?

18 de setembro de 2011

Palavra de hoje

Ufanismo:

Atitude, posição ou sentimento dos que, influenciados pelo potencial das riquezas brasileiras, pelas belezas naturais do país, etc., dele se vangloriam, desmedidamente.
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