29 de janeiro de 2009

12 Fazendo Arte na Cidade

O Projeto (Fazendo) Arte na Rua, apresenta um novo projeto, que na realidade esta inserido na linha de Arte na Cidade. A peça de proporções monumentais, tem por título Gaiola dos Macacos, uma obra de concepção ousada e de dimensões pouco comuns.
O autor ou autores, porque fica difícil imaginar que um único autor possa ter perpetrado uma obra como esta impunemente, foi estrategicamente localizada no coração de uma região exclusivamente unifamiliar.
A ousadia reside na burla que a obra faz do bom senso, dos bons costumes e do respeito mínimo aos princípios básicos de convívio, numa comunidade como a de Joinville. O trabalho iconoclasta como poucos, consegue subverter os mais elementares princípios. Ao construir uma estrutura destas proporções junto a um conjunto de residências, destrói todos os referenciais e estimula, com vigor inusitado a construção do caos urbano.
Excelente trabalho de criação, que com certeza deve ter contado com o apoio inestimável dos técnicos da prefeitura municipal e com a cumplicidade do IPPUJ.

( Esta iniciativa cultural não conta com o apoio da FCJ - Fundação Cultural de Joinville e tampouco recebe nenhum tipo de incentivo ou subvenção, nem é custeada com recursos públicos )

Novo texto de Polan Lacki

A educação e o subdesenvolvimento rural:

Jardins Suspensos da Babilônia ou hortas caseiras?

Ensinar o exótico ou o ÚTIL e APLICÁVEL?

Nos países da América Latina, as escolas fundamentais rurais (do primeiro ao oitavo ou nono ano) continuam ensinando aos seus alunos a história dos faraós e das pirâmides do Egito, a altura do Everest, os impérios Romano e Bizantino, o Renascimento, a história de Luis XIV, XV e XVI e de Napoleão Bonaparte, o sistema nervoso dos anfíbios, a reprodução das briófitas e pteridófitas e, algumas delas, até o "esquema de funcionamento dos pés ambulacrários dos equinodermos".

Enquanto entediam as crianças rurais com esses conhecimentos, absolutamente irrelevantes para as suas necessidades de vida e de trabalho no campo, perdem uma extraordinária e irrecuperável oportunidade: a oportunidade de ampliar e aprofundar o ensino de con-teúdos muito mais úteis e de aplicação mais imediata na correção das ineficiências causadoras do subdesenvolvimento rural, como por exemplo: o que as famílias rurais poderiam fazer para obter uma produção agropecuária mais abundante, mais diversificada, mais eficiente e mais rentável; quais medidas de higiene, profilaxia e alimentação elas deveriam adotar para evitar as enfermidades que ocorrem com maior freqüência no meio rural; o que deveriam fazer para prevenir as intoxicações com pesticidas e os acidentes rurais e como aplicar os primeiros socorros, quando eles não puderem ser evitados; como produzir e utilizar hortaliças, frutas e plantas medicinais; como organizar a comunidade para solucionar, em conjunto, aqueles problemas que não podem ou não devem ser resolvidos individualmente, como, por exemplo, a comercialização e os investimentos de alto custo e baixa freqüência de uso, etc.

Educar para o acúmulo de conhecimentos ou para a auto-realização?

Também perdem a oportunidade de outorgar-lhes uma melhor formação "valórica", pois deveriam ensinar-lhes os princípios, as atitudes e os comportamentos necessários para melhorar o seu desempenho na vida familiar e comunitária, como, por exemplo: formá-los para que tenham mais iniciativa e espírito empreendedor a fim de tornarem-se menos dependentes de ajudas paternalistas; educá-los para que pratiquem a honestidade, a solidariedade, a responsabilidade e a disciplina; para que tenham consciência dos seus direitos, mas especialmente dos seus deveres; para que possuam uma ambição sadia e um forte desejo de superação, porém conscientes de que deverão concretizar estas aspirações através da perseverança e da eficiência na execução do trabalho. Essas escolas não estão cumprindo a sua função de desenvolver as potencialidades latentes das crianças rurais, de abrir-lhes novas oportunidades de auto-realização nem de formar cidadãos que, graças à sua própria vontade e competência, sejam capazes de protagonizar o autodesenvolvimento pessoal, familiar e comunitário.

Rio Nilo ou o rio da comunidade rural?

As escolas fundamentais rurais seriam muito mais úteis se, antes de ensinarem a história da Europa ou a geografia da Ásia, ensinassem aos seus alunos a história e a geografia das suas comunidades. Se, em vez de distrair as atenções dos educandos com as girafas e elefantes da África, lhes ensinassem como criar, com maior eficiência, os animais existentes nas suas propriedades, com a finalidade de melhorar o auto-abastecimento e a renda familiar; tais escolas seriam mais úteis se lhes ensinassem como evitar as pragas da agricultura e da pecuária, como identificar e eliminar as plantas que intoxicam os seus animais e os insetos que transmitem as enfermidades. Ao invés de fazê-las memorizar a extensão do Rio Nilo, seria mais útil ensinar-lhes como e por que deveriam evitar a poluição de um outro rio: o rio da sua comunidade.

Jardins Suspensos da Babilônia ou hortas caseiras?

Antes de abordar os Jardins Suspensos da Babilônia, seria conveniente ensinar-lhes como e por que deveriam implantar hortas e pomares diversificados nas suas propriedades e como adotar medidas de conservação do solo para que continue produzindo com altos rendimentos. Em vez de ensinar sobre os heróis das guerras dos outros continentes, deveriam ensinar-lhes sobre os "heróis" das suas próprias comunidades; sobre aqueles "heróis" que outorgaram uma educação exemplar aos seus filhos, que tiveram uma destacada participação na solução dos problemas da comunidade e que progrediram graças à sua dedicação ao trabalho bem executado e à eficiência no uso adequado dos escassos recursos disponí veis. Essas escolas deveriam mostrar aos seus alunos os bons exemplos daqueles "heróis" da comunidade ou do município que não roubaram, que não enganaram os seus vizinhos, que não possuem vícios, que não praticam violências, que não são egoístas, etc.

Se a escola é rural deverá "agriculturalizar-se" e "ruralizar-se"

Em outras palavras, é necessário "agriculturalizar", "ruralizar" e tornar mais realistas, mais instrumentais e mais pragmáticos os conteúdos educativos dessas escolas; também é necessário eliminar dos seus sobrecarregados currículos os conteúdos excessivamente teóricos, abstratos e com baixa probabilidade de serem utilizados na vida e no trabalho rural. Em seu lugar, deveriam ser incluídos ou ampliados conteúdos mais práticos, utilitários e aplicáveis pelos educandos na solução dos problemas mais freqüentes que eles enfrentam e continuarão enfrentando na vida cotidiana das suas propriedades,&nbs p;e também dos seus lares, das suas comunidades e dos mercados rurais.

Na Página Web http://www.polanlacki.com.br está demonstrada a viabilidade e facilidade de promover esta adequação curricular, através das secretarias municipais de Educação, sem necessidade de submetê-la previamente às antigas e complexas burocracias do ministério nacional ou das secretarias estaduais de Educação. Nesta página web os interessados encontrarão, entre outros, os seguintes textos que abordam esse tema:

i) A escola rural deve formar solucionadores de problemas;

ii) Os agricultores necessitam de um sistema educacional que ajude a solucionar os seus problemas;

iii) Buscando soluções para a crise da agricultura: no guichê do banco ou no banco da escola? Estes documentos também poderão ser obtidos gratuitamente solicitando-os através do e-mail:

Polan.Lacki@uol.com.br

As Contas da Quitanda (2)



As contas da quitanda que não fecham, são as contas da que hoje, provavelmente, é a maior empresa de Santa Catarina, com mais de 10.000 funcionários e impacto direto sobre as 500.000 almas da maior cidade do estado. A situação da forma que esta sendo colocada no noticiário transmite a imagem da maior confusão.


Se de fato não se sabe quanto dinheiro tem no caixa, ou quantas e quais são as contas a pagar e a receber, isto em qualquer boteco, independentemente do seu tamanho evidencia um descontrole, incompatível com os mais elementares princípios contábeis e administrativos.

Difícil imaginar que as contas de telefone possam ser cortadas por falta de pagamento ou que empenhos não estejam sendo pagos desde já faz alguns meses, a menos que também a chuva possa ser responsabilizada por estes temas.


Parece mais provável que o problema tenha sido ocasionado pela mudança intempestiva do sistema de informática. Neste caso, não deve ser difícil identificar, quem agiu irresponsavelmente ao deixar as escuras as contas da prefeitura. Não é possível imaginar que houve negligência no tratamento da migração do sistema de informática. O mais provável é , que a administração anterior, tratou de forma imprevidente e com incompetência superlativa um tema de vital importância para a cidade e caso se comprove, podem e devem ser responsabilizados os artífices da dita migração caolha e capenga.

28 de janeiro de 2009

Iluminado ou ilusionista

Numa tradução livre, porque as palavras tem sentido diferente em espanhol e em português.

- Obama esta começando muito bem

- É, mas todos começam de grande empolgador e acabam como decepcionante ilusionista.

Outro ponto de vista sobre a crise

Carta de Álvaro P. de Cerqueira a Ladislau Dowbor

Prezado Prof. Ladislau Dowbor, (c.c. Prof. Antônio Corrêa de Lacerda e a Globonews)
Vi hoje sua entrevista no "Entre Aspas" da Globonews. Permita-me observar que o senhor, como muita gente importante, labora em erro sobre a verdadeira causa da crise. Tal como a grande depressão de 1929, ela não é uma "crise do capitalismo", mas uma crise do intervencionismo do estado na economia. Que começou em 1913, com a criação do Fed, o Banco Central americano.
O presidente Hervert Hoover, nos anos 20, com suas políticas errôneas de incentivar a criação de emprego alterou o funcionamento do mercado, com gastos inflacionários. A criação de dinheiro do nada pelo Fed, com os créditos para compra da casa própria a juros subsidiados, criou o castelo de cartas na Bolsa de Nova York.
Eleito o presidente Roosevelt, este aplicou o falacioso keynesianismo, não ouvindo a advertência de F. Hayek de que gastos do governo para incentivar a atividade econômica trariam um surto de crescimento, mas seguido de inflação e nova queda da atividade e mais desemprego do que antes. O New Deal só não fez disparar logo a inflação porque os EUA entraram na II Guerra Mundial no final de 1941 e viraram o empório da Europa, tendo a economia americana, ou seu PIB, crescido 6 vezes no período da guerra e escondeu a inflação.
Mas em 1938 Roosevelt criou a Fannie Mae e a Freddie Mac, que embora privadas tinham linha de crédito direto do Tesouro americano a juros subsidiados para financiar hipotecas imobiliárias. Anos mais tarde o presidente Johnson estatizou as duas companhias, mas estas venderam ações na bolsa e os americanos achavam que elas eram privadas. Nos anos 70 a inflação keynesiana virou a "estagflação", agravada pelo primeiro choque do petróleo.
Como se vê, o mercado cobrou o preço do intervencionismo errôneo do estado. Nixon acabou com o que restava do padrão ouro e mais tarde Greenspan assumiu o Fed, baixando a taxa de juros para 1% por 6 anos e meio. Estava feita a lambança. Os bancos americanos começaram a financiar volumes cada vez maiores de hipotecas, pois sabiam que Fannie Mae e a Freddie Mac comprariam qualquer quantidade de subprimes, ou hipotecas de segunda mão. Vem Bush e gasta como louco em duas guerras, Afeganistão e Iraque, mandando o déficit americano para a estratosfera. E o castelo de cartas de 1929 se rearmou. Aí veio o estouro da boiada, que já envolvia a Europa e a Ásia. A crise de confiança se instalou e veio o outubro negro em 2008. Vem Obama e vira keynesiano, como Roosevelt. Imprimir dinheiro para comprar hipotecas podres, estatizar bancos e investir em infraestrutura (neste caso, Obama), como fizeram os países da zona do Euro e os próprios EUA é apagar incêndio com gasolina. Isto só vai prolongar a crise, que em vez de uma curva em V terá uma curva eu U, com a base dessa letra bem comprida.
Então, repito, não é uma crise do capitalismo, mas do indevido intervencionismo no mercado. Então o que o senhor disse, culpando o "fundamentalismo do mercado" não procede. O que é preciso não é regulamentar o mercado, mas o estado, o verdadeiro vilão da crise.
Sugiro V. Sa. e os demais a visitarem o site do Ludwig von Mises institute, de Auburn, Alabama, U.S.A. onde se pode ver todo o mapa da situação.
S.M.J.
Cordiais saudações libertárias,
Álvaro P. de Cerqueira

As contas da quitanda


Pedindo desculpas antecipadas aos quitandeiros, que nada tem a ver com o peixe.
As ultimas informações divulgadas pela imprensa sobre o estado das contas da prefeitura municipal de Joinville, parecem mais adequadas para um boteco ou uma quitanda, que para a maior cidade de Santa Catarina.
A qualificação e seriedade dos últimos profissionais que tem exercido como secretarios da Fazenda do município, parecem sinalizar que os problemas possam estar localizados em outras secretarias.
Voltaremos ao assunto.

27 de janeiro de 2009

Ainda sobre os veiculos da Camara



Algumas perguntas, para lembrar.

1.- A licitação dos 22 veículos foi feita pelo atual presidente da Câmara de Vereadores, Sandro Daumiro da Silva, ou já tinha sido feita na gestão anterior e só agora entraria em funcionamento?

2.- Qual foi o primeiro presidente da Câmara de Vereadores, que iniciou este modelo de licitação de veículos?

Lembrou?

O que mudou desta vez? Porque agora a população se manifestou tão firmemente contrariamente ao gasto exagerado?

Burocracia, será que tem solução?



O Jornal A Noticia, veiculou hoje a noticia que pode estar proximo o fim da firma reconhecida, na verdade eu me permito duvidar que a proposta prospere, porque?
Porque é simples e factivel, dois defeitos que comprometem a sua aprovação.
Neste espaço, temos dedicado varios textos ao custo absurdo que a aliança entre o corporativismo e a burocracia causam a este pais.
Recentemente os textos :
Kafka era Brasileiro 2
Kafka era Brasileiro e morava em Joinville
abordaram o tema. O combate a burocracia, a ineficiencia e a estupidez, são temas recorrentes deste blog.
Vamos a acreditar que desta vez será diferente, porem sem confiar em que as coisas mudarão.

25 de janeiro de 2009

A crise ( 2)

A partir de um texto publicado neste blog, recebemos esta nova versão mais completa, que reproduzimos.

A crise

:: O texto original foi publicado em 24 de fevereiro de 1958 em um anúncio da Quaker State Metais Co. Em novembro de 1990 foi divulgado pela agência ELLCE, de São Paulo ::


“Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorro quente. Ele não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia o melhor cachorro quente da região. Ele se preocupava com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava. As vendas foram aumentando e, cada vez mais ele comprava o melhor pão e a melhor salsicha.

Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande quantidade de fregueses. E o negócio prosperava e prosperava . . . Seu cachorro quente era o melhor!

Vencedor, ele conseguiu pagar uma boa escola ao filho. O menino cresceu, e foi estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.

Finalmente, o filho já formado, voltou para casa, notou que o pai continuava com a vida de sempre, vendendo, agradando e prosperando e teve uma séria conversa com o pai:

- Pai, então você não ouve radio? Você não vê televisão? Não acessa a Internet e não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso País é crítica. Está tudo ruim. O Brasil vai quebrar.

Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou:

Bem, se meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão e internet, e acha isto, então só pode estar com a razão!

Com medo da crise, o pai procurou um Fornecedor de pão mais barato (e, é claro, pior). Começou a comprar salsichas mais baratas (que era, também, a pior).

Para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada. Abatido pela noticia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas essas 'providências', as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo e chegaram a níveis insuportáveis e o negócio de cachorro quente do velho, que antes gerava recursos até para fazer o filho estudar Economia na melhor Faculdade… quebrou.

O pai, triste, então falou para o filho:

- Você estava certo, meu filho, nós estamos no meio de uma grande crise.

E comentou com os amigos, orgulhoso:

- 'Bendita a hora em que eu fiz meu filho estudar economia, ele me avisou da crise …'

Aprendemos uma grande lição:

Vivemos em um mundo contaminado de más noticias e se não tomarmos o devido cuidado, essas más noticias nos influenciarão a ponto de roubar a prosperidade de nossas vidas.”

Pontos para reflexão:

1. Nós sempre encontramos aquilo o que procuramos, uma boa “visão” é fundamental; nós criamos nossa realidade. E, não se esqueça, há muitos míopes no mercado;

2. As más notícias propagadas por “doutores” são as mais devastadoras, eles são formadores de opinião no mundo moderno. Olhe primeiro para o seu próprio negócio, não se preocupe em demasia com o mundo à sua volta. Às vezes, sem saber, você é o mais sensato, é o ponto de referência que “deveria” ser perseguido. Preconceito às avessas é um problema a ser atacado;

3. Às vezes, métodos formais de “escutar” o mundo nos remetem à mesma forma viciada de buscar soluções, o que, conseqüentemente, nos remeterá aos mesmos resultados. Não fique batendo sempre na mesma tecla.

4. Conhecimento e sabedoria são coisas distintas, e nem sempre caminham lado a lado.

5. Escute os doutores, mas saiba identificar os sábios ao seu redor.

6. Faça diferente dos outros... enquanto todo mundo se lamenta estude bem as oportunidades e saiba transformar ideias criativas e ousadas em açoes... pois lembre-se que tá todo mundo lá atrás pensando na crise e você está saindo dela trabalhando e fazendo a diferença.

Vaidade



Parece que o flamante Presidente da Câmara de Vereadores de Joinville precisará de um pouco mais de tempo para compreender em toda a sua dimensão a importância e a responsabilidade do cargo que assumiu.
A excessiva preocupação com o personalismo e a vaidade, cria nos joinvilenses uma certa preocupação, acostumados que estavam a gestão anterior do Vereador Fabio Dalonso, que primou pela discrição e por uma postura menos cintilante.
O Vereador Sandro Daumiro da Silva corre o risco de cometer novos desacertos no futuro, se não souber representar com a parcimónia necessária o legislativo municipal. Se por um lado é normal que esteja deslumbrado com o cargo, seria importante e conveniente que seus assessores mais diretos o aconselhem com a sabedoria necessária, para manter o elevado nível moral que a Câmara e o cargo já tiveram no passado.

Mais livros nos fazem mais livres


O Jornal Folha de São Paulo, traz no seu caderno Mais um texto interessante de Renato Mezan que vale a pena ler, para os nossos leitores reproduzimos aqui na integra.

Não lê por quê?

Desdém do presidente pela leitura, que não se justifica pelas origens humildes, presta um desserviço ao Brasil


Uma frase dita pelo presidente Lula em sua entrevista à revista "Piauí" deste mês vem dando o que falar: não é por falta de tempo que não lê blogs, sites, jornais ou revistas, mas porque tem "problema de azia". A observação provocou reações de jornalistas e colunistas, e é provável que tenha causado mal-estar na comunidade acadêmica, assim como entre os brasileiros com maior nível cultural. Nenhuma ideia pode ser examinada sem referência ao seu contexto. O presidente não estava falando das virtudes ou malefícios da leitura em geral, mas apenas do efeito que tem sobre ele o noticiário, em especial o político; assim, seria descabido inferir do que disse uma suposta opinião negativa da sua parte sobre o ato ou o costume de ler. Contudo, nos parágrafos seguintes à declaração -que também delimitam o contexto dela-, fala do seu lazer: ora, se deste fazem parte "pescar, jogar cartas, conversar", brilha pela ausência qualquer menção à leitura de livros e, igualmente, a qualquer outra atividade cultural.

Dirá o leitor que isso se deve à sua origem humilde? Além de ser uma generalização indevida, tal explicação deixa de lado o fato de que muitas pessoas nada abonadas frequentam shows, veem filmes de apelo popular, visitam exposições divulgadas pela mídia ou vão ouvir música erudita, quando essas coisas são oferecidas a preços que cabem no seu bolso ou mesmo gratuitamente. Horas na fila Que o diga quem esperou horas para entrar na exposição de Rodin, espremeu-se nas filas de "Dois Filhos de Francisco" e "Tropa de Elite" ou se dispõe a enfrentar a multidão que acorre ao parque Ibirapuera para ouvir as orquestras estrangeiras que de vez em quando se apresentam no parque. Atenhamo-nos, porém, ao capítulo livros.

É certo que alguém pode se informar pela televisão ou por resumos preparados por assessores sobre assuntos de interesse dos seus chefes -metade da matéria da revista é dedicada a Clara Ant, que faz esse trabalho para o presidente. Mas nem briefings nem meios eletrônicos podem substituir o livro, e isso por ao menos duas razões. A primeira é que ver imagens ou ouvir alguém falando põe em jogo capacidades psíquicas diferentes das requeridas para lidar com um texto longo.
Além de concentração muito maior, a extensão de um livro comum torna impossível apreender seu conteúdo de uma única vez.

O hábito de ler favorece portanto a retenção de dados e treina a memória para reconhecer e acessar, entre seus inúmeros arquivos, aqueles que permitem estabelecer continuidade entre o que se leu antes e o que se está lendo agora. A segunda é que, como contém num volume reduzido um enorme número de informações, o livro possibilita, no trato dos seus temas, uma abrangência que nenhum artigo ou vídeo pode igualar. É o espaço do debate entre ideias complexas, do relato minucioso, da descrição precisa do que o autor julga importante comunicar. Isso permite o trânsito entre níveis diferentes de abstração, entre o detalhe e o quadro do qual faz parte, entre os elementos isolados e a síntese que lhes dá sentido.

Um mau modelo mas não é por essas qualidades dos livros que lamento a ausência deles no cotidiano de Lula. É porque, com a influência que têm suas palavras e atitudes, o fato de não demonstrar o menor interesse pela palavra impressa transmite uma mensagem nefasta a quem nele confia e nele se espelha. Todos sabem que é um excelente comunicador: se insistisse na importância dos livros, se utilizasse em suas falas exemplos e referências tirados do que leu, podemos estar certos de que isso teria efeito benéfico sobre os milhões de brasileiros que passam anos, ou a vida inteira, sem jamais segurar nas mãos um volume, quanto mais abri-lo e se inteirar do que ele contém.

O presidente já disse muitas vezes que não ter estudado não o impediu de chegar aonde chegou. Eis outra frase infeliz: não é porque teve parca instrução formal, mas apesar dessa falta, que obteve seus sucessos. Ao mencioná-la como se fosse algo positivo, contribui -mesmo que não seja essa a sua intenção- para desprestigiar ainda mais tudo o que está ligado à educação. A situação calamitosa do ensino no Brasil em nada melhora quando o modelo identificatório que o presidente Lula representa para tanta gente sugere nas entrelinhas que estudar não é necessário.
Essa atitude blasée, ao contrário, me parece particularmente perniciosa para os jovens, muitos dos quais, por razões que não cabe aqui explicitar, têm atualmente pela leitura uma aversão que beira a fobia.

O que está em jogo aqui não é a visão utilitária segundo a qual o estudo é o caminho da ascensão social, mas a importância dele (e da leitura) para criar cidadãos menos permeáveis à manipulação pelos órgãos de informação, da qual o próprio presidente se queixa na entrevista.
Diz Lula que é admirador de Barack Obama e crítico contundente de George W. Bush. No entanto o descaso com os livros e com o que eles significam o aproxima deste, e não daquele. Uma das pérolas proferidas pelo texano foi endereçada aos estudantes da universidade em que se formou (Yale) e na qual teve desempenho medíocre: "Vocês, alunos que tiram C, também podem pretender ser presidentes dos EUA". Em contraste, Obama -que em seus tempos de Harvard dirigiu a revista da Faculdade de Direito- tem o maior respeito pelos livros, graças aos quais pôde adquirir uma sólida base intelectual para suas convicções progressistas.

Só carisma não resolve Sem a frequentação deles, não teria podido citar em seu discurso de posse a Bíblia e palavras de George Washington, não saberia se servir das alusões e metáforas que abrilhantaram sua fala nem demonstraria o seguro conhecimento da história do seu país, assim como da situação de povos estrangeiros, que evidentemente possui. É certo que sem seu carisma e sem a habilidade retórica que soube desenvolver nada disso teria produzido o entusiasmo que se viu, mas também seria tolo negar que a qualidade literária e a construção caprichada do discurso têm algo a ver com o efeito que teve mundo afora. E não se objete que foi redigido por assessores: no dia seguinte, os jornais davam conta de que foi o próprio Obama quem estabeleceu o roteiro básico e deu ao texto a última demão de tinta. Lula não é o tabaréu que alguns pretendem (o jornalista Mario Sergio Conti, a quem ele concedeu a entrevista, diz que o site da revista "Veja" na internet o mima frequentemente com o epíteto de apedeuta, que significa ignorante).
Mas é certo que, se tivesse um pouco mais de apreço pela letra de forma, evitaria meter-se em algumas situações constrangedoras e faria um grande bem ao povo "deste país".


RENATO MEZAN é psicanalista e professor titular da Pontifícia Universidade Católica de SP. Escreve na seção "Autores", do Mais! .

24 de janeiro de 2009

Ecologicamente Correto





A administração de uma cidade como Joinville, tem aspectos complexos e aspectos curiosos, é possível aprender muito, se prestamos atenção aos detalhes. Uma das atividades que tem crescido muito nos últimos anos e que nos últimos meses da gestão anterior, adquiriu um destaque que só agora se faz evidente, é a pintura das faixas, tanto as de circulação como especialmente as de pedestres.

A administração municipal, deve ter escolhido usar uma tinta biodegradável, para utilizar nas ruas Blumenau, João Colin e em varias outras. Em menos de 4 meses de utilizada desaparece completamente, sem deixar traços no asfalto, com quaisquer chuva ou com o menor atrito dos pneus. Chuvas que em Joinville tem acontecido com regularidade prusiana.


Desde o ponto de vista ecológico e meio ambiental esta parece uma decisão correta, porem se olhado pelo aspecto técnico e principalmente se analisado desde uma perspectiva de economicidade, o tema é preocupante.

As faixas de pedestres, especialmente aquelas localizadas frente as escolas, inexistem. A pintura que serve para dividir as faixas de circulação tem desaparecido, e o fato que faixas mais antigas ainda permaneçam, nas mesmas ruas, mesmo depois de mais de 3 anos de pintadas, pode sinalizar uma mudança de qualidade da tinta utilizada.


A fiscalização dos serviços de pintura, da quantidade de metros pintados, da qualidade do trabalho, da sua durabilidade, da sua viscosidade é aderência, não tem sido, como tantas outras fiscalizações o ponto forte das nossas recentes administrações municipais. Contratos milionários, aliados a uma fiscalização relapsa e as vezes combinadas com licitações viciadas, que direcionam os resultados para as mesmas empresas, uma e outra vez, produzem a riqueza quase instantânea dos empresários e dos políticos envolvidos.


Seria interessante gastar melhor, para preservar algum recurso dos poucos que tenham quedado nas combalidas arcas municipais, que de acordo com os dados apresentados pelos novos administradores, parecem ter sido esvaziadas, com maior velocidade a partir de conhecido o resultado final das eleições municipais. Mesmo que o aspecto ecológico seja importante, não da para ficar pintando kilometros de rua a cada 4 meses.

23 de janeiro de 2009

Os carros da Camara de Vereadores de Joinville


Marca Chevrolet - Modelo Prisma
Câmara de Vereadores de Joinville

Punir sem educar




Quando a cidade de Joinville assumiu a responsabilidade de municipalizar a gestão do transito, o discurso e o objetivo eram que aqui poderíamos administrar melhor, que os recursos aqui arrecadados ficariam aqui e todo aquele bla, bla, bla, que você já conhece e que não precisamos repetir.
Passados alguns anos, temos conseguido deixar o transito pior do que já estava, alem de continuar dividindo com as policias civil e militar mais da metade dos recursos. Não parece que Joinville, tenha feito o seu trabalho, com a competência e capacidade que lhe são características.

A prioridade da gestão do transito deve ser a de educar, antes que punir, é a determinação do Código Brasileiro de Transito e deveria ser a linha mestre da política municipal de transito.
A velocidade nas nossas ruas principais, os chamados eixos, esta limitada a 60 km por hora, o que não impede que sejam colocadas lombadas eletrônicas, equipadas de câmaras fotográficas para que em alguns pontos, a velocidade seja reduzida a 40 km horários. Pode parecer interessante, mas não é inteligente. Por citar dois exemplos numa mesma rua. Na Rua Prefeito Helmuth Fallgater, foram instaladas duas lombadas destas que tem como único objetivo arrecadar, senão vejamos,uma delas esta instalada na frente de um colégio estadual e a outra na frente de uma igreja.

Só em alguns horários pontuais e bem conhecidos, existe fluxo de pedestres na frente de ambos locais. Se o objetivo das lombadas e facilitar que as pessoas possam atravessar a rua, neste caso os veículos não devem reduzir a velocidade e sim deter se completamente. Seria mais eficiente, instalar um sinaleiro de botão, um equipamento simples, barato, quando não tem sobre preço, que obrigue os veículos a parar completamente, só quando existam pedestres e desta forma permitir a passagem de crianças e freqüentadores do culto.
Sem ter que o brigar a reduzir a velocidade no meio do nada, a meia noite, ou as 10 da manha, em períodos de férias escolares, nos sábados e domingos ou fora dos horários de culto.
As lombadas cumprem o seu serviço durante 24 horas, sete dias por semana, 12 meses por ano, para que? Para arrecadar e poder desta forma manter a estrutura municipal de transito que hoje se converteu num fim em si mesmo.
Algo que poderia ser simples e barato, se converte numa maquina de arrecadar, quase 12 milhões no ano 2008, o objetivo passou a ser buscar o dinheiro daquele que circula na velocidade prevista. Estamos punindo sem educar.

Publicado no Jornal A Noticia

22 de janeiro de 2009

Segunda Leitura da Nova Equipe (2)


Estes leitores habituais do blog, dão uma trabalheira, porque tem opiniões e as enviam, cada uma delas merece um novo comentário, uma complementação o um novo post, como é este caso.

Em azul o texto original em vermelho os meus comentarios


Anselmo Moraes disse...

Nas regionais
A definição dos gerentes das secretarias regionais trouxe pelo menos uma surpresa: a indicação de Mariângela Mira, filiada ao PV, para a Secretaria Regional do Fátima. No 2º turno, o PV rachou, mas oficialmente apoiou a candidatura de Darci de Matos (DEM). “O convite foi feito a uma funcionária de carreira e não ao partido”, explica a primeira-dama Marinete Merss, que coordena a nomeação do segundo e do terceiro escalões.
AN.PORTAL | Rosane Felthaus e Upiara Boschi

Interferências
A primeira-dama Marinete Merss não ocupa nenhum cargo na Prefeitura, mas participa de todas as reuniões convocadas pelo prefeito e de outras que ela promove e comanda. A sua desenvoltura, COM REQUINTES DE DOMÍNIO, já começa a incomodar colaboradores do marido Carlito Merss no primeiro escalão.
7 de janeiro de 2009. | N° 290 AN CANAL ABERTO | Cláudio Prisco

Quero discordar da sua opinião, escrita na segunda leitura da equipe, sobre o papel da Primeira dama.....isto não é cargo legal.
Se não é, não pode estar trabalhando na prefeitura, a não ser que exista uma lei de voluntariado aprovada na Cãmara..; e pelo que sei não tem......

É engraçado, quando começou a ficar claro o forte papel político que Marinete Merss desempenharia e de fato desempenha, me acendeu uma luz de deja vu, sabia que tinha algo que precisava ser mais bem analisado e comi bola. O serviço publico não permite que pessoas da sociedade civil, que não formem parte por nomeação o concurso, possam participar de reuniões e tomar decisões, lembro e ai peço ajuda aos leitores, que no governo Collor, este fato foi explorado pela imprensa, mostrando que pessoas aléias ao serviço publico e ligadas na época ao tristemente famoso PC Farias, participavam de reuniões de trabalho em ministérios e em repartições publicas. O que alem de grave é ilegal.

Pra mim, continuamos no amadorismo!

Tem novamente razão o leitor, porque a forma como a Marinete Merss participa do governo, porque não existe duvida da sua participação, mostra amadorismo, seria melhor, em nome da transparência e da ética, que ocupasse um cargo publico, que lhe permitisse participar abertamente de todas as reuniões que se fizessem necessárias. Não faze-lo mostra um amadorismo, impróprio deste governo.

Como diria Sir Theofanes of France no livro " Life´s Cases":
What's this Hans Higgins?
e este responderia:
I don´t know Sir!
I thing: the reign finished and began the matriarchy!

O perfil da nossa nova primeira dama, não se encaixa no perfil padrão de dona de casa, que esta mais voltada a chas e bingos beneficentes, a enxovais de crianças e este tipo de assistencialismo a que historicamente tem nos acostumados a maioria das nossas primeiras damas. É uma mulher forte, com militância política e ativa participação partidária. Aproveitar da melhor maneira para Joinville o seu potencial é o desafio que o prefeito deve resolver. Faze-lo dentro da lei e de forma transparente é a sua obrigação.

Se der errado as indicações, o prefeito culpa a "sua senhora"?.....
E quem paga o pato é a cidade?
Me perdoe, mas primeira dama é enfeite. Não foi eleita pra nada. Não é remunerada, portanto não PODE ter responsabilidades e nem ser responsabilizada.

A afirmação é pertinente, se não tem cargo, não pode ser responsabilizada por nenhuma decisão. Numa época em que Simon Bolívar esta em evidencia, lamentavelmente depois de ter se apropriado a sua memória pelo Chavismo, vale a pena lembrar uma frase do libertador. “ Ter o poder e não exerce-lo é a maior das vergonhas.


( ai penso: será que teremos novo nome para disputar cargo legislativo?
Em ritmo de carnaval:
Olha os Amim aí gente!

O perfil de ambos os casais é diferente e o tempo dirá o caminho que o casal Merss seguirá. Agora é o momento de acompanhar e pode ser que o modelo do casal Lima de Blumenau, possa ser mais parecido.

Como diria o filósofo do Bucarein, Chico do Ernesto:

Tem tudo pra dar cáca!

Anselmo

É muito importante acompanhar cada passo do novo governo, sinalizar os erros se os houver e alertar, do mesmo modo que devemos mencionar e inclusive elogiar se for preciso às ações que o mereçam. Será muito interessante por exemplo acompanhar os desdobramentos do terreno da UFSC.

Esperança



Nem Carlito é Obama, nem os Estados Unidos são Joinville, mas tem muitas mais coisas em comum, do que poderia parecer num primeiro momento.

Ambos candidatos catalisaram nos eleitores uma mensagem que despertou a esperança. Ambos foram eleitos porque aos olhos de milhares um, milhões o outro, conseguiram personalizar a esperança.


Na semana que antecedeu ao que os norte-americanos chamam Inauguração, e aqui é chamado Posse, Eles, mais que nos, viveram em extase. A coincidência da celebração do dia de Martin Luther King, na segunda feira imediatamente anterior a posse de Barack Obama, fez que o país, e especialmente aquela parte da sociedade que até agora tem se sentido afastada do poder. Vivesse uma euforia que permeava ruas e praças. Uma parte da população sentiu que agora era a vez deles.A sua vez. Sentimento lógico e natural se consideramos que lá como aqui, uma parte da sociedade, quase sempre a mesma, fica aleijada das benesses do poder e que vem materializada, no mandatário que tomou posse, a realização de um sonho intimo de cada um dos seus eleitores.


A eleição de Lula foi também um fenómeno parecido, quando a prensa a definiu como a vitoria da esperança sobre o medo, numa frase que ficou famosa na época.

A festa popular em que se converteu a posse, tanto lá como aqui. Tinha muito mais de celebração de uma vitoria suada e lutada, que de resultado de uma eleição democratica. Com insistencia la e aqui se fala de uma nova era ou de o fim de uma era. É neste movimento irracional, quase messianico e com toda certeza contraditorio, que reside o perigo de colocar fé demais, de esperar demais. Ao esperar o que se deseja com tanto ardor, às vezes a visão fica turva e confundimos aquilo que queremos muito, com o que é possível.


Quanto maiores as esperanças depositadas no mandatário, seja ele, municipal ou global, maior o risco da frustração. Ao esperar demais, na maioria das vezes nos desencantemos, não porque os eleitos façam pouco, e sim porque nós esperamos demais.

As campanhas políticas contribuem a criar, ainda mais esta imagem, as pesquisas buscam identificar quais são os sonhos, quais as esperanças e oferecem de uma forma mais ou menos velada, a imagem de um candidato que depois de eleito, atenderá os nossos desejos mais íntimos.


Como resultado elegemos, não governantes e sim aspirantes a super heróis ou a candidatos a compor o nosso santoral. As crianças com a sua sabedoria e experiência podem melhor que ninguém nós falar das suas frustrações ao descobrir que os seus super heróis reais ou imaginários, não podem realizar no mundo real, tudo aquilo que desejam.

Em outras palavras quanto maior a esperança que colocamos em algo ou em alguem, maior será a nossa frustração. O erro não está em ter esperança, o erro está em confundir o que desejamos e queremos, com aquilo que é possível.


Publicado no Jornal A Noticia

19 de janeiro de 2009

18 de janeiro de 2009

Serendipite (2)


Em inglês costuma-se grafar “Serendipity”, enquanto em português se usam as formas Serendipity, Serendipite ou Serendipidade. E pode ser descrito como o efeito que acontece quando alguém descobre ou realiza acidentalmente algo positivo, especialmente se o seu objetivo era distinto do atingido. Em outras palavras quando algo da certo sem querer.

Cada vez mais tenho a sensação que estamos às portas de descobrir um novo modelo de gestão, a forma como são implantadas, executadas e gerenciadas as obras e as ações da administração municipal, parecem estar regidos pela serendipidade.

Vamos fazer algo, depois vemos como fica, e dependendo de como fica fazemos as mudanças, Claro que já aprendemos que as soluções apresentadas, não são resultadas de um estudo prévio, de um planejamento apurado e de uma implantação criteriosa e menos ainda de uma execução primorosa. Até porque os nossos leitores sabem que nunca a administração municipal tem agido desta forma. E não será esta a primeira vez.

As medidas tomadas deveriam ser Baratas. Lógicas e Simples, três princípios que tem se destacado pela sua ausência, na gestão publica. Na maioria dos casos chegam tarde, o atropelamento de final de mandato, deixou na cidade um mau sabor de boca, porque a maioria das obras poderia ter sido implantada, muito tempo antes. A improvisação e a imprevidência tem sido sim uma marca desta gestão que concluiu.

Fica a sensação que a prefeitura quando acerta, não o fez querendo. Pela mesma lógica teremos que aceitar que quando erra, tampouco o fez querendo é pura serendipidade.

É mais fácil entender como se gerencia a nossa cidade, mas fácil ainda justificar os resultados, porque é resultado do mais puro acaso.

Desta forma, podemos mudar a imagem negativa da gestão publica, e entender que tudo pode ser justificado, pela incompetência, pelo atabalhoamento e principalmente pelo modelo de gestão adotado.

Pode ser que com o tempo a serendipidade, passe a formar parte dos modernos manuais de gestão publica. Que Joinville passe a ser um referencial, um modelo a ser seguido. Na iniciativa privada não tem se mostrado um modelo viável, nem para administrar uma quitanda.

17 de janeiro de 2009

Estacionamento


Na medida que as cidades, e Joinville entre elas, enfrentam sérios problemas de estacionamento, os técnicos do IPPUJ, analisam outras alternativas não convencionais, para facilitar o estacionamento nas regiões centrais.
Não esta ainda definido, se o novo modelo de estacionamento também será pago e se o serviço será operado pela mesma empresa que hoje administra o Cartão Joinville.
Leitor do blog recebe, como sempre, a informação em primeira mão.
A falta de árvores de porte, na região pode dificultar inicialmente a implantação do novo sistema, porem estudos mais aprofundados estão sendo levados a cabo pelas equipe técnica da Prefeitura Municipal

16 de janeiro de 2009

Dica para enfrentar uma crise

Regra numero 1
Quando tenha problemas grandes que enfrentar
olhe pra frente, mantenha a boca fechada
e não diga nada.

15 de janeiro de 2009

Tem quem enxerga esta imagem como....

...progresso

Sem perceber o alto custo em qualidade de vida. Verticalizar alem do bom senso, representa perda de qualidade de vida e principalmente uma cidade menos humana, com menos verde.

10 de janeiro de 2009

Muda a Sinalização do Cartão Joinville


O blog apresenta o protótipo da nova sinalização do Cartão Joinville, na opinião dos técnicos o novo modelo, esta mais alinhado com o objetivo do serviço.
A proposta que trabalha o impacto visual, tem como objetivo reforçar entre os usuarios a nova imagem do serviço.

Ciclofaixas de Joinville são referencia na Europa


O modelo das Ciclofaixas de Joinville, começa a ser copiado em outras cidades e já é referencia na Europa.
O novo modelo de ciclofaixas, que iniciam e finalizam em lugar nenhum. Que tem em Joinville o seu máximo expoente, também esta servindo como modelo. Joinville desta forma se iguala a outras cidades do mundo que tem o seu planejamento feito por equipes de profissionais competentes, porem que quando trabalham em grupo, são capazes de desenvolver as maiores bobagens e alcançar níveis de estupidez inimagináveis individualmente.
As imagens deste post, servem como referencia e ainda devem servir de aviso, porque soluções muito piores estão a caminho.
Por isto solicitamos aos leitores deste espaço, que estejam preparados. Nós ainda não vimos tudo.

Charge do Frank - A Noticia

9 de janeiro de 2009

Segunda leitura da nova equipe

As pessoas estão muito impacientes, esperando que já desde o primeiro momento a gestão Carlito, imporia um ritmo diferente. Se por um lado, é possível identificar uma forma diferente de trabalhar, também é verdade que algumas ações de maior impacto não tem acontecido ainda, o que tem deixado a uns e outros um pouco decepcionados, talvez por esperar demais.

Algumas das constatações dos primeiros instantes da gestão:

- Em geral as mesmas pessoas e equipes que trabalharam na gestão Tebaldi, estão sendo mantidos, nos mesmos postos e alguns ainda foram promovidos. Por tanto ficará difícil imaginar mudanças significativas.
- O processo de inicio de funcionamento da maquina, estão lentos, o que pode ser o resultado da demora em definir a equipe.
- Não houve o cancelamento do aumento absurdo do valor do Cartão Joinville
- Surpreende descobrir o poder quase total que o ex-secretário do Planejamento Antonio Poletini, detinha, sobre tudo e sobre todos.
- O período de ferias esta dando uma folga para que a equipe nova se entrose e comece de verdade a trabalhar.
- A forma como será tratado o aumento do transporte coletivo, servira de balizador, sobre o que devemos esperar da nova gestão.
- A Secretaria de Educação, que parecia mais redonda na gestão Tebaldi, esta dando ao vereador Marquinhos mais dor de cabeça do que ele tinha imaginado. Imaginem nas demais secretarias...
- É muito mais fácil ganhar a eleição que administrar Joinville, com uma coligação tão díspar.
- Ter um perfil mais académico, não é sempre garantia de bom desempenho, as vezes muito curriculum não vem acompanhado do mesmo desenvolvimento na hora de executar.
- Destacar o importante papel estratégico da Primeira Dama, Marinete Merss, que alias da um outro significado ao título de Primeira Dama
- Os joinvilenses precisam ser um pouco mais pacientes. Não se deve esperar nenhum resultado significativo a curto prazo.

8 de janeiro de 2009

Burocracia






N
ão é de hoje que neste espaço abordamos o tema da burocracia. De como se alastra pela nossa sociedade, para trazer ganhos para uns e subtrair a eficácia de uma sociedade que aos poucos vais perdendo a capacidade de reagir. A nossa frase de hoje, é do escritor francês Honore de Balzac e pelo seu brilhantismo deveria ser emoldurada em todas as repartições publicas e em alguns escritórios privados, pelo muito que tem de verdade e pela sua capacidade de sintetizar a nossa realidade.





A burocracia é uma máquina gigantesca manejada por pigmeus.


7 de janeiro de 2009

Crianças de Joinville entusiasmadas com novos parques






A
falta de novas áreas verdes e a ausência quase total de árvores e de sombra, não parece um problema para as crianças de Joinville, que poderão circular com bicicletas, skates, roller e outros equipamentos nas grandes áreas calçadas, que a prefeitura insiste em chamar de parques.
A felicidade incontrolável das crianças fica estampada no rosto do menino desta imagem.

Um vídeo interessante

O Mundo em 24 horas



Este vídeo mostra o movimento do transporte aéreo no mundo, ao longo de 24 horas.
É interessante acompanhar as mudanças de intensidade e de frequência ao longo do dia, identificando os horários de maior demanda e as principais rotas internacionais e nacionais.
As aeronaves são identificadas pelos pequenos pontos amarelos e permitem facilmente acompanhar a intensa movimentação aérea.

O mais interessante é que se no Brasil, o transporte aéreo já esta a confusão que esta, com tão pouco movimento, se comparado com Europa, Estados Unidos ou alguns países da Ásia, imaginem se de fato aumentasse o movimento aéreo.
Não teríamos nem aeroportos, nem controladores, nem aviões, nem empresas aéreas capazes de gerenciar uma demanda como esta.

6 de janeiro de 2009

Novo projeto de Ciclovia na Beira rio


Em primeira mão este blog apresenta as imagens do novo projeto de ciclofaixa, que esta sendo desenvolvido pela equipe técnica do IPPUJ,o projeto mantém a mesma qualidade e especificações técnicas que são caracterisiticas dos nossos profissionais.
A segurança esta mantida e não tem risco que os onibus ocupem a ciclofaixa, como acontece regularmente na rua Otto Bohem.

Transporte Publico em Joinville

Para quem tiver interesse em se aprofundar no tema e conhecer um pouco mais sobre o porque das coisas, vale a pena ler o texto do Blog Urbanidades.
O texto traça uma retrospectiva dos últimos 25 anos do transporte coletivo em Joinville, os seus acertos e desacertos e deve servir de base para analises e estudos imprescindíveis, para poder promover as profundas mudanças que o sistema deverá sofrer, para se adequar as demandas atuais e futuras.
Em comum com este blog, o foco no usuário e na ausência quase absoluta de fiscalização, gestão e controle por parte do poder publico.

5 de janeiro de 2009

Transporte Coletivo



Os Usuários


Usuário, contribuinte, eleitor, cidadão, todos eles são sinônimos para se referir a pessoas, como você e como eu.

Na discussão que iniciou pela imprensa, sobre o aumento do preço das passagens de ônibus e que passou a incluir também o encerramento dos serviços denominados Pega-Facil e Linha Direta, incluindo ainda a adequação de linhas, horários e freqüências. Fica me faltando o elemento mais importante o dito pagante, que alias é outro sinônimo para se referir a nós.

O processo todo se olhado desde o ponto de vista estritamente legal, esta perfeito, como alias não poderia deixar de ser, tanto as empresas permissionárias do serviço de transporte coletivo, como os técnicos da prefeitura municipal, são profissionais competentes naquilo que fazem.

Só que continuo achando que o processo esqueceu do usuário. As empresas adequam os seus serviços, horários e meios as suas necessidades, para obter o santo lucro, que alias é justo e necessário. Se com isto se cancela um serviço que atendia a algumas dezenas ou centenas de usuários, não é problema delas. E não é que as empresas estão certas!.

Quem deve zelar pelos interesses dos usuários, contribuintes, cidadãos pagantes é a Prefeitura, que deve concordar ou não, inclusive propor as alternativas necessárias para atender o principal interessado, que é você.

Parece pelo desenvolvimento dos fatos que alguém andou gazeteando a aula, e com certeza não foram as empresas, que ao longo dos anos e estimuladas pelas diversas administrações municipais, que tem se sucedido, só tem aperfeiçoado e melhorado a sua abordagem e a sua técnica. Porem, preciso insistir, que todo o sistema só existe e só funciona porque existem usuários que o utilizam e pagam pelo serviço, os seus interesses e desejos não parecem ter sido escutados e atendidos.

Quais são os dados que a prefeitura levantou ou consultou antes de concordar ou não com as mudanças propostas? Quais os controles e auditorias independentes que atestam as contas, os valores e resultados do sistema que todos pagamos? Como funciona o subsidio cruzado, que beneficiou os usuários do Pega Fácil? Quais são os canais que a prefeitura utiliza para ouvir as demandas e anseios dos usuários?

A discussão sobre o transporte coletivo em Joinville deve ser muito mais profunda que o simples aumento do valor da passagem, o debate deve envolver principalmente o usuário, e adequar se as necessidades. A gestão, e principalmente a fiscalização do serviço é publica, mesmo que concessionáda a empresas privadas, e como tal deve ser transparente, eficiente e voltada ao cidadão.


Publicado no Jornal A Noticia

4 de janeiro de 2009

Cartão Joinville (2)

Recebemos do Vereador James Schroeder do PDT o texto que reproduzimos, em azul e com destaque em negrito deste blog:

Amigos,

Foi publicado no Jornal A Notícia deste domingo (04/01/2009) uma matéria intitulada “Como pensa a nova Câmara de Joinville”. Foram formuladas 10 perguntas a cada um dos vereadores, sendo que as respostas publicadas para 06 delas foram “binárias” (sim/não ou contra/a favor), não dando a completa dimensão da resposta de cada um, com exceção de duas notas de rodapé.

A primeira questão foi sobre a revisão do aumento do Cartão Joinville. Todos os entrevistados optaram pela resposta fácil (sim). Apenas eu apareço com o registro da resposta “não”. Escrevo para esclarecer meu ponto de vista.

O aumento foi autorizado pelo executivo com base nos termos do contrato de concessão firmado com a empresa que explora o serviço de estacionamento rotativo. O que deve ser questionado são os termos do contrato. Deve ser feita uma revisão sim! Não apenas deste tópico (o aumento), mas de todo o contrato: o destino dos valores arrecadados, os critérios de escolha das entidades beneficiadas com a contrapartida social, o fracionamento do tempo de cada cartão, a qualidade do atendimento das monitoras, etc.

Se o índice do aumento é abusivo e/ou o preço já é alto pelos padrões de outras cidades, por que isto não foi questionado antes, durante a elaboração do contrato? O que faziam os vereadores da época, inclusive alguns reeleitos para esta Legislatura, quando deveriam ter acompanhado, questionado, debatido e denunciado os termos desta concessão de espaço público à exploração privada? Alguns foram vozes vencidas, outros porém foram favoráveis e agora recorrem ao discurso mais conveniente.

Os interesses da coletividade devem sempre prevalecer. Entretanto, quebrar os termos de um contrato implica em uma demanda jurídica. Foi divulgado na imprensa que o Ministério Público já está munido de documentos e informações para eventualmente ajuizar uma Ação Civil Pública contra estas questões. Contudo, no devido tempo deveriam os vereadores ser mais cobrados pelos munícipes a respeito da aprovação dos termos dos projetos de concessão de espaços públicos.

Abraço,

James Schroeder
Vereador do PDT

Corajosa a posição do jovem vereador, primeiro por alertar corretamente, que alguns dos vereadores reeleitos, que não se manifestaram antes, agora o fazem, quando poderiam ter se manifestado antes, menção especial neste quesito ao vereador reeleito Osmari Fritz.
Também deve ser destacado no seu texto a importancia que a Câmara de Vereadores deve ter na aprovação dos projetos de concessão de espaços públicos.

E finalmente alertar para o risco que representa o simplismo binário do sim e do não. É importante o debate com argumentos fortes e consistentes, estimular o contraditório e informar a sociedade para que possa se manifestar com maior propriedade e conhecimento.
O ano promete ser interessante e com vereadores que tenham opinião e coisas a dizer, a Câmara será um ambiente mais democrático e participativo para todos.
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